eyes like the ocean

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Dois anos depois do apocalipse

Hoje faz exatamente dois anos que Morgan e as pessoas que eu amava se foram. Assim que a minha ficha caiu que eu estava completamente sozinha, eu segui um longo caminho solitário.

O governo não deu conta da situação. Passei os últimos anos tentar encontrar algum refúgio ou se já haviam encontrado alguma cura. Pouco a pouco, os rádios e os jornais pararam a transmissão, deixando somente o silêncio agonizante.

Eu nunca parava em um único local. Estava sempre me mudando constante. Ficava no máximo uma semana parada para pegar comida e depois já partia para uma outra cidade. É muito exaustivo!

É um milagre eu estar viva depois de tanto tempo. Eu não sei atirar e muito menos lutar. Tudo o que eu faço é fugir e me esconder em algum lugar. A única coisa que eu sou boa é escalar e eu sou bastante silenciosa.

Foram anos difíceis. Havia dias em que eu passava frio, medo e fome. Mal eu sabia que a minha vida estava prestes para mudar completamente.

[...]

Do outro lado da rua, vejo um pequeno mercado e decido entrar para pegar água e comida. Dou uma conferida se tinha walkers e para a minha felicidade não tinhas

Acabei achando comida e dou um sorriso de alegria. No começo, a primeira coisa que as pessoas fizeram foram ir no mercado estocar alimentos. Então as vezes era complicado achar alguma coisa boa e que não estivesse estragado.

Ouço alguns passos vindo na direção da loja. Então peguei tudo o que eu precisava e fui me e cinder atrás do caixa. Antes eu achei que era os walkers, mas os passos eram muito firmes.

Me levanto bem devagar só para poder olhar com quem eu estava lidando. Então eu vejo que tinha um homem que segurava uma besta em suas mãos e um garoto que usava um chapéu de xerife.

Fazia tanto tempo que não via pessoas vivas de verdade! E eu sempre achando que era a última pessoa do mundo. Pensei seriamente em falar com eles, mas decidi que era melhor eu observar eles por algum tempo e ver como que eles agiam.

- O que foi Daryl? - pergunta o menino xerife para o cara da besta que estava olhando para o chão.

- Olhe os rastros, tem alguém aqui. - diz ele e o meu coração começa a disparar.

Eles me achariam de qualquer jeito. Então eu decido me levantar e me apresentar para eles. Mas assim que eu me levanto, eu ouço um disparo e vejo que a minha blusa que antes era branca, virar vermelha de sangue.

[...]

Quando eu abro meus olhos, sinto uma forte luz atrapalhando a minha visão e uma dor imensa aonde eu tinha sido atingida. Será que eu morri? Foi então, que eu recuperei a minha visão e percebo que não estava morta.

Olho para os lados para ter uma noção aonde eu estava e tento me recordar de tudo que aconteceu nas últimas doze horas. A única coisa que eu me lembro é de sentir o sangue escorrendo da minha barriga e eu desmaiando.

Depois de dar uma alisada, percebo que eu estava em um lugar frio e úmido. Parecia uma espécie de prisão. Mas meus olhos fixam mesmo em um garoto de olhos azuis e prestava atenção em cada movimento meu. Quem será ele?

Tentei me levantar, fique um pouco sem graça por que ele não tirava os olhos de mim e também estava um pouco desengonçada.

- Vejo que acordou - diz ele - Vou chamar o Herschel para te examinar. Tente não se mover

- Tudo bem...- digo baixinho e esperado esse tal de Herschel aparecer.

- Olá, eu sou o Herschel. Como está se sentido? - diz o velho simpático

The Last Hope [twd]Where stories live. Discover now