Capítulo 2

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Oi amores postando aqui o  capitulo do conto e no máximo vão ser 10 capitulos e no dia 5 vai pra amazon se deus quiser. Obrigada a todos que estão lendo e comentando. bora ler e mil beijos. 


Maria Eduarda

Há dois anos eu não sei o que é ter paz. E aqui estou me olhando pro espelho do meu banheiro e tento esquecer o meu pior pesadelo. Desde daquela noite eu não comemoro mais o meu aniversario. Não tinha razão pra festejar. Como eu gostaria de ter morrido. Era errado eu ainda ter esses tipos de pensamentos? Era errado eu ainda me sentir suja? São tantos sentimentos contraditórios que eu andava sentindo.

No inicio eu não conseguia dormir devido aos acontecimentos eu era sedada e também era restringida no leito do hospital. A dor que eu sentia e sinto na alma era tão grande que acabei tirando o soro da veia que estava me hidratando e acabo machucando mais ainda e só vejo o sangue saindo novamente e sorrio entre as lagrimas que estava já escorrendo.

Pra mim era tão bom que a morte viria e me levaria do meu sofrimento. Uma coisa eu tinha certeza eu não saberia como viver com aquilo. Só tinha uma coisa que eu não contava era com as enfermeiras entrando rápido e gritando e apago novamente.

E aqui estou eu novamente posicionada no mesmo lugar, aonde eu tentei me matar da primeira vez. E mais uma vez não funcionou. Minha irmã foi avisada que eu tinha tentado novamente me matar e ela olha pra mim chocada.

-O que você fez Duda?-Ela me questiona com lagrimas nos olhos.

-Você não entende!-Sussurro pra ela.

-Então me faça entender!-Ela diz séria. E tento me mexer e não conseguia e ela vendo o que eu estava fazendo diz: - Eles tiveram que te amarrar.

-Deu pra perceber. -Resmungo.

-Então e aí vai ou não vai me fazer entender o que esta acontecendo com você?-Ela me questiona.

-Há quanto tempo eu estou aqui?-Pergunto sem responder a pergunta dela.

-Esta há quase dois dias. -Ela diz e continua dizendo: - Você se lembra daquela noite?

-Sim... -Sussurro.

-Então é verdade?-Ela me questiona e sinto que meu sangue fugiu completamente do meu rosto.

-Sim... -Volto a sussurrar com vergonha de mim mesma.

-Duda você não quer saber o que aconteceu com você?-Ela me questiona.

-Sinceramente acho que você não precisa me lembrar de o que aconteceu exatamente comigo!-Sem querer sou grossa e logo estou pedindo desculpa: - Me perdoa não queria ser grossa.

-Eu sei que não!-Ela diz serio e continua: - Você não sabe o que eu senti quando te vi no chão do banheiro toda ensanguentada.

Minha irmã linda ela não tinha ideia de como eu admirava, me criou desde pequena a diferença entre nos duas é de dez anos.

-Me perdoa!-Peço novamente e ela vem me abraça colocando a sua cabeça em meu colo e começa a chorar e muito.

-Eu pensei que você estava morta!-Ela diz sussurrando.

-Era o que eu queria naquele momento. -Confesso sentindo as lagrimas dela em minha barriga.

-Não eu não quero que você tente mais contra a sua vida!-Ela diz brava e se levanta e assim deu pra reparar em como ela estava abatida.

-Eu preciso morrer!-Digo e ela me olha chocada.

-Nunca mais fale uma merda dessas. -Ela diz nervosa.

-Você acha que é fácil?-A questiono.

-Eu imagino que não deva ser fácil!-Ela diz.

-Não você não entende! –Praticamente grito e tento controlar: - No dia do meu aniversario eu fui estuprada!

-Duda fica calma. -Ela pede ao ver como estava agitada.

-Eu não posso ficar tranquila. -Falo olhando firme pra ela e continuo a dizer: -Além de ser violentada, posso estar gravida e ainda correr um risco de ter pegado uma DST.

-Eles fizeram o teste de gravidez, DST. -Ela diz.

-E o resultado foi qual?-Pergunto com medo.

-O resultado mostra que você senhorita Sanches não está gravida e também não contraiu o vírus. -Ouço uma voz de um homem e fico tentando saber quem é e não precisei muito e pelo jeito da minha irmã que ficou muito vermelha ela diz:

-Oi doutor Leão. -Minha irmã diz ainda vermelha. Ele abre um sorriso que acho sensual e nos cumprimenta.

-Então eu não estou gravida?-Pergunto com alivio.

-Não senhorita!-Ele diz e continua a dizer: - Mais isso não significa que a senhorita não tenha eu tomar a pílula do dia seguinte e muitos menos o coquetel, pois vai tomar como prevenção. -Ele diz sério.

-Mais o senhor não disse que eu não estou gravida e também não contrai DST, porque eu tenho que tomar?-Pergunto já ficando nervosa.

-Senhorita como eu estava dizendo, a senhorita tem que tomar e vamos fazer exames e também vai ser acompanhada por um psicólogo.

-Eu não preciso de nenhum psicólogo. -Respondo grossa e a minha irmã me olha feio.

-Ela vai sim, doutor Leão!-Minha irmã fala firme.

-Ótimo a enfermeira já vai trazer as medicações e vamos fazer logo mais exames.

-Eu estou bem!-Resmungo.

-A senhorita passou por um grande trauma e sei que está abalada, mais precisa fazer mais exames e também começar tomar a medicação, tudo bem?-Ele pergunta em aceno a cabeça em concordância e não demora muito ele sai e vem uma enfermeira e sou tirada da restrição e foi assim que comecei a minha longa jornada pra esquecer o meu pesadelo.

-Dudaaaaaa!-Ouço a minha irmã me chamar e sou tirada do passado e logo desço as escadas e vejo-a toda arrumada.

-Aonde você vai?-Pergunto curiosa.

-Eu vou trabalhar, esqueceu?-Ela brinca e continua dizendo: - E a senhorita tem que ir pra aula e não se esqueça de vim logo pra casa.

Ela me orienta me dando beijo e sai correndo que nem louca. Minha irmã amava e ao mesmo tempo odiava o trabalho como secretaria do senhor Leon Vitorino, sinceramente eu ainda não o conheci e nem quero conhecer, Minha irmã diz que o homem é um gato e que eu deveria arrumar um namorado.

Decidi que nunca vou me relacionar com ninguém. O medo ainda bate em mim quando algum homem se aproxima. Mesmo sabendo que não pode me fazer nada de mal eu ainda ficava com pé atrás. Pego a mochila e sigo pro curso pedindo mais uma vez a deus pra me fazer esquecer-se de tudo que me aconteceu, comigo! Será que era pedir muito? Solto um longo suspiro triste.

Meu CEO Possessivo (Completo) Where stories live. Discover now