14 - Feliz ano novo?

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Ao chegar no escritório de Chris, me deparei com ele chorando enquanto apoiava as duas mãos sobre sua mesa. 

— O que você quer? Vai embora! — me respondeu com o rosto vermelho. 

Aquilo cortou o meu coração.

— Chris, por favor, me entenda. Eu preciso explicar...

— Não tem nada pra me explicar, Arthur! — ele bateu na mesa. — Já entendi tudo, é simples. Você não respeitou a minha vontade e contou pra sua amiga sobre mim... sobre nós! Agora o prédio todo já sabe! 

— Olha, eu...

— Sem mais nenhuma palavra. — disse em tom de sermão. — Temos trabalho ao fazer, me dê licença. 

Eu obedeci. Estava muito triste comigo mesmo. Eu tinha contado pra Selina antes dele me pedir pra que não contasse pra ninguém, então eu não sabia, não era culpa minha, mas... Eu nem me lembrei que havia comentado com ela quando ele me fez esse pedido pra guardar segredo. Droga, eu deveria ter lembrado! Assim, ia pedir pra ela guardar segredo e explicar pra Chris que já havia contado a ela. Eu me desculparia mesmo assim com ele, de qualquer forma. Acho que ele entenderia.

O dia se arrastou pra passar. Christopher estava triste o tempo todo e me ignorava. Ele não me esperou na hora de ir embora. Foi embora pra casa com o seu carro sem ao menos se despedir de mim. Eu entendia e respeitava o que ele estava sentindo, mas eu só queria poder conversar com ele. 

Antes de sair do prédio, eu percebia o quanto as pessoas cochichavam entre si. De repente, Sun me parou. 

— Sun! — exclamei, surpreso.

— Meu jovem, não ligue se as pessoas estão zombando de vocês dois ou qualquer coisa do tipo. Ninguém tem nada a ver com a vida de vocês. — me explicou com feição de preocupada.

— Eu sei... Mas Sun, Chris está triste comigo, porque...

— Já estão tão íntimos que já tem até apelidos. — ela soltou aquele sorriso fofo. 

— Sim. — eu não pude evitar de sorrir também. 

— O amor sempre destrói barreiras e pode vencer muita coisa, meu jovem. — ela repousou a mão em cima do meu peito. Acredito que estava sentindo o quanto meu coração estava acelerado não só naquele momento, mas o dia todo, pela aflição que eu estava passando. 

— Eu sei, só preciso conversar com ele. 

— Ele ama muito você. Dá pra ver no olhar dele. 

— E eu também o amo muito. 

Ela me deu um abraço muito forte e apertado. Antes de ir pra minha casa, decidi passar na casa de Selina antes. 

— Artie! Que surpresa... — ela disse com um sorriso meio forçado.

— Oi, Sel. — disse, coçando minha nuca. — Me desculpa, estou atrapalhando?

— Não, não! De jeito nenhum... Só estou tão preocupada desde que aconteceu aquilo lá mais cedo. 

Eu pedi licença, entrei em sua casa e a abracei. Sel fechou a porta. 

— Sel, não se preocupe com nada disso. A culpa não foi sua. Eu deveria ter lembrado que comentei com você e então te avisado que Chris não queria que eu contasse de nós pra ninguém. 

— Ele te explicou o porquê de não querer assumir o que vocês tem?

— Olha, Sel, é complicado. Eu e Christopher começamos a namorar mas ele nunca tinha sentido atração por meninos antes. Ele ainda acha estranho, mas gosta muito de mim e está mudando, está aprendendo a ser uma pessoa boa e nossa... me apaixono por ele ainda mais a cada dia que passa. 

Dois homens, um coração (Romance Gay)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin