Qual sabor vai querer hoje?

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5 meses depois

Hoje eu e Jimin estávamos completando três meses de namoro. Me lembro como eu estava um poço de nervosismo nesse mesmo dia há três meses atrás.

Três meses atrás 

Cheguei na casa de Jimin, como eu normalmente fazia nos finais de semana, mas eu estava realmente muito nervoso e Jimin percebia isso.

— Tudo bem com você, Ggukie? Parece nervoso... Tá todo suado. — passou a mão pela minha testa e limpou o suor que escorria. 

Nervoso? Eu? Imagina. Eu estava tão nervoso que essa definição nem era suficiente.

— Eu tô normal, tranquilo, super calmo, pleníssimo, supimpa, suave na nave. — Jimin me encarou com os olhos cerrados e me analisou por inteiro, do meu rosto até a ponta dos meus pés descalços (depois que a gente pega intimidade, nem sandália a gente usa na casa dos outros).

— Tudo bem. — ele respondeu enquanto ria, andando em direção ao seu quarto.
Eu fiquei parado em frente a porta de entrada, o observando subir as escadas. 

Incrível como qualquer coisa que ele faça me faz suspirar. O coração até erra as batidas. Demorou, mas eu percebi que o loirinho tinha agarrado meu coração com força e não ia soltar tão cedo, até porque eu nem queria que isso acontecesse.

Eu só percebi que estava apaixonado quando passei a reparar demais. Me pegava pelos cantos pensando e observando seus mínimos detalhes, suspirando por cada um deles. Eu amo tudo nele, desde o seu espirro fofinho que sempre me faz rir até sua pintinha pouco abaixo do pescoço que sempre me chama atenção. Seus dedinhos curtinhos de modo proporcional a suas pequenas mãos me deixam bobo, principalmente quando ele usa as mãozinhas para esconder a boca enquanto ri ou até mesmo quando ele me bate, já que tem o costume de sempre me empurrar para o lado enquanto dá risada. Gosto dos seus lábios grossos e gostosos de beijar, principalmente na volta da sorveteria para casa, quando eles estão geladinhos e geralmente com sabor de morango ou creme. Seus dentinhos da frente um pouquinho tortos (igual  a como meu pescoço fica quando ele passa, apenas para encará-lo) me encantam.

Eu cheguei a conclusão que nosso relacionamento deveria ser definido. A gente se trata com carinho, respeito e muito amor. Em tão pouco tempo ele se tornou uma pessoa tão importante pra mim que eu não conseguiria vê-lo longe. Andamos por aí de mãos dadas, assistimos filmes juntinhos, nos beijamos. Tínhamos tudo para ser um casal, mas não éramos. Ainda.

Eu fui até seu quarto. Minhas mãos suavam tanto que eu pensei que estivessem derretendo. Subi a escada bem devagar, por mais que eu estivesse ansiando um "sim" a probabilidade de receber um "não" me deixava com um pé atrás. 

Entrei no quarto e Jimin estava sentado na cama. O ar condicionado estava ligado, mas o quarto ainda parecia quente. 

Fiquei parado na porta e Jimin me olhava torto, literalmente. Ele entortou a cabeça e me encarou.

— Você fez algo de errado, amor? — amor. Ele tinha esse costume de me chamar assim. Começou quando eu lhe contei que ninguém nunca havia me dado um apelido além do meu nome, algo que fosse especial e tivesse significado. Jimin disse que "amor" representa uma coisa bonita e que eu era a coisa bonita dele. Foi fofo quando ele falou.

— Não... Eu só tô nervoso. — ele riu.

— Não é como se você nunca tivesse vindo aqui, Ggukie. Você vem mais na minha casa que eu. 

Parece exagero, mas não chega a ser tanto. A mãe de Jimin e eu tínhamos virado bons amigos, então eu passei a frequentar a casa dele com ou sem ele lá.

Seu nome, por favor? Where stories live. Discover now