CAPÍTULO 21- SOFIE

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Minha noite foi tão quente quanto a minha tarde, até sonhei com seus beijos e pude sentir ele tocar com sua língua cada parte do meu corpo, incendiando e me dando o máximo do prazer ou seja a libertação. Como de costume acordei ao ouvir o canto do galo, o céu ainda está começando a clarear com tons lindos.

Hoje tenho que ir na consulta para que minha médica veja meus exames, fico bem preocupada com tudo isso para ser sincera, ainda mais que fico observando meu pai cada dia mais fraco e temo ter herdado o mesmo que está o afetando, só indo a esta consulta para ver de uma vez, não adianta ficar apenas supondo e enchendo minha cabeça de coisas que nem pode ser.

Fiz todo o meu trabalho no estábulo e fui ajudar uns peões com o gado, montei meu cavalo e senti uma dor muito incomoda no pé da barriga, um pouco mais para a lateral direita enquanto cavalgava pelo campo, não dei importância até porque devo estar para menstruar a qualquer momento.

Juntamos todos e levamos para o pasto, demorou um pouco mais que o normal e eu não sei se é por ter dado trabalho mesmo ou se é pela dor insistente que tá na minha barriga.

Depois de acabar com as minhas tarefas da manhã em tempo recorde por causa da consulta, tomei um belo café da manhã. Minha irmã já está pronta e esperando por mim para me acompanhar até a clínica, saímos em cima da hora e quase eu chego atrasada, se eu tivesse demorado mais um pouquinho teria perdido meu horário com a doutora, isso me consumiria de fato, não sou uma pessoa que sabe exercer bem a paciência.

Não contei da minha dor para ninguém e vou aproveitar a consulta para ver se ela me indica algum remédio para isso. Assim que fui chamada já lhe entreguei os papeis do exame, eu e minha irmã nos sentamos nas cadeiras de frente a mesa da Doutora depois dela nos oferecer. Ela olhou para os exames sem expressar qualquer tipo de feição para que pudesse ter uma pista do que ela estava lendo, saco. Ela segurou uma caneta e começou a anotar algumas coisas no papel e em seu computador, minha curiosidade já está no limite do tolerável para mim, minha irmã vendo meu nervosismo segurou em minha mão me passando apoio. Já pensou eu estar com algum problema grave estando prestes a casar?, afastei outra vez meus pensamentos. Respira fundo.

-então vamos lá Sofie, vejo que está um pouco nervosa, gostaria de tomar um copo com água?

-não Doutora, só me diga de uma vez qual o meu problema.

-ok, direto ao ponto.

Ela sorriu docemente para mim e seguiu falando.

-olhei seus exames de sangue e está constando que você está grávida.

A Josefina estalou os olhos.

-repeti isso por favor Doutora.

- sua irmã está esperando um bebê e se puder aguardar eu gostaria que fizesse uma ultrassom.

Sem condições de responder ou se quer pensar apenas balancei a cabeça concordando. MAIS como isso aconteceu?, minha nossa senhora e agora. Entrei em modo automático, fiz tudo conforme me mandaram fazer. Um enfermeiro alto e muito magro mais com um rosto meigo e sorriso fácil me colocou em uma cadeira de rodas, foi me guiando pelos corredores até chegar em uma sala com aparelhos.

Minha irmã me acompanhou e sempre de mãos dadas, mesmo que elas estejam suando de nervoso ela não me largou por um minuto se quer. Estou tremula, não sei se dou risada ou se choro de desespero, está tudo errado.

O enfermeiro muito atencioso me ajudou a subir na maca, me deitei e ele me cobriu com um lençol branco na parte das pernas. Estou vendo tudo como se minha alma estivesse do lado de fora do meu corpo ou como se isso fosse um sonho estranho, não parece real e menos ainda que está acontecendo comigo.

Um acordo de casamento. Where stories live. Discover now