Prólogo

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Eu estava cercada por animais. Vacas, cavalos e conseguia ver uma ovelha, o verdadeiro local de uma fazenda me fez refletir que onde meu rapitor me trouxe é longe e diferente de tudo o que sou acostumada - transito e cidade. Meu coração acelerado e mãos trêmulas. Olhava para trás todo momento, conseguia ouvir os passos dele. Minhas lágrimas não estavam sequer querendo sair, pois meu medo era bem maior que algo que fosse representado por mínimas lágrimas. A respiração dele estava ofegante, mas o sorriso nojento e perverso se dominavam em seu semblante. Estava com um enorme medo, meu coração estava acelerado. O medo de ser pega estava me deixando ranceosa. Estava me esforçando para sair dalí livre, sem aquelas mãos em meu corpo.

Consigo me esconder entre uma árvore grande. Havia arbustos diante dela, então facilitou para me esconder entre eles.

-- Não adianta se esconder, minha, Ararinha. --- a voz de meu perseguidor me assustou, fazendo me mexer entre os arbusto.

Fecho meus olhos o mais forte que consigo. Seguro forte minhas pernas, totalmente encolhida e desprotegida. Sozinha e com medo. Muito medo.

Há tempos em que ele só me chama assim: Ararinha. Obviamente ao fato de eu ser sua presa, ele me considera fraca e fácil. Seu objeto de conquista insignificante.

No começo eu odiava com todas as minhas forças o jeito que ele me chamava, mas se passaram tempos e não passa de um apelido carinhoso que sei que ele mantinha por mim. Mas em sua voz sequer há carinho ou compreensão agora.

O gavião está apenas brincando com sua presa fácil. Assim como sempre brincou com os outros, atormentando-os, fazendo que suas presas se sintam desprotegidas e encurraladas até o auge do total desespero.

-- Diga-me por quê você sempre é tão teimosa, Lili? --- ele gritou, fazendo eu querer tampar os ouvidos e nunca mais ter audição, nunca mais querer ouvi-lo. -- Agora vou ter que ferir você. Consegue perceber o quê você está me obrigando fazer?

Meu rosto estava com lágrimas, meus olhos ardendo de tanto ter segurado elas e agora o que mais quero é me acabar de chorar.

Uma mão abriu o arbusto em que eu estava encolhida, meus olhos se abriram o rosto de meu seqüestrador estava avista.

Suas mãos seguraram meu rosto com uma delicadeza que me dá ancia de medo. Seus dedos em minha nuca me fazem querer chutá-lo.

-- Ararinha, não me obrigue mais à isso. --- Passou seu polegar sobre minhas lágrimas e o sorriso perverso se acasalou. O sorriso mais amedrontador que já pude presenciar. -- Me assustou saber que não terei mais que ver você.

♡♡♡

hoje mesmo eu posto o primeiro capítulo. e aí, gostaram?

A PRISIONEIRA - sprousehartDonde viven las historias. Descúbrelo ahora