prologue

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notas: eu já havia feito essa adaptação para muke(shipp entre michael e luke da 5sos) antes, mas eu acabei desistindo depois de um tempo. eu estava recentemente relendo o livro e pensei hmmm ficaria bom em larry também e cá estou eu k

espero que alguém realmente leia isso porque é um clichê muito bom
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Era uma sala de móveis avermelhados e estantes repletas de livros de muitas histórias. Harry já lera muitos deles e viajara em navios piratas e cavalos alados. Não sabe dizer se o hábito de viajar nas letras veio de sua mãe ou de seu pai, já que ambos amavam livros, mas sabia que amava livros tanto quanto eles.

Talvez até um pouco mais, já que quanto mais os lia, mais sentia a necessidade urgente de viver algumas de suas aventuras.

O problema é que viver as aventuras em sua mente já não lhe aquecia tanto o coração. A cada livro, a cada página, a cada ato heroico, ele se decepcionava um pouco mais com a mesmice do mundo trivial.

Onde estavam os heróis? Onde estavam os grandes feitos? Onde estava toda aquela emoção que as histórias lhe traziam?

Talvez por esse anseio pela emoção, talvez por essa urgência de viver os mistérios e fantasias das histórias, lia agora um livro totalmente diferente, um livro que todos que conhecia na escola diziam ser perigoso, um livro que poderia lhe contar tudo o que quisesse saber, se tivesse coragem de perguntar.

Naquela tarde de primavera, quando uma brisa fresca levava o perfume dos jasmins do jardim para dentro de sua casa, Harry dava o primeiro passo para os mistérios do famoso e mal falado tabuleiro oui-já. Mas ele não estava sozinho. Sua curiosidade tinha um limite, assim como sua coragem. Sempre que tinha uma nova aventura ou descoberta, não se metia nessa sozinho. Por isso, naquela tarde de primavera, Harry estava com Zayn, seu melhor amigo.

Zayn não era tão curioso quanto Harry, mas era tão tímido e inseguro que, se não fosse o amigo, ainda estaria lanchando sozinho na escola e passaria seus domingos vendo programas de auditório com a sua tia.

Zayn morria de medo de metade das coisas malucas que Harry lhe apresentava e não acreditava na outra metade, mas não tinha coragem de lhe dizer isso.

E se o amigo se cansasse dele e fosse embora?

Tantas pessoas já foram embora de sua vida que Zayn estava disposto a aturar algumas esquisitices para evitar que isso acontecesse de novo. Isso incluía assistir realities shows insuportáveis com sua tia, fazer dieta quando estivesse com sua mãe e comer sanduíches quando estivesse com seu pai.

Ah sim, e participar de alguns rituais estranhos com seu melhor amigo.

E lá estavam eles, melhores amigos tentando fazer uma experiência macabra. Queriam falar com os mortos. Por isso, compraram numa banca de jornal um livro de aparência assustadora que acompanhava um tabuleiro oui-já, o telégrafo dos mortos.

Leram as instruções, planejaram com detalhes como fariam e, agora, finalmente, davam início à experiência.

As cortinas foram fechadas, uma vela foi acesa e os meninos respiraram profundamente.

Zayn observou Harry. Gostaria de ser como ele (mas nunca o deixaria saber disso). Harry sempre parecia saber o que estava fazendo.

  Mas a verdade é que Harry nunca sabia o que estava fazendo...

moon of fairies | larryWhere stories live. Discover now