Minha obsessão (Concluído)

60. Bônus

Como vcs pediram com jeitinho não resisti 😍 capítulo bônus.
Esse é um pouco curto, mas escrito com carinho.

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Renan

— Ainda não encontraram o corpo?

— As buscas tiveram que ser suspensa Renan, o mar está muito agitado, os mergulhadores acharam melhor parar.

— Entendo, aonde foi o naufrágio?

— No mar do espírito santo, parece que a embarcação estava retornando para o porto do Rio quando foi surpreendida pela tempestade.

— Que merda Hem!! Estou indo para o quartel da Marinha da a notícia para a filha do casal.

Fui chamado pelo comandante da Marinha para dar informações detalhadas ao parente mais próximo da família.

Eu já estava atrasado para o horário do encontro, então mais que depressa juntei as chaves da viatura em minha mesa e dirigi até o batalhão.

Você não imagina a minha cara de surpresa que fiz para meu comandante quando vi que a parente das vítimas era a Alice, e o pior, eram os pais da garota e ela estava grávida.

Eu quase não tive coragem para contar para a mulher que eu amei por tantos anos que os pais dela tinham morrido.

E o que era mais difícil naquele momento para mim, era ver que alguém havia roubado o coração da mulher mais difícil de conquistar que eu já tinha conhecido, ela se achava boa demais para a turma da faculdade.

Lá no quartel quando dei a notícia, Alice desmaiou em meus braços. Enquanto  nós esperávamos o SAMU chegar para levar Alice para o hospital, o tempo parou ao meu redor, eu só conseguia observar a beleza da mulher que havia roubado meu coração.

Ainda era a mesma Alice da faculdade, doce, meiga, linda, um pouco mais gordinha, mais ainda era a mulher da minha vida ali em meus braços.

— Vamo porra, cadê a merda do SAMU que não  chega comando?

— Acabaram de Chegar Investigador.

De repente os enfermeiros a tiraram de mim, a colocaram em uma maca e  levaram.

A bolsa de Alice estava em cima da cadeira do escritório, eu sabia que ela precisaria dos documentos, então eu peguei e fui de viatura para o hospital, eu não podia deixar Alice sozinha naquele momento.

Depois de algumas horas esperando na recepção o médico veio até mim, eu estava ancioso, preocupado e inquieto.

— Calma papai, está tudo bem com a mamãe e o bebê, mas teremos que fazer uma cesariana de emergência. Devido o choque emocional que a paciente sofreu, ela entrou em trabalho de parto, prepare esse coração, hoje você conhece sua princesa — ele tocou em meu ombro esquerdo e deu uma leve sacudida — Dentro de 1 hora a enfermeira irá chamar o senhor acompanhar o parto.

Então o filho que Alice esperava era uma menina, por mais que eu quisesse ver o rosto da filha da Alice, eu não poderia usurpar esse direito do pai verdadeiro, ele tinha que está ao lado dela e tinha o direito de conhecer a própria filha.

Fuçando a bolsa de Alice encontrei o celular dela e por sorte não era protegido por senha. Na lista de contato agendando carinhosamente estava o nome do homem que o seu coração havia roubado.

"Marrento meu Amor"

Quando vi aquilo senti como  se alguém me desse um tiro no peito, meu estômago revirou, por muito tempo achei que Alice era um amor superado, mas engano meu, eu o policial mais durão e frio do departamento nunca tinha deixado de estar apaixonado por ela.

Liguei várias  e várias vezes para o número e dava direto na caixa postal.

A hora havia chegado, a enfermeira entrou na sala e logo foi chamado.

— Senhor vamos lá presenciar o momento inesquecível da sua vida?

— Vamos eu estou pronto.

Eu por vários momentos pensei em recusar, mas não poderia deixar Alice passar por isso sozinha. Coloquei o celular no bolso e fui me preparar para a cirurgia.

Quando entrei na sala Alice estava na mesa de cirurgia pronta para o procedimento, a enfermeira nos deixou a sós por alguns instantes e sairam.

— O que você está fazendo aqui? — Alice me olha assustada.

— Oi Alice, me desculpa, mas tentei ligar dezenas de vezes para o seu marido, mas só dá caixa postal, achei que você não deveria está sozinha nesse momento.

— Você não deveria está aqui — ela se mostra preocupada com minha presença.

— Se você quiser eu posso ir embora.

— Não! Fique comigo Renan, segura minha mão, estou com medo.

Os médicos adentraram na sala de cirurgia, e eu sabia que a mágica ia começar, eu estava prestes a testemunhar o nascimento de uma vida. Alice segurou fortemente em minha mão, meu coração estava batendo em um ritmo diferente, e Alice mesmo preocupada com a minha presença, sentiu que podia confiar em seu amigo.

E no meio de todo esse drama, nasceu Lavínia.