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CAPÍTULO DOIS

A VIDA É MUITA BELA PARA SER INSIGNIFICANTE

Foi com esse dinheiro e com mais alguns dólares que ganhei com jogos, comecei o meu primeiro empreendimento. Aos vinte e dois anos terminei as duas faculdades, e aos vinte três, era dono de uma casa noturna, três anos depois já estava com quatro. Mantive os antigos donos como sócio e gerente, pois eles eram espertos e conhecia bem o mercado de Santos. Queria mudar, deixar o lugar mais limpo e apresentável, mas meus sócios e gerentes não concordaram, diziam se eu enchesse o lugar de frescura e refinamento os clientes iriam sumir e as garotas eram necessárias para atrair o pessoal, não concordava com isso um pouco de limpeza e aparência não iria afetar o local e a prostituição não era um ramo que eu queria cultivar.

Contrariando a opinião deles comecei com pequenas mudanças, o porto de Santos não era o lugar mais limpo do mundo mais poderia pelo menos acabar com os ratos, por ser um lugar de carga e descarga de alimentos, tinha muitos bichos peçonhentos. Comecei a investir em limpeza e bom atendimento, os clientes não sumiram e sim apareceram mais, as garotas estavam sempre limpas, cheirosa e arrumadas, dono de um quadrante em uma área de cem quilômetros ao redor do Porto de Santos, visualizei uma grande chance de ganhar dinheiro. O mercado ali era próspero, comprei mais prédio ao lado casas noturnas... Construí supermercados completos com açougue, padaria, e hortifruti, afinal estávamos no Porto. Investi em bom atendimento e tecnologia para fiscalizar de longe, é incrível como você pode ganhar dinheiro trabalhando até vinte horas por dia, exigia o mesmo do meu pessoal, cobrava... Fazia trabalhar... Dava incentivos de produtividade, comprei hotéis falidos nas imediações, reformei suas estruturas, em todos meus prédios de negócios tinha o nome fantasia e o meu nome, "AMIR LAURENCE" PROPRIETÁRIO, tire o sobrenome da minha mãe, um sobrenome que carregava um grande peso de desilusão, magoa e rancor. Mais tarde paguei para tirar do papel.

Tive a chance de construir um ringue de boxe, um não... Vários, na verdade dezenas deles, eu mesmo participei de várias lutas, ganhava todas, nunca levei um soco sequer, era bom, era faixa preta isso ajudava a potencializar minhas técnicas, a mídia começou a querer escrever minha história como pugilista, mas não era essa a história que queria deixar escrito. Parei de participar de competições, contratei um personal trainer, mas continuei ir às academias e acompanhava tudo de perto. Mas não queria e não quero ser atleta profissional, não era minha praia, e sim o trabalho árduo que adorava fazer com meus empreendimentos, o esporte para mim sempre foi e sempre será um lazer, um prazer, mas nunca uma profissão. Foi uma brilhante ideia construir os ringues estava dominando o comercio no Porto, lazer, diversão, depósitos, tudo que com muita pesquisa descobri o que o lugar precisava.

O mercado de imóveis estava em baixa, precisava comprar com cautela e investir devagar em reformas e construção para depois receber os lucros, ou seja, precisava de paciência, o dinheiro estava sobrando e dinheiro parado é fisco. Continuei no ramo de hotéis, as pessoas queriam descanso e paz para ser feliz, o SPA estava começando a aquecer o mercado, era hora de regaçar as mangas e ariscar nesta ideia também, deu certo, veio às academias, restaurantes, Galerias de Arte, abasteci o mercado popular e luxuoso de São Paulo, era implacável demitia sem piedade, para trabalhar comigo precisa ser competente ter vontade de trabalhar e crescer, detestava incompetência, meus funcionário me respeitavam e temiam, era ótimo, gostava assim.

Mas o meu plano ambicioso era a tecnologia, o mundo não tinha mais como progredir sem isso. A telecomunicação, a informática e a alta tecnologia de forma geral, foi um grande passo para a minha ascensão financeira, cheguei ao topo em dez anos, não tinha uma casa, comércio ou indústria que não tinha um produto meu, dominava o ramo em vários estados de norte a sul, empresas que não tinhas como investir, quebrava diante do meu poderio tecnológico, faliam e eu comprava todas elas. Fiz inimigos, descobertas, inventei softwares sofisticados, trabalhei muito, viajei para o exterior, fiz cursos caros para aprimorar meus conhecimentos e equipamentos, gastei muito em capacitação para meus funcionários, estava sempre aprimorando, diversificando e reinventando, era sempre o primeiro a progredir, nunca fiquei para trás, aceitava o progresso de bom grado, gosto de modernidade e luxo, só que meu luxo não veio de graça, era trabalho árduo, horas de sono, cansaço, cada prédio meu, empresa, hotéis, resort, spas, galerias, academias etc... Foi construído tijolo a tijolo com minha fiscalização estava presente em todas as decisões, incidentes, atraso, dava ordens, sou tirano, ninguém quer cometer erros perto de Amir Laurence.

QUATRO SEMANAS E MEIA DE AMOROnde as histórias ganham vida. Descobre agora