capítulo 25

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Ben📌

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Ben📌

Ben: Emily.

Charles: Filha.

Posso ver o medo, a raiva, a tristeza em seu olhar, e isso me provoca um sentimento chamado Desespero. Desespero de perder o que é meu.

Charles: —abaixa a cabeça.— Ok. Isso já foi longe demais. Mais cedo ou mais tarde ela descobriria. Criei uma filha inteligente, ela não se casaria com um espião.

Não, não ela não descobriria. Nunca ninguém descobre sobre mim, eu nunca falho.

Emily: O que? Do que vocês estão falando?—fala nervosa deixando as lágrimas descerem.

Charles: Melhor vocês conversarem.

Eu juro pela minha vida que a minha vontade é de estrangular esse homem agora. Ele sai da sala e fecha a porta, me deixando a sós com ela.

Ela me olha chorosa, como quem quisesse explicações mas também como se não quisesse ouvir por medo. Abaixo a cabeça em busca de controlar minhas respirações e controlar o sangue em minhas artérias coronárias.

Ben: Ele está certo—afirmo com a cabeça.— já devíamos ter tido essa conversa.

Emily: Do que você está falando?—me empurra dando socos no meu peito.— o que que é tudo isso? Que merda é essa de espião, de chip, da morte do Tate, o que que é tudo isso?—diz nervosa com tom alterado me empurrando.

Seguro as mãos dela com força e ela me olha chorando.

Emily: Benjamin—olhar de súplica.— o que está acontecendo?

Engulo a vontade estupida e patética de deixar escorrer uma lágrima ou fluido lacrimal como é denominado cientificamente um líquido composto de água, sais minerais, proteínas e gordura, produzido pelas glândulas lacrimais —do sistema lacrimal.— nas pálpebras superiores do olho humano para lubrificar e limpar o olho. É produzido em grande quantidade quando alguém chora,a diferença é que eu não choro.

Ben: Eu prometo de contar tudo, do começo ao fim. Te explicar e tentar fazer você entender sobre tudo isso. Mas independente de tudo o que for falado aqui, eu quero que você nunca duvide do meu amor por você. Porque quando eu disse que eu te amava, eu realmente amava, mesmo não podendo e parecendo impossível, pois foi algo jamais estudado pelo meu criador, mas eu senti e sinto, sinto amor por você como nunca senti por mais ninguém nesse mundo.

Emily📌

Emily: Ta esperando o que?—falo nervosa.

Ele se vira de costas e quando retorna o olhar para mim, vejo seus olhos de uma cor que jamais vi antes. Estava em um tom de cinza escuro, suas veias do pescoço saltavam e ele estava mais branco que o normal.

Ben: Diana Lohan.

Olho pra ele esperando mais.

Emily: Sua mãe.

Ben: A mulher que eu chamo de mãe. Ela tinha 25 anos e se descobriu infértil, depois de tantas gravidezes sem sucesso, ela perdia a criança logo no começo da gestação. Ela procurou uma clínica e eles estavam com projetos muito avançados...—ele engole seco.

Emily: O que, Ben?

Ben: Clonagem de corpos humanos.

Franzo a sobrancelha em choque.

Emily: Do que que você tá falando, Benjamin?

Ben: 67-223.

Ele ergue o rosto e me olha.

Ben: Existem 34 iguais a mim. Nós somos controlados por um médico, nos reabilitamos no instituto e eu tenho um... um chip dentro de mim que é trocado de época em época e...

Emily: Tá me dizendo que é um robô?—falo chorando.

Ben: Não. Eu sou uma porra de um clone humano.

Emily: Isso não existe.—falo entre soluços.

Ben: Existe. Existe—fala nervoso.— e eu tenho como provar.

Ben: Eu estudei você. Eu já sabia exatamente tudo sobre você antes mesmo de você me conhecer. Lembra quando você acordava na sua cama e não sabia como tinha chegado lá? Era eu que tinha te colocado lá, te dado banho, feito você vomitar as drogas que você usava. Era eu que fazia curativos no seu braço quando você se auto mutilava.

Ben: Eu sei que você respira 7,5 litros por minuto, e que você pisca 31 vezes por minuto, uma pessoa normal pisca 23 ou 24 vezes, e você faz isso com maior frequência por causa das drogas que você usava, e que seu coração bate em 71 pulsações por minuto. Eu sei que quando você fica com vergonha você fica mordendo de leve sua língua com a boca fechada mesmo.
Eu sei seu tipo sanguíneo, sei em horas, minutos e segundos do seu nascimento e não foi seu pai quem me contou.

Emily: Para, para, para!—falo chorando.

Ben: Aos 3 anos de idade eu já falava 4 línguas e comecei andar aos 7 meses. Na minha cabeça tem um relógio que cronometra até meus passos. Eu sei o controle da minha corrente sanguínea e os olhos...—ele me encara.

Ben: Os olhos, a cor dos fios de cabelo, a boca seca... tudo. Tudo muda de acordo com o que a natureza nos oferece. Quando eu sinto raiva, quando eu sinto felicidade, e principalmente quando eu tenho desejo de matar.

Arregalo os olhos assustada mas ainda chorando, com medo.

Ben: Eu suportaria ver um assassinato a sangue frio na minha frente e eu não sentiria dó, pena e nem piedade. A vontade repentina de ver alguém sofrendo ou sendo torturada me causa prazer.—fala em tom frio.

Ben: O seu coração bate em 71 pulsações por minuto. O meu a 141.

Ben: Eu posso ficar 9 minutos e 53 segundos de baixo da água sem subir pra respirar, e posso dar mais de 313 braçadas ao nadar sem parar pra descansar. Eu durmo apenas 4 horas, 42 minutos e 12 segundos no dia, não passa disso. Meu qi é avaliado em 147, o que significa que eu sou um gênio, e dentre todos os meus irmãos eu só perco para o 67-221, chamado Edward Vian em seu nome humano e mora a 8,881 km daqui, na Rússia.

Emily: Como quer que acredite nisso? Nessa sua historinha de ficção científica?

Ben📌

Ben: —interrompo.— Eu matei Tate Yoan.

Ela ficou sem reação, sem chão, ela já estava em estado de choque então ela simplesmente sentou-se no sofá. Perplexa.

Emily: O que?

Ben: Eu fui contratado pelo seu pai pra vigiar você, desde a escola, os becos de drogas, as boates, em casa. Tinha câmeras espalhadas por toda sua casa e eu tinha controle sobre elas. Eu te acompanhava 24 horas por dia antes mesmo de você me conhecer. Seu pai entregou o esconderijo do seu ex namorado e a polícia chegou lá. Ele foi dado como morto e eu te apaguei pra te tirar de lá. Meses depois a Ivy te procurou pedindo dinheiro...

Emily: E ela sumiu. Eu nunca mais a vi.—fala chorando.

Ben: Ela ficou bem. Mas me entregou onde ele estava, e amarra o cadarço do seu tênis que tá me deixando em pânico.—falo agoniado.

Ben: Eu fui até ele e o espanquei até a morte.

Emily: Assassino!—avança pra cima de mim.— matou ele.—diz me estapeando entre choros e gritos.

Ben: Eu te protegi—falo a segurando.— eu te protegi!—grito nervoso.—sabe qual era o plano dos marginais? Sequestrar você e pedir uma recompensa gorda pro teu pai. Que namorado bonzinho que ele era não é mesmo?
——
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𝐄𝐌𝐈𝐋𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora