A noticia do herdeiro a caminho se espalhou feito fogo em pólvora. As pessoas sinceramente deixaram de esperar um herdeiro após alguns anos, e a linha de sucessão de Christopher chegou a ser assunto por algum tempo, já que ele não tinha uma, perdendo a graça depois. Christopher ordenou que cada família recebesse uma bolsa com moedas de ouro, e o reino permaneceria em festa, sem trabalho ou preocupações, por 7 dias, para comemorar a boa nova. E ela foi comemorada. Mesmo depois dos 7 dias as pessoas ainda mandavam presentes, na maioria coisas singelas, mas sempre desejavam boas energias para o bebê, logo Madison mandou colocar tudo em uma das câmaras do castelo e guardar lá. Aceitava os presentes e as bênçãos com uma paciência e ternura que não era sua. Até sorria.
Madison: Eu não vou gastar minha gravidez discutindo com você. – Avisou, dispensando Anahí com um aceno de mão. Madison pegara o costume de andar com uma mão no ventre como se já tivesse barriga.
Anahí: Oh, não vai mesmo. – Disse, cortando o caminho. A outra parou, ultrajada – Vai parar de estragar meus filhos e passar a cuidar do seu!
Madison: Preste queixa ao rei. – Ofertou, abrindo um sorriso atrevido depois – Oh, esqueci, ele é meu marido. – Ela deu de ombros, saindo.
Anahí: Madison! – Ralhou, exasperada.
Não adiantaria muito fazer queixa ao rei mesmo se a rainha incendiasse o reino, era valido ressaltar. Christopher sempre adorara o chão que Madison pisava, agora a situação descera ladeira abaixo. Ele gravitava me torno dela. Nas semanas que passaram, Alfonso se viu adotando trabalhos que não eram dele, porque o amigo estava ocupado demais conversando com a barriga da esposa. Anahí se reservou a sorrir quando o marido se queixou, sendo que ele mesmo costumava fazer isso (apesar de agora alegar que era pura imaturidade).
Madison: Espere. – Disse, tocando o braço de Anahí, que a olhou. A outra tinha um bico pensativo, então deu a volta, simples.
Anahí: O que houve? – Perguntou, confusa, virando o carrinho.
Madison: A criança quer comer melancia. – Comentou, tranquila – O que é engraçado, porque sempre odiei melancia. Precisaremos conversar sobre isso. – Avisou, tranquila.
Anahí: Não tem muito o que conversar. – Disse, achando graça – O desejo só vem e você tem vontade. Passa depois de algum tempo, ou muda. – Disse, se lembrando.
Madison: Oh, não disse que tinha que conversar com você. É com ele. – Disse, apontando a barriga que se sobressaía levemente sobre o vestido – Não pode desejar coisas que eu não gosto de comer enquanto viver em mim. Precisa aprender a ensinar limites pros seus filhos desde cedo, Anahí. – Aconselhou, deixando a outra aturdida.
A cada segundo era uma novidade diferente. "A criança" tinha vontade de coisas impossíveis, e apesar da mãe dele alegar que estava "ensinando limites", nenhum de seus desejos eram negados. O que podia ser incomodo.
Christopher: Abra a porta, abra a porta, abra a porta! – Repetiu, batendo repetidamente na porta do quarto.
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Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About Love
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