Capítulo 1 - Prólogo

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- Não é como se eu não sentisse sua falta, Gus - disse Amália, revirando os olhos enquanto se apoiava na parede do seu quarto - você sabe que eu te amo.

- O problema é que você nunca demonstra, Áli. Como você quer que eu fique? - o garoto dizia do outro lado da linha, enquanto observava a paisagem vista de sua janela.

- A gente realmente precisa estar tendo essa discussão? Você reclama comigo porque eu sou fria, e eu reclamo com você porque você age como se eu simplesmente te ignorasse e você sabe que não é assim.

- Amália, em um relacionamento uma pessoa não pode simplesmente ter uma resposta fria pra tudo. Sei lá, você anda tão estranha com as outras meninas, você dá mais valor à companhia delas do que à minha. Estou começando a ficar com mais ciúme delas do que dos outros meninos de quem você é amiga.

- Você está querendo dizer o quê com isso?

- Olha, você não quer que eu vá na sua casa pra gente resolver isso pessoalmente?

- Não precisa, eu vou até aí. - disse, em seguida desligando o telefone.

Já faziam alguns meses desde que Amália e Gustavo haviam saído do ensino médio e agora de deparavam com a incrível e estranha realidade da faculdade de direito. A jovem havia acabado de se mudar para o seu novo apartamento, o que facilitava o deslocamento para a faculdade porém dificultava o seu namoro.

Os dois eram amigos desde a infância, e haviam prometido ficar juntos pra sempre. O tempo passou e a promessa continuava de pé, por mais que a justiça do Brasil não fosse o caminho com o qual Amália tenha sonhado, ao contrário de Gustavo, a garota fez uma promessa a qual pretendia cumprir.

Vestiu a primeira roupa que julgara ser aceitada pela sociedade: um short com uma blusa e uma jaqueta qualquer. Pediu um táxi e antes que pudesse perceber já estava tocando a campainha da casa de seu namorado.

Gustavo era um garoto rico que morava perto da praia, sua família nunca havia se preocupado em pagar as contas do mês ou dever algo a qualquer um que fosse. Dinheiro definitivamente não era um problema.

- Você não precisava ter desligado na minha cara daquele jeito, eu poderia ter pedido ao motorista para ir lhe buscar. - Falou o garoto, abrindo a porta vestido em um roupão branco.

- Não gosto de frescura, você sabe disso - Amália respondeu, enquanto entrava na casa - Além do mais, me viro bem com motoristas de aplicativo.

- Eu me preocupo com você, não tem como saber se no lugar de um cara legal não vai vir um maníaco pronto pra te sequestrar. Enfim, vamos para o meu quarto?

- Claro.

Ambos subiram sem trocar nenhuma palavra. O clima entre os dois estava tenso desde que Amália havia dito que ainda não estava pronta pra ter relações sexuais com o rapaz. Por mais que ele dissesse que tudo parecia bem, era perceptível que ele precisava daquilo. Gustavo nunca havia pensado em procurar outra garota para se satisfazer, prometeu ser fiel a Amália e ao amor que sentia por ela acima de tudo, mas estava começando a ficar cansado de tanto esperar.

Assim que chegaram no andar de cima, abriu a porta para que a garota pudesse entrar.

- Agora podemos conversar. - Disse Gustavo.

- Eu sinceramente não sei o que estou fazendo aqui, Gus. Essa discussão já deveria estar encerrada, tudo já se resolveu.

- Você está aqui porque eu quero resolver tudo isso de outro jeito. - Falou o rapaz, se aproximando. - Isto é, se você quiser.

- Ah. - suspirou Amália - Tudo bem, eu posso tentar... Por você.

Gustavo deu um sorriso e a beijou, enquanto levemente a empurrava para deitar-se por inteiro na cama.

Colocou sua mão por dentro da blusa dela e ia passando levemente a mão até chegar nos seios da jovem. Amália inconscientemente se afastou.

- Não precisamos fazer isso se não quiser. - Disse o garoto, se levantando.

- Precisamos sim, eu preciso perder esse... Isso. Eu preciso parar com essa mania de fugir de homens. - Respondeu, suando.

- Ali, você tem certeza que está bem com isso?

- Sim, tenho.

A garota tirou a própria blusa, deixando a mostra seus seios claros e perfeitos.

Gustavo rapidamente se aproximou, tocando-a e rapidamente aproximando seu rosto, dando início a uma série de chupões que provavelmente deixariam marcas na pele clara da jovem.

Amália se sentia extremamente desconfortável com aquilo, porém tinha receio de desistir de novo e acabar prejudicando mais ainda o relacionamento. Enquanto o garoto não estava vendo, suas expressões faciais eram as mais agoniantes possíveis.

- O que acha de irmos um pouco mais abaixo? - Gustavo falou, desabotoando o short da jovem.

- C-claro... - Forçou um sorriso.

Puxou a roupa rapidamente, e a cada toque Amália se sentia mais aflita e nervosa.

- Agora, o principal. - Gus sussurrou, colocando as mãos para puxar para baixo a calcinha de renda que ainda cobria a intimidade da garota.

- Para! - Gritou, desesperada.

- Áli?

- Me perdoa, eu não consigo. Não dá! Eu preciso ir embora, ok? Me desculpa mesmo. A gente se vê na faculdade. - Disse se vestindo, em seguida correndo pela casa procurando sair de lá o mais rápido possível enquanto procurava o celular para chamar o táxi.

Assim que chegou em casa, Amália correu para o banheiro para tomar um banho.

- Eu preciso tirar essa roupa, preciso me lavar - Sussurrava para si mesma, enquanto se despia, entrava no chuveiro, pegava o sabonete e se esfregava com a maior força que tinha. Logo, perdeu as forças e sentou no chão, chorando.

- Por que isso acontece comigo? Por que eu não consigo nem me imaginar fazendo qualquer tipo de coisa assim com o Gus? Qual é o meu problema?

Girls Who Kisses GirlsOù les histoires vivent. Découvrez maintenant