Naquela tarde fria, Klato ouviu um barulho.
Tudo estava escuro, mas não era problema para um vampiro como Klato. Ele já estava acostumado o suficiente para saber de olhos fechados cada canto daquela caverna em que passou seus últimos milênios de vida preso.
Ele se lembra nitidamente do momento em que falhou na batalha, no momento em que viu seus amigos morrendo nas mãos das bruxas, feiticeiros e humanos. Malditos humanos! Ele se lembrava. Sua sede por vingança era muito maior do que a sua sede por sangue. Jurou a si mesmo que voltaria. Que se rebelaria contra todos que um dia já lhe machucou.
Alimentou-se de pequenos animais dentro daquela caverna nesses últimos anos. Sua pele ressecada impedia que ele se movesse a cada dia que passava. Ele estava definhando aos poucos de maneira dolorosa.
O barulho foi alto o suficiente para espantar alguns ratos. Klato, sentado sobre uma pedra, ouviu também e logo despertou. Não ouvia um barulho fazia séculos. Apenas das gotas d'água caindo do teto e dos animais ali presentes. Ele desconfiou de início, mas decidiu ignorar, não valeria o esforço para ver do que se tratava. No entanto o barulho mais uma vez ecoou pelas paredes da caverna.
Desta vez foi mais barulhento, algumas estalactites caíram do teto, e por sorte não o atingiram . Ele estava frágil, não se recuperaria fácil. Desta vez, ele jurou não estar maluco, e que de fato tinha ouvido aquele barulho. Determinado, ele se levantou com dificuldade e caminhou em frente, procurando o epicentro daquele barulho.
Mais um tremor. Esse foi suficiente para fazer com que ele caísse, e por sorte não quebrado nenhum osso. Ele gemeu ao entrar em contato com aquela água gelada no chão. Percebeu que tinha se arranhado, mas o machucado começou a sarar. Então se ergueu com um grunhido de dor.
À medida que ele ia se aproximando do epicentro do barulho, uma esperança começou a crescer em Klato.Algo que ele não senti fazia tempo. Próximo a ele, numa parede da caverna ele viu um filete de luz. Ele reconheceu aquela luz.
Desta vez andou com passos acelerados, seguindo aquela luz branca. E então quando se aproximou de mais da luz ele viu, em sua frente, uma grande cratera na rocha da caverna. Mas como? Como isso aconteceu? A maldição era para sempre! E então... Ele se lembrou.
A maldição acabaria se por acaso os feiticeiros fossem extintos. Afinal foram eles que o aprisionaram ali naquele lugar horrendo para pagar todos os seus pecados. E aquela cratera só significava algo. Que os feiticeiros haviam morrido. E que finalmente, depois de mais de dois mil anos aprisionado, Klato, o maior dos vampiros, estava livre novamente. Sentiu como se sua energia tivesse voltando instantaneamente. Os animais em volta ficaram agitados, pois sentiam também que o momento da liberdade havia chegado. Klato abriu um sorriso maquiavélico e esperou anoitecer para finalmente caçar.
BẠN ĐANG ĐỌC
Renascidos das Cinzas
Ma cà rồngMax nunca esteve tão próximo de sua morte quanto esteve durante sua conturbada viagem para Londres. Um simples passeio de férias com seus amigos se tornou o seu maior pesadelo quando ao se instalar na antiga mansão misteriosa de seu avô ele desenter...