Capítulo 14

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Froy Gutierrez

Já se passara cerca de uma semana desde que viemos para Salem, todos eram muito simpáticos mas eu sentia falta de Hogwarts, para mim aquele lugar já era como uma casa, as pessoas lá eram como uma família para mim.

Demétrio tem sido um amigo incrível, tem me apoiado e tem estado sempre lá para me dar uma palavra amiga. Todas as nossas noites eram passadas a conversar.

John tem estado muito distante, ele ainda me beija, poucas vezes na minha opinião, mas ele se tornou amigo dos outros garotos muito rapidamente e me deixou meio de parte, como eu fosse um brinquedo velho.

Ele saía à noite para festas com os outros garotos e me deixava em casa, segundo ele era muito perigoso eu andar na rua.

O único motivo de eu ficar era Neels e Demétrio também ficarem me fazendo companhia.

Nos momentos em que ele saía pela porta a única coisa que corria no meu pensamento era a possibilidade de ele não me amar mais.

Desde a noite passada que não olho para a cara dele. Ele e os outros garotos chegaram bêbados e quando eu lhes fui abria a porta as lágrimas quase correram pelos meus olhos. John tinha uma marca de batom no colarinho da camisa, não um batom qualquer, batom vermelho, cor que só as piriguetes usam.

Porque é que quando eu penso que a minha vida está a melhorar vem sempre qualquer coisa para estragar tudo.

Demétrio estava sentado na minha cama e eu estava deitado com a minha cabeça em cima das suas pernas. As suas calças já estavam encharcadas de tudo o que eu tinha chorado.

- Porque é que ele fez isto? O que é que eu fiz de mal?

- A culpa não é tua Froy.

- Talvez sim... Talvez não. Mas ele não tinha o direito de fazer isto comigo, se ele não me ama mais e queria estar com alguém então podia me ter dito, iria doer muito menos do que ser apunhalado pelas costas. - falei num sussurro fininho e voltando a chorar.

- Shiiii. Não penses mais nisso. Pode ser apenas um mal entendido. - falou começando a acariciar o meu cabelo.

- Tu viste o batom com os teus próprios olhos.

- Sim, vi. Mas dá-lhe uma chance de se explicar, não penses que ele não te ama, pode ter sido apenas uma vagabunda que tentou beijá-lo.

Demétrio Narrando.

Depois de vários minutos acariciando o cabelo do Froy e o tentando acalmar ele finalmente adormeceu.

Esse John vai ver como elas lhe mordem. Ah se vai.

Me levantei com todo o cuidado para não o acordar e me desloquei pela casa procurando o John.

- Luke, onde está o John? - perguntei.

- Ainda está a dormir, porquê? - perguntou colocando os seus braços à minha volta.

- Nada. - falei e plantei um selinho nos seus lábios.

Peguei um saco de cubos de gelo do congelador e me desloquei até ao jardim. Enchi um balde com água. Coloquei os cubos de gelo lá dentro e me desloquei até ao quarto do Luke e do John.

Abri a porta com força, puxei as cobertas de cima do corpo dele e virei o balde em cima dele. Ele apenas urrou de frio e se levantou rapidamente.

- Estás louco?

- Isso pergunto eu.

- Hã?

- Não voltes a chegar perto do Froy. - falei apontando o dedo na sua cara.

- Só pode ser uma brincadeira! Ele é meu... - o interrompi com um tapa bem forte no seu rosto.

- Namorado? HÃN? É ISSO?... Porco de merda. Depois do que fizeste duvido muito que o Froy queira olhar na tua cara.

- O quê?

Apenas me limitei a pegar a sua camisa e a atirei no seu rosto.

- Pensa bem no que fizeste. - falei e saí do quarto.

John Narrando.

Aquele garoto só pode estar louc... Espera, porque é que está uma marca de batom na minha camisa?

Será que o Froy viu isso? MERDAAAA! Eu estou tão ferrado.

Froy Narrando.

Acordei com uma dor de cabeça enorme. Fui ao banheiro lavar o meu rosto e me dirigi ao jardim. O jardim era enorme e as árvores altas e cheias de folhas davam um ambiente mais agradável ao lugar uma sombra que era furada pelos poucos raios de sol que escapavam por entre as folhas.

Me sentei num baloiço que estava pendurado no ramo de uma árvore e me balançava lentamente para trás e para a frente.

Coloquei os meus fones e comecei a ouvir a música "You Say" da Lauren Daigle (está lá em cima junto à foto), parece que eu tenho o hábito de ouvir música deprimente quando estou deprimido, era a mesma coisa que estar a atirar toneladas de madeira para as chamas ardentes do inferno.

Só Deus sabe o quanto eu gostava de ter uma mãe presente com quem pudesse falar sobre estas coisas, que pudesse abraçar, que me pudesse tirar esta dor de dentro de mim.

Será que vale a pena tudo isto para me manter a salvo, afinal de contas de que vale viver uma vida que não pode ser sentida, uma vida de apenas dor e sofrimento.

Eu estava determinado, eu iria enfrentar os comensais da morte da próxima vez que eles aparecessem, mesmo que isso custasse a minha vida. Não me iria esconder mais, posso não ser tão forte como o meu avô foi mas eu nunca fui pessoa de fugir aos meus problemas e não o seria agora.

Há um provérbio que diz: "quanto mais fugimos dos nossos problemas mais rapidamente eles nos encontram".

Pois bem... Venham eles. Não tenho nada a perder mesmo.

Oi meu povo do coração, o que acharam do capítulo? Muito curto, eu sei mas se gostaram não se esqueçam de votar e comentar. Beijo e abraço 🤗😘

Potter (descendentes)Where stories live. Discover now