•cavalo de tróia•

639 58 6
                                    

Sai da enfermagem com meu braço enfaixado e fui para minha aula, era história, Sr. Katward era muito legal, ele gostava de interagir com os alunos, além de que ele mostrava a história de uma forma diferente.
Bati na porta e o professor veio me atender:
- Sink? O que aconteceu? - ele perguntou olhando para o meu pulso -
- Um acidente, não se preocupe. Posso entrar? - perguntei -
- Claro! - ele saiu da minha frente para me dar passagem -

Eu sentei no meu lugar no fundo da sala e comecei a prestar atenção na aula e naquilo que o professor estava escrevendo no quadro. G-U-E-R-R-A, ele escreveu devagar, um dos meus temas favoritos em história, Guerras.
No dicionário explica que a definição de guerra: qualquer combate com ou sem armas; combate, peleja, conflito. Mas eu vejo por outra forma, como se a guerra fosse necessária para ter a paz. Não que guerras sejam boas, não são, mas são necessárias, não podemos evita-las, o ser humano é tão cruel que nós temos de guerrear para sentir paz. O professor explicou que as guerras podem começar com opiniões diferentes, por territórios, por dinheiro, e um motivo estranho porém real, por amor. Ele citou o exemplo do cavalo de Tróia, essa batalha mostra que os homens fazem tudo por amor. São capazes de arriscar a própria vida para ter o que quer.
O sinal tocou, todos saíram da sala, eu permaneci, queria tirar uma dúvida com o professor:
- Sr. Katward, posso lhe fazer uma pergunta?
- Claro, me pergunte o que precisar, nem precisa perguntar - ele me respondeu -
- Por que o Odisseu teria arriscado a própria vida por uma mulher? Tudo bem que ela poderia ser muito bonita. Mas chegar a este ponto? - eu o perguntei e ele sentou na carteira da frente -
- As pessoas às vezes se arriscam, porque o amor não é inteligente, ele age por impulso. Acho que Helena era diferente, ele poderia escolher qualquer uma, mas escolheu ela, entre milhares. Helena devia ter algo que nenhuma tinha, algo que o chamava atenção, algo que ele arriscaria a própria vida para ter. Ele realmente a amava. - ele me respondeu - Mas alguma dúvida Srta.?
- Não senhor, muito obrigada. - sai da sala refletindo sobre o que ele disse -

Depois de história tive mais 3 aulas, mas não prestei atenção em nenhuma. Não conseguia tirar a história do cavalo de Tróia da minha cabeça, sem querer associei minha vida a ela. O que Finn via em mim? Por que ele arriscaria a fama por mim? Ele realmente me ama?
Mais perguntas que não serão respondidas.
- Nossa obrigado por me esquecer no intervalo - ele falou bravo -
- Desculpa, Finn me distraiu, deveria ter falado contigo - falei -
- O que aconteceu com vocês dois? - ele levantou as sobrancelhas e eu mostrei meu pulso - ELE TE MACHUCOU? - ele gritou -
- Não, tenha calma. Só aconteceu um acidente, não foi culpa dele. - falei tampando a sua boca - Estávamos jogando rugby e eu não consegui pegar a bola do jeito certo, e deu nisso
- Que susto que eu levei, nossa ainda bem que não foi outra coisa - ele disse seu braço entre o meu -

Hoje eu e o Jack fomos juntos para casa pois íamos fazer um trabalho de geografia juntos.
- No que está pensando - ele perguntou -
- Nada, na verdade - eu o respondi mentindo -
- Como nada? Você sempre pensa em tudo, SOPHIA - o apelido voltou -
- Sério Jack, nada demais. Só a escola, o trabalho.... - dei uma pausa -
- O Finn - ele falou -

Não disse nada, ele tinha razão, ele me conhecia. Por mais que eu mentisse, ele saberia alguma hora.
- Você está bem? - ele me fez mais uma pergunta -
- Não, nunca estou. Você sabe - eu o respondi -
- Aconteceu algu.... Esquece, sei que é ruim quando perguntam isso - ele falou cabisbaixo -
- Relaxa Jack, você é meu melhor amigo. Gosto quando se preocupa comigo, significa que você se importa - sorri e ele devolveu o ato -

Chegamos em minha casa e estava tudo como antes, provavelmente minha mãe não tinha vindo para casa, isso não era novidade.
- Então, começamos como? - Jack as sentava na mesa da cozinha -
- Acho que pelas pesquisas, vou pegar o computador lá em cima - estava indo mas ele me segurou pelo braço -
- Não o trabalho, quero entender você, por que nunca está realmente feliz? - eu sentei na mesa também -
- É complicado, nem sempre eu me entendo. Na verdade, nunca me entendo. - abaixei minha cabeça -
- É por causa da sua mãe? - ele perguntou -

O silêncio tomou conta de mim. Não queria mentir, mas também não queria falar a verdade. Jack era meu amigo, mas não queria me abrir, por mais que eu tentasse, não rolava.
- Está bem, não precisa falar mais nada, vamos dar início ao trabalho - ele cruzou os braços -

Só subi e fui pegar o computador, estava mais triste ainda, percebi que Jack não gostou do jeito que o tratei, nem eu gostei do meu comportamento. Mas fazer o que? Não queria dizer que estava triste porquê minha mãe não gosta de mim e só pensa em homem. Só queria que ela pensasse as vezes em mim, não só nela.

// NA //
Gente eu estou muito feliz, Finn e a Sadie vão fazer uma photoshoot juntos AAAAAAA fadie is real 💖💖💖💖

Party Favor Onde histórias criam vida. Descubra agora