Capítulo 3: Pesadelo

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Uma mulher que estava na rua quando ouviu o uivo assustador, entrou em casa e fechou a porta. Sem pensar direito, correu para a cama e se cobriu com o cobertor e fingiu estar morta, bem na hora que um som estranho soou no lado de fora. Ela não conseguiu não se tremer.

Algo arranha a porta causando um ruído horrível, Renata se encolheu sentindo uma dor enorme nos ouvidos, tenta a todo custo se manter parada. Ela escuta um som fino, não se atreveu a olhar, pois sabia o que era, a porta estava sendo aberta. Desejou o marido ali com ela, mas ele estava na igreja na mesma situação de agora.

Ainda tremendo muito, senti a coberta descendo pelos seios fartos bem devagar, e com tanto medo, paralisou, e isso era bom, pois também parou de se tremer.

Os olhos do lobo brilhavam em um desejo de matar, colocou uma garra no topo do vestido de seda dela, bem acima dos seios, com cuidado foi descendo e rasgando o tecido pouco a pouco. Sabia que ela estava viva e provavelmente fingindo, mas faria um jogo, se ele rasgasse toda a roupa e não notasse reação alguma vinda dela, a deixaria viver. Quase no final, a ponto de ver as partes intimas dela, suas orelhas se moveram, pronto para ouvir qualquer barulho que Renata emitisse.

Renata sente o bafo quente da criatura no meio das pernas, contra a vontade deixa suas lagrimas caírem em silêncio. Abre os olhos um pouquinho para espiar, e ver o rosto peludo do monstro na sua frente, cara a cara.

Que pena.

Encarou os olhos amarelos pela primeira e última vez antes do lobo rasgar a sua garganta.

O povo encurralado pelo lado de fora e presos por quatro paredes ainda se decidiam, o que fazer, como se defender, como matá-los.

— E então, o que vai ser?

— Castiel, meu amigo, você só pode estar maluco. Não podemos fazer uma barbaridade dessas. — Disse João, seu suor descia pela testa por conta do desespero daquele ser, provavelmente, seu último dia com vida.

— Desculpe, mas eu quero sobreviver!

As reações indicam o pior, eles irão fazer o necessário.

— Na história que eu ouvi, eles atacam apenas na lua cheia.

— Planeja algo, se for o caso, diga logo. — Castiel agora queria qualquer solução para o problema.

— Ficamos aqui até a noite acabar, damos um jeito de mantê-los do lado de fora.

— Concordo, por enquanto é a melhor ideia. — Jasmim concordou, faria o que pudesse para ajudar.

Os lobisomens gargalhariam se pudesse, humanos estúpidos, só não entraram ainda por não quererem que a diversão acabasse cedo.

De repente uma voz ecoou do lado de fora fazendo as pessoas olharam para a porta, chocados. Era um menino, sujo de sangue e descalço, andava até a igreja chorando e rezando para que alguém abrisse a porta.

— Me ajudem. — Gritou. Não tinha nem seis anos direito e já presenciara seus pais sendo mortos de forma brutal.

Suas pernas tremiam de frio, cada passo era uma constante luta. Naquela hora da noite tudo começava a ter um ar gelado.

Castiel tentou avança para remover a tora e abrir passagem para o garoto, mas foi impedido por Billy, tentou se soltar inutilmente, o outro era mais forte. Ninguém ali se atreveria a dar um passo sequer, saberiam os riscos de salvar o garotinho, iriam condenar a todos.

— Vai deixar ele morrer, é só uma criança!

— É uma armadilha. — Disse Billy, frio e sério.

O Pacto Do Lobo - Filhos Da Lua - Livro 1 - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora