Ian: Você me deve uma vida. – Leu, em voz alta, erguendo o rosto em seguida – Isso tem algum significado pra vocês? – Perguntou, mas os outros olhavam a mesa, todos sem reação aparente.
Christopher: Não. – Murmurou, o cenho franzido.
Anahí: Tem isso. – Disse, rouca, apontando algo na flecha que ficava exatamente no meio da frase. Na outra extremidade, próximo a ponta da flecha, havia uma pequena flor esculpida na madeira. – É uma rosa. Pensei que pudesse ser algo atrelado a Rosalie quando vi, mas nada encaixa. – Alfonso a encarou, e ela deu de ombros.
Alfonso: Bem, é algo a pensar. O professor está progredindo com o prisioneiro. – Disse, com um suspiro exasperado.
Madison: E nós seguimos com nada. – Comentou, mas os olhos estavam focados na frase. Apertava Clair firmemente no colo. A menina não dava bola – Anahí, você devia descansar um pouco. Foi um ótimo trabalho, mas terminou. – Continuou, os olhos ainda distantes.
Alfonso: Madison está certa. – Disse, saindo de perto da mesa. Anahí não parecia nem um pouco satisfeita com o "ótimo trabalho". Desvendara a mensagem mas continuavam sem nada – Não vamos ter essa discussão outra vez, Anahí, por favor.
Anahí: Tudo bem. – Aceitou, rouca – Acho que posso dormir um pouco. Por favor, vigie as crianças. – Alfonso assentiu.
Dormiu pouco, apesar de tudo. Tivera esperanças de progredir com aquilo, mas terminara no mesmo lugar em que começara. Terminou ficando deitada no meio da cama, o travesseiro de Alfonso com o cheiro vivo dele acalentando-a. O tempo estava passando e a situação ficava insustentável. Não soube dizer quanto tempo passou olhando o teto, os olhos azuis sem foco.
A verdade é que estavam presos, sem poder avançar ou recuar, a mercê de quem estava fazendo aquilo e de suas pretensões.
Não houve nada nos dias que vieram e logo começou uma tensão pesada, que podia ser sentida no ar como se fosse tangível. Ian não brincava nem sorria tanto mais: Não tinha problema com lutas, não se assustava com guerras, mas não gostava de se sentir acuado. Christopher passara a agir na defensiva. Não tinha como saber de onde viria o ataque, nem quando, então passou a se proteger por todas as partes.
Anahí: O que há? – Perguntou, rouca, se virando na cama, vendo Alfonso se aprontando. Na falta de perspectiva ele não costumava se apressar nas manhãs: Optava por esperar ela acordar, ficar na cama por algum tempo, como se acalmando-a, reforçando de que ela estava segura ali.
Alfonso: Há uma chance... Estamos atirando no escuro. – Admitiu, abotoando o colete – De fazermos o prisioneiro passar alguma informação hoje, o professor está chegando. – Anahí se sentou, de prontidão – Calma. – Pediu, voltando pra cama. Anahí estava com os nervos a flor da pele, isso o preocupava – É só uma possibilidade, quero estar lá na hora. Descanse mais um pouco. – Pediu, selando os lábios dela.
Anahí: Não. – Disse, tentando se descobrir. Ele não deixou.
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Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About Love
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