Suicide Letter ❏ jarchie.

⚘ New Life.

N O T A S      D O      A U T O R

• Hey, viados, viadas, héteros, garotos e garotas. Estamos no final dessa one-shot. Desejo perdoar-me pela demora incômoda a finalizar essa fanfiction e agradecer vocês todos pelos 1k de visualizações. É emocionante, pois fora uma das minhas primeiras estórias que publiquei no aplicativo. Agradeço também à dona do maravilhoso plot que inspirou-me a avivá-la para vocês. Sou muitíssimo grata, sério! Muito obrigada.

• Estejam presentes a leitura desse último e enorme capítulo. Boa leitura e até já! ❤❤❤❤❤

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Jughead batalhava para abrir seus olhos. Sentia-se adoentado. Fraco. Seu pulso enfaixado e costurado doía ao ponto dele soltar diversos suspiros para reter a dor insuportável. Contudo, seu desespero não era composto somente nisso; era composto pelo fato de encontrar-se vivo e lembrar-se do por quê dessa tragédia maior ter acontecido.

O soro corria em suas veias. Acomodou a visão de seus olhos à realidade e direcionou-os para os lados. Seu quarto estava iluminado por uma luz fortíssima, lhe pregou uma dor de cabeça tolerável.

Ele se recordou de memórias passadas. Pessoas. Seu pai. Archie. Archie. Archie. Esse nome ressoou na sua mente descontroladamente. Sentira o toque do ruivo contra o seu pequeno e frágil bracinho, tentando conter todo o sangue que perdia em poucos segundos e depois sua realidade desaparecera. Perdeu todos os seus sentidos. Havia pensado seriamente que sua hora havia chegado. Que todo o seu sofrimento terminaria ali.

Apesar do arrependimento ao sentir a ardência intragável, arrependeu-se ainda mais por se encontrar ali: vivo. Dos pés à cabeça. Carne e osso. Estes que não incluíam-se em seus planos.

As lágrimas de Jones lhe domaram. Dessa vez, porque estava ciente que a solidão jamais lhe abandonaria, como algumas das pessoas ao seu redor fizeram. Seus soluços preencheram o ambiente silencioso enquanto depenicava o tubo de soro, no intuito de arrancá-lo do seu braço em todas as tentativas.

Ele não desejava estar ali. E sim, em quaisquer outro lugar melhor. Essas eram as crenças de Jughead. Seria transferido para um lugar angelical e somente com pessoas boas presentes nele, onde só teria espaço para calmaria, ternura e generosidade de outrem. Não existiria mais angústias ou preocupações. Ele estaria seguro depois de muitos anos.

— Me ajudem! – Jughead gritou, desesperado e esperando alguém para lhe explicar o que estava acontecendo consigo.

Archie permanecia do lado de fora, sentado nos assentos próximos ao quarto que Jughead se encontrava. Junto de sua namorada Antoinette, Cheryl o acompanhava e o aconselhava. Ele precisava de palavras reconfortantes mais do que ninguém. Não iria desistir do moreno sem ao menos tentar.

Ao escutar a voz enrouquecida e amedrontada do garoto, todos despertaram de seus devaneios. Archie foi o primeiro à adentrar ao quarto, não escondendo sua demasiada preocupação contra a situação que seu garoto se via preso.

Jughead não pôde distinguir seus sentimentos ao vê-los ali, parados em sua frente. Eles encaravam Jughead insípidos, sem buscarem as palavras ideais para exalar. O menor pousou os olhos para o braço da tatuada, Toni. Um curativo branco e minúsculo em cima da veia dela, indicando que ela teria realizado uma doação de sangue.

Ele relutou para não criar raiva. Por causa dela, sobrevivera à um incidente que seria oficialmente o seu fim. Sua expressão mudara de maneira abrupta; uma expressão de rancor foi projetada através de seus traços faciais, pousando seus olhos esverdeados repletos de fúria sobre cada um deles. Antoinette hesitou, indiferente, e protegeu-se atrás de Cheryl.