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lembrando, isso é uma adaptação. Todos os créditos á autora purpose_jubs <3

[...]

Park Jimin

"Minha garganta doía como se facas estivessem rasgando-a. Meus olhos molhavam a pijama que eu vestia. Os sons lá embaixo não paravam e pareciam estar cada vez mais perto.

Eu já não aguentava mais gritar, minha garganta parecia querer explodir.

Tapei os ouvidos com um travesseiro na esperança de abafar os gritos da minha mãe que vinham do andar debaixo. Eu não sabia o que estava acontecendo e não estava ansiosa para ver.

- Você está bem! - Repetia para mim mesmo aquela frase. - Lembre-se que depois da tempestade vem um lindo arco íris.

- Não dessa vez! - Uma voz masculina apareceu na porta, eu não vi direito quem estava lá, mas era uma pessoa alta. E segurava uma faca. - Eu estou farto de escutar-lhe gritar!

- Me desculpe! - Cobri o rosto com as mãos.

Ele avançou para cima de mim colocando a faca na minha garganta. Era impossível escutar outra coisa além dos meus gritos ardentes. A sensação era horrível, como se você sonhasse estar caindo. A diferença era que sonhar estar caindo uma hora acabava. E os poucos minutos que eu fiquei com aquela maldita faca percorrendo minha garganta pareciam virar horas.

Quando eu finalmente cansei de gritar, continuei apenas chorando até que o rapaz que estava em cima de mim saísse, sendo puxado por policiais.

Paramédicos entraram no meu quarto cheio de sangue e, ali mesmo, tentaram atar o machucado horroroso.

Acabei por ser levado para a emergência."

Essa foi a história de como eu perdi minha voz.

Ao olhos de muitos, isso durou apenas um pequeno momento. Passados três anos, nenhuma das pessoas que se importavam comigo apareceram no hospital.

Sim, no hospital. Eu sei que deveria estar morando em um orfanato, mas eu teria de sair muito de lá, para visitar o hospital. Uma coisa que gastaria muito dinheiro.

- Senhor Park! - Entrou a doutora. - Como se sente?

Era engraçado ela perguntar isso, porque eu nunca mais a responderia. Levantei calmamente uma das mãos, logo levantando o polegar.

- Que bom que se sente bem! - Ela aplicou mais calmante no meu soro o que sem um efeito rápido me fez ficar mole. - Mais tarde teremos a visita do irmão gato da Soo!

Ela sorriu se chacoalhando.

- Uma ótima sorte para você não acha? - Neguei rindo fracamente. - Vou pedir para que ele venha até aqui mais tarde! Quem sabe não conseguimos criar uma nova amizade.

Meus olhos estavam pesando, o que acabou por me fazer adormecer.

[...]

Quando acordei novamente uma euforia se passava naquele hospital.

Rose, a doutora, entrou na sala e sorriu. Ela não disse mais nada, apenas retirou o cilindro que carregava meu soro e o colocou em um carrinho, para que eu pudesse levá-lo na mão. Algo que não acontecia a muito tempo.

read my lips &gt; 𝗷𝗶𝗸𝗼𝗼𝗸Where stories live. Discover now