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Três Meses Depois

Kyungsoo fazia o pré-natal sempre que podia, mês sim mês não, por sorte não tinha problemas com o bebê. Em todas as vezes foi acompanhado de Chanyeol, que, por enquanto, era o único que sabia da gravidez.

Estavam no colégio, o casal de namorados no pátio aproveitando seu intervalo e Chanyeol e Baekhyun que preferiram passar o tempo na sala de música.

— Sua barriguinha está fofinha, Soo. — Comentou deslizando sua mão, fazendo carinho, na pele do menor que sentiu os pelos de suas pernas se arrepiarem com o tal toque. Se relacionavam discretamente, não queriam que algo como o dia em que começaram a namorar ocorresse novamente, então optaram por ficar em um canto afastado, onde não circulava muitos alunos nem funcionários.

Jongin percebeu Kyungsoo ficar sem reação nenhuma, talvez estivesse avoado, perdido em seus devaneios, mas o Kim tinha quase certeza de que seu namorado estava estranho.

— Kyung, o que aconteceu? Me parece pensativo demais. — Levou a franja, que insistia em cair em metade da testa, de Kyungsoo para trás, a colocando atrás da orelha.

— É só impressão sua.

— Tenho quase certeza que não... Há algo para me contar? — Era agora, não tinha mais para onde fugir. Ou Jongin sabia da boca de Kyungsoo, ou saberia da boca de outra pessoa.

Suas mãos tremiam, estava receoso. Contava ou não?

Demorou um pouco para responder mas assentiu balançando a cabeça lentamente. Se ajeitou ao lado do namorado, ambos olhando em seus olhos, os de Kyungsoo guardavam lágrimas que já insistiam em aparecer.

— Kyung?

— Oi.

— Conte por favor, é um tipo de suspense que você quer fazer? — Deu uma risada um tanto forçada pelo clima ter ficado tenso entre os dois, um clima perturbador.

— Você... tem dezessete anos... sim? — Finalmente se pronunciou em alto tom. Jongin respondeu que sim apressadamente deixando o Do pensativo novamente, com a tal cara de paisagem. Os olhos do menor se encheram de lágrimas, as que tanto escondia, fazendo o Kim se assustar e limpa-las antes que fizessem um rastro maior em seu rosto.

— Por qu-

— Jongin, e-eu... estou grávido. — Escondeu o rosto em suas próprias mãos, logo alternando para suas pernas assim ficando em posição fetal, deixando que seus jeans se molhassem com suas lágrimas.

— Uh... o que? Foi tão rápido. — Riu nervosamente. — Tudo bem Soo. Não tanto pois vamos para faculdade ano que vem mas... nós conseguimos, principalmente você. — Deixou um selar nos fios de cabelo do namorado e abraçou seu corpo, que agora estava mais fragilizado, levemente.

— A-achei que fosse terminar nosso namoro ou me abandonar. — Levantou sua cabeça na direção do maior, seu cenho estava franzido. Não esperava essa reação.

— Kyungsoo?! Enlouqueceu? Nunca que eu faria isso com você, eu te amo. Eu te amo muito. Vamos cuidar de você e do bebê para que ele nasça sã e saudável, não quero que esconda mais NADA de mim.

Fazia carinho em suas costas enquanto recebia um sorriso de Kyungsoo, que, por mais surpreso que estava, esbanjava felicidade ao ouvir suas palavras.

— Mas não foi algo que passou despercebido de mim, ok? Eu até iria conversar sobre essa chance de sermos pais porque me lembrei que não usamos proteção, além de seus vômitos na noite retrasada quando saímos. Algo que não perguntei, quantos meses? — Não era algo que Jongin não suspeitava, Kyungsoo havia mudado nesse meio tempo, ficando manhoso, querendo carinhos a todo momento, tanto de Chanyeol quanto do Kim.

— Só três meses. — Deslizou a mão por sua barriga, ainda pequena por ser cedo demais, e entrelaçou a mão livre com a mão do namorado.

— Seus pais sabem?

— Ainda não, creio que meu pai não irá gostar nada disso... tenho medo.

— Qualquer coisa moramos juntos, não tem problema. Irei começar a trabalhar para comprar as coisas de nosso bebê e pagar os seus devidos cuidados. Meus pais que pagam a conta de água e luz lá de casa, mas chega, tenho que pagar minhas próprias contas, não quero ser mais dependente, irei ser pai agora. — Disse com determinação, estava pronto para arcar com as consequências. Iria procurar um emprego, imediatamente, que rendesse bem para que o menor pudesse ir para sua casa.

— Em falar nisso, tenho consulta semana que vem, acho que já poderemos saber o sexo do nosso bebê. — Sorriu fazendo com que seus olhos ficassem em apenas uma linha, porém sua feição foi se amenizando ao lembrar de seus progenitores. — Eu não sei como irei esconder minha barriga deles, de meus pais.

— Deve contar o quanto antes, pelo menos para sua mãe por enquanto. Talvez eles podem te ajudar também. E quando for contata-los sobre esse assunto não se esqueça de me chamar, irei com você.

— Nini, muito obrigado por este apoio, por não ter tido uma reação ruim. Você é um namorado incrível, o oposto do que eu achava antes de te conhecer realmente. — O sinal bateu e foram lado-à-lado para a sala de aula, antes trocando algumas carícias e selinhos discretos, já que não podiam dar quaisquer sinais de relacionamento, como o mais simples que era andar de mãos entrelaçadas.

kim's messages ✰ kaisoo Onde histórias criam vida. Descubra agora