Acerto de contas

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                     Roberto

Depois que Kaic morreu tudo ficou muito estranho aqui em casa, minha mãe não consegue nem sair do quarto dela, vive chorando pelos cantos olhando a foto dele, eu não sei como fazer para mudar essa situação, eu estou mais invisível do que estava antes, é uma droga me sentir assim, mas mesmo eu não me dando tão bem com Kaic eu sinto muita falta dele, das suas implicância comigo, apesar de tudo eu amava meu irmão. Até alguém resolver aparecer, Hiago, a culpa é dele, depois que ele apareceu Kaic começou a ficar estranho, Hiago é o culpado, ele tem que pagar pelo que fez com meu irmão, ele tem que pagar, ele vai pagar!

- Mãe? - Bati na porta do quarto dela - Eu vim trazer o seu café da manhã, antes de ir pro Colégio.

- Obrigada - Ela nem olha para mim - Deixa ai em cima da cama, depois eu como.

- Eu já vou - Fui até ela e dei um beijo em seu rosto - Te amo mãe.

Eu fui para  o Colégio meio triste, tudo está sendo triste depois da morte do meu irmão. Ao entrar no Colégio, vejo Hiago todo feliz com seu namorado Alan, eu estava com muita raiva dos dois, tenho que arrumar um jeito de acabar com esse casal, eu quero que Hiago sofra do mesmo jeito que minha família está sofrendo. E o único jeito de fazer isso, é me aproximando dele. Vou caminhando até os dois com um grande sorriso no rosto.

- Oi Hiago. - Falo ao me aproximar.

- Oi amigo, você está bem? - Ele pergunta sorrindo para mim.

- Está sendo um pouco difícil superar a morte do meu irmão, mas tudo vai melhorar. - Sorri.

- Eu sinto muito mesmo por tudo que aconteceu, eu nunca imaginária que Kaic pudesse fazer aquilo. - Ele parecia realmente preocupado.

Eu não vou cair no jogo do Hiago bonzinho, ele sempre vai ser o cara que acabou com a vida do meu irmão.

- Eu sei meu amigo, obrigado por me confortar nesse momento tão difícil. - Dei um abraço nele.

Eu estava muito forçado, mas preciso me aproximar para saber o seu ponto fraco, e sei que um deles é o seu queridinho Alan.

- Pode contar comigo para oque precisar. - Ele fala meio que se despedindo.

- Posso ir na sua casa depois da aula? - Falei.

- Pode, vai ser bom, Alan tem treino de futebol, eu vou estar sozinho. - Ele falava olhando para trás enquanto caminhava.

- Tá bom. - Sorri - Até depois da aula.

Sozinho? Hiago vai estar sozinho? Não poderia ser mais perfeito do que já estava sendo. Eu fui caminhando em direção a sala de aula, esse é o meu último ano no Colégio, então tenho que fazer ele valer a pena. Acredito que se meu irmão se suicidou, meu único jeito de acabar com Hiago seria dando a entender que ele cometeu um suicidou também.

- Oi Rô! - Minha amiga Andresa se aproxima de mim.

- Precisamos conversar sobre aquele negócio. - Ela queria falar sobre o nosso segredo.

- Depois da aula Andresa, eu estou com algumas idéias com esse negócio. - Sorri para ela.

- Essa cara sua não é boa. - Estávamos caminhando em direção a sala de aula.

- Você me conhece não é mesmo.

- Oque você vai aprontar Roberto? - Ela se assusta.

- Está vendo aquele garoto ali? - Apontei para Alan.

- O namorado do seu amigo? - Estranhou.

- Hiago não é meu amigo e ele nunca será. - Falei bravo.

- Mas você estava conversando com ele agora a pouco.

- Estratégia Andresa, é só isso.

- Você está me assustando Roberto. - Ela se afasta um pouco de mim.

- Depois da aula a gente conversa sobre esse assunto.

Eu entrei na sala de aula, me sentei no meu lugar e fiquei prestando atenção, em partes, eu tinha planos horríveis para meus garotos, eles não perdem por esperar. No intervalo eu procurei Hiago, queria saber se a gente poderia passar no super mercado para comprar algo para comer, mas ele estava agarrado com o Alan.

- Porque você olha tanto para eles? - Andresa se aproxima de mim novamente.

Ela queria acabar com meu tesão de imaginar esse casal pagando pelo que fez.

- Nada Andresa, pare de perguntar sobre isso.

- Meus pais não param de perguntar sobre aquele negócio. - Ela falou brava.

- Calma, eu vou dar um jeito, confia em mim. - Falei indo me sentar numa mesa.

Ela se senta ao meu lado e fica me encarando.

- Hoje? Eu preciso dar uma resposta para eles Roberto, ou eles vão na delegacia.

- Depois da aula eu te procuro para dizer a hora que você deve me entregar, agora pare de ficar falando sobre esse assunto aqui no Colégio. - Esbravejei.

- Olha quem está vindo. - Andresa abaixa a cabeça.

- Oi. - Hiago e Alan sorri para nós.

- Oi amigo. - Falei para ele com um sorriso.

- Eu vou precisar ir na casa do Murilo, você pode ir em casa umas 14:00? - Ele se sentiu um pouco incomodado por dizer aquilo.

- Sem problemas meu amigo, é bom que antes da pra eu passar na casa da Andresa para resolver um assunto pendente. - Sorri.

- Ok! - Ele me dá as costas.

Esse namorado dele "Alan" parecia ser muito sonso, fica andando atrás dele como uma formiguinha e não diz nenhuma palavra nem ao menos cumprimenta a gente.

- Então depois da aula você vai em casa? - Ela fala sorrindo.

- Vou Andresa, irei pessoalmente buscar.

Ficamos quietos por um momento, o sinal tocou para irmos para a sala de aula. Eu estava empolgado por tudo, normalmente não sou assim tão ruim, mas o jeito que Hiago usou meu irmão, agindo de forma sutil até o mesmo cometer suicídio, a morte de alguém que amamos pode mudar completamente uma pessoa. No fim da aula, vou para a casa de Andresa resolver a droga do assunto que ela tanto fala no meu ouvido, eu não aguento mais isso. Chegando lá, bato na porta da casa dela.

- Oi - sorri.

- Desculpa por não ter te esperado, minha mãe foi me buscar hoje de carro.

- Ela está aqui? - Perguntei entrando.

- Não, ela já está no trabalho. - Ela estava meio sem graça - Vamos para o meu quarto?

- Vamos.

Fomos para o seu quarto, a casa da mãe de Andresa era muito arrumada, seus móveis parecia pertencer a alguma dondoca de novela, tudo muito bem planejado. Me sentei em sua cama.

- Joga aqui em cima da sua cama, eu quero sentir o cheiro dele.

Ela pegou a bolsa em seu quarda roupa e despejou 10 mil reais em cima da sua cama. Os 10 mil que eu tinha roubado da casa de Murillo. Eu peguei aquele dinheiro nas mãos e senti seu cheiro o cheiro da minha vingança.

- Oque vai fazer com esse dinheiro? - Ela pergunta.

- Lembra quando te apontei aquele garoto?  - Sorri.

- O Alan? - Questionou. - Oque tem ele?

- Esse dinheiro vai ser usado para matar ele....

- Como assim? - Ela se assusta - Oque vai fazer Roberto?

- Vou pagar um matador de aluguel, da mesma forma que eu e minha família estamos sofrendo com a morte de Kaic, Hiago irá sofrer pela morte do seu namorado.

Comecei a gargalhar muito, a hora dos dois está chegando, eu vou descobrir todos os pontos fracos de Hiago e atacar ele com todas as minhas armas...

Segunda parte da história, eu espero que gostem, tenho muitas idéias e muitas coisas iram acontecer...

Meu melhor amigo - Part 2 (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora