2017
Eu nem estava a acreditar no que os meus pais tinham me dito há poucos segundos. A minha avó materna Britta tinha falecido, com a temida doença que já tinha há dois anos. Cancro do estômago. Todos já esperávamos que este dia chegasse, mas sempre tivemos, a esperança de tudo mudasse. Como o ditado diz, a esperança é sempre a última a morrer.
O meu corpo estava em choque totalmente que o meu pai não hesitou abraçar-me, naquele tão protetor e sempre gesto de carinho. Eu estava tão em choque que nem tinha forças para chorar pela a morte da minha avó, a minha segunda mãe.
- Querida,...– a minha mãe constatou– Nós vamos esta noite para a Dinamarca, mas..
- Mas? – questiono, com medo do que vai a minha mãe.
O momento foi interrompido pela voz dos meus irmãos. O meu irmão mais velho Nicholas de 24 anos, o Frederik de 22 anos, o William de 18 anos e o meu irmão mais novo Bartolomé de 16 anos; sim só a única rapariga no meio de quarto irmãos, mas até não é assim tão mau. Sinto sempre protegida.
- Princesa das nossas vidas. – saudaram-me cada um com um beijo na testa. – Os pais já te deram a notícia? – nego com a cabeça.
- A mãe ia contar, mas vocês chegaram. – olho para os meus pais, e via-se o quanto nervosos estavam.
- Querida, nós vamos mudar definitivamente para a Dinamarca. – proferiu o meu pai, desviando o seu olhar do meu.
- O quê? – gritei, acreditando naquilo que ouvia. – Eu tenho toda a minha vida aqui. Tenho os meus amigos, a faculdade, o Rúben. Nós somos tão felizes aqui.
- Filha, recebi uma proposta bastante interessante por uma empresa de jóias dinamarquesa. Como temos a nossa família toda lá, e agora recebemos a notícia da morte da avó Britta, acho que é a melhor altura de mudarmos. Consegues compreender a nossa decisão? – a minha mãe dirigiu-se a mim.
- Talvez um dia... - sussurrei, enquanto dirigi-me até ao quarto.
- Ania! – olhei na direção da voz e dei de caras com o Bartolomé. – Como é que estás? – pergunta quando já estávamos no meu quarto.
- Como é que eu estou? Nada bem. Nós temos toda a nossa vida cá.
- Nós todos vamos ser felizes lá, como somos cá. – abraçou-me. – Já contaste ao Rúben? – neguei.
- Vai ser o mais difícil, porque todos nós sabemos como vais acabar. – deixei as algumas lágrimas escorrerem pela a minha cara.
- Vai tudo correr bem, Ania.
**
Já me encontrava no complexo desportivo. Engoli em seco, tentado não demonstrar o nervosismo que sentia, observei Rúben caminhar na minha direção, com o seu habitual sorriso.
- Minha Ania. – o jogador saudou, com um beijo na testa, o seu habitual cumprimento.
Abracei-o pelo pescoço e este sorriu, rodeando os seus braços na minha cintura. Automaticamente suspirei quando senti um beijo no meu pescoço, atitude que me relembrou o quanto o rapaz é importante na minha vida.
- Está bem? – perguntou de imediato – Eu já soube da notícia, o teu irmão Nicholas contou-me.
- Vou ficar bem, penso eu. – sorri-lhe fraco, não acreditando, nem um pouco, no que acabei de falar. – Mas tenho mais uma coisa para te contar. – o meu olhar foi automaticamente para o chão.
- Fala Ania, esta a deixar preocupado. – pediu, colocando as suas mãos na minha cara.
- É que... - respirei fundo – Eu e a minha família vamos mudar definitivamente para a Dinamarca, porque a minha mãe recebeu uma proposta de uma empresa de jóias e agora com a notícia da morte da minha avó.
- Como é que nós ficamos? – não me deixa falar. – Nós não vamos terminar o que construímos durante estes dois anos. A distância não será nada para nós, nós vamos conseguir.
- Rúben. – chamei-o. – Nós os dois sabemos que não é bem assim, e ainda por cima, eu não sei quando vou voltar para Portugal, eu posso voltar daqui há um ano, como só vir de cá de férias. – olhou com os olhos marejados. – Tu foste a maior certeza que me aconteceu nestes dois anos. Será sempre o meu primeiro amor. O rapaz que me ensinou a amar. Nunca te esqueças disso. – virou-me e vou até ao meu carro.
- Ania! – gritou. – Tu também foste a minha maior certeza de toda a minha vida. Foste a primeira rapariga que me entreguei totalmente. Eu realmente espero que sejas feliz. – entrou na sua viatura.
Neste momento, soube exatamente, que tinha de seguir com a minha vida em frente.
Espero que o Rúben que encontre alguém que possa ama-lo com eu amei durante estes dois anos.
A/N: Hello, Hello. Aqui está o primeiro capítulo da história. Este é o único capítulo que não acontecerá no tempo atual. Aqui fica um pequeno resumo de como tudo aconteceu.
Espero que estejam a gostar da história e obrigada por acompanhar! 💕
Um beijinho e até ao próximo. 👋
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E se eu ⋆ Rúben Dias
Fanfiction« E se eu Se eu disser que não vou ficar Se eu não for capaz De continuar a lutar, lutar »