Capítulo VIII

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Mari abriu a porta, logo em seguida a fechou e deixou suas coisas em qualquer lugar, andou para seu quarto e se jogou em sua cama.
Achou estranho o gatinho não estar a esperando na sala, como fazia na maioria das vezes, pensou que ele ainda não tinha chegado, mas assim que sentiu que não estava totalmente deitada sobre a cama, percebeu que que Chat já estava lá.

Chat Noir: Isso vai acabar virando mania, Bugboo... – Ela sentiu os braços do garoto a envolverem suavemente.

Marinette: Chat, poderia fazer o favor me soltar?

Chat Noir: Foi você quem pulou em mim! – Diz o loiro como se parecesse ofendido.

Marinette: Você acha que eu vou adivinhar quando um pervertido vai estar na minha cama só esperando pra me assediar?!

Chat Noir: Pervertido? Eu? Acho que precisa melhorar seus apelidos carinhosos princesa.

Marinette: Pode por favor me soltar gatinho? Tenho algo sério pra conversar com você. – Ele soltou a azulada percebendo o tom de sua voz.

Ela se levantou e foi para a janela, e como um bom gato de guarda ele a seguiu.

Chat Noir: O que foi Bugboo?

Marinette: E se eu dissesse que... Seremos parceiros...?

Chat Noir: Como assim?

Marinette: Fu me contou, ele contou tudo o que está acontecendo com Paris.... Me contou sobre os Miraculous... – Ele parecia pasmo, não sabia se ficava furioso ou assustado. Como?! Como Fu foi capaz de colocá-la naquela situação tão perigosa?!?!

Chat Noir: Princesa... Não sei o que Fu lhe disse, mas não acho que estaria à altura de me acompanhar... – O loiro não tinha dito por mal, mas tinha de tentar impedi-la de entrar em uma vida tão perigosa como a sua...

Se arrependeu um pouco quando viu a garota assumir uma expressão nada agradável.

Marinette: Acha que eu não sou capaz?

Chat Noir: Olha Mari, eu não quero que estrague sua vida. – A cada palavra que ele soltava, a azulada sentia mais raiva, mas precisava manter a calma...

Marinette: Ah é mesmo, não quer que eu estrague a minha vida? – diz o olhando furiosa, o que deixou o gatinho assustado – Sabe quem estragou a minha vida? Hawk Morth! Ele é o culpado de fazer ela o inferno todos esses anos!! – Ela começa a aumentar o tom de voz – E agora que eu tenho a chance de... de acabar com sua tirania – escolheu bem as palavras para não o assustá-lo mais do que já estava.

Chat Noir: O que quer dizer? Como assim Hawk Morth acabou com sua vida?

Marinette: Não quero falar sobre isso... Mas eu pensei... Eu pensei que ficaria feliz.... Eu considerava você meu melhor amigo.... E que ficaria do meu lado.... Que me apoiaria – Ela sentiu sua visão ficar turva, mas ignorou a sensação.

Chat Noir: Princesa... Eu só não quero que se machuque, você é a coisa mais importante pra mim! – diz chegando mais perto da garota, acariciando seu rosto suavemente.

Marinette: Se você se importa tanto comigo, aceite o fato de que a partir de agora serei sua parceira! – Ela segurou a mão do rapaz com força, o que o fez perceber a carência que a moça tinha. Ela precisava de alguém que a apoiasse, que a entendesse e que a protegesse, e não de uma pessoa a ralhando e dando ordens...

Chat Noir: Eu... – Suspirou – Eu vou concordar com isso com uma condição... – Ele viu o rosto dela iluminar.

Marinette: Qual?

Chat Noir: Que você comece com missões fáceis e que quando sair sempre me avise, e que faça esse tipo de coisa uma vez por semana, e – Chat foi cortado por uma doce risada que percorreu o cômodo – O que é tão engraçado?

Marinette: Pensei que seria só uma condição, você ai falar mais de cinco! – Ele sentiu os delicados braços da azulada o envolverem em um caloroso abraço. – Seu bobo... – Ele sorriu e retribui, não tinha mais escolha... Teria de vigiar sua princesa todos os momentos que conseguisse.

Chat Noir: Bugboo, o que acha de me contar como descobriu tudo? – Ela o solta, senta na cama e o convida a fazer o mesmo.

Marinette contou tudo sem muitos detalhes, lógico que pulando a parte de sua família e que tinha descoberto quem matara seus pais e irmãos. Assim que terminou viu o loiro adquirir uma expressão raivosa.

Chat Noir: Eu sabia!!! Sabia que ele agiria rápido, se eu soubesse que esse maldito iria hoje eu – De repente o viu parar de falar e a encarar curioso – Espere Mari, como você conseguiu se livrar dos homens? – Ela sorriu para o ele sadicamente.

Marinette: As mulheres não contam seus segredos aos homens – Ela se assusta ao perceber a aproximação repentina do rapaz.

Chat Noir: Nem se ele pedir por favor? – Ele agarra a cintura da azulada a fazendo corar.

Marinette: N-Não.

Chat Noir: E se ele a ameaçar de fazer algo.... Inapropriado? – aproxima-se do lóbulo da orelha da garota e dá uma leve mordida.

Marinette: N-Não – Agradeceu por ter conseguido segurar o gemido que queria sair de sua boca. O que ele estava fazendo?!

Chat Noir: Que pena – Ele se afasta e ri da situação da azulada.

Marinette: S-Seu idiota!!! – Diz pegando alguns de seus travesseiros e jogando em cima do garoto – Já disse pra não fazer essas brincadeiras comigo!!! – Ele ria mais e mais.

De repente viu que a garota parou de jogar os travesseiros nele, ela estava com a mão na cabeça, os olhos fechados e a respiração lenta.

Chat Noir: Mari? – Ele se aproximou – Ei, está tudo bem?

Marinette: Sim, eu só... Não dormi muito bem hoje, e isso se misturou com o cansaço e – Parou de falar quando sentiu seu corpo cair para frente, sorte que Chat foi rápido e conseguiu a segurar.

Chat Noir: Mari, acho melhor descansar… – Disse colocando a mão em sua testa – Você está quente! Espere um pouco! – A colocou deitada na cama e foi para a cozinha.

Marinette estava sentindo como se seu corpo tivesse o dobro do peso. Seus pensamentos estavam confusos, sua cabeça girava e não conseguia raciocinar direito, parecia estar embriagada. Mesmo assim uma dúvida veio a sua cabeça... Como Chat sabia que seu nome era Mari? Ela só tinha contado a uma pessoa.... Espere, seria possível que.... Não, não.
Não tinha como isso ser verdade... Ou tinha? Ela sempre pensara que os dois possuíam uma semelhança assustadora, mas ignorava esse fato por terem personalidades totalmente opostas.

Estava tão concentrada em seus pensamentos que não percebeu que seu gatinho estava do seu lado, com uma bacia cheia de água e remédios. Ele colocava um pano molhado em sua testa com uma delicadeza reconfortante.

Marinette: Chaton...  - Disse com a voz falha.

Chat Noir: O que foi princesa?

Marinette: Obrigado... – Ele sorriu de uma maneira carinhosa – Chat...

Chat Noir: Sim?

Marinette: Como sabe que meu nome é Mari? – Ele engoliu a seco, o que diria?

Dessa vez Fu não estava por perto para lhe ajudar a inventar uma boa desculpa.

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