Capítulo 8

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18 de Dezembro de 2016 - domingo

Não sei quanto tempo exatamente fiquei do lado de fora, mas quando senti meus dedos dormentes do frio, foi que resolvi entrar na casa. A luz do salão estava acessa e olhei para além da escada imaginando se Jamie estaria com Daisy ou já em seu quarto.

– Ariel? – escuto Laura me chamar confusa e viro-me para ela que saía do salão de refeições.

– Laura. – resmungo seu nome.

– O que está fazendo aqui e com essas roupas? É madrugada, você deveria estar dormindo.

– É uma longa história. – suspiro e a fito. – E você, por que está acordada?

– A casa estava bastante agitada há alguns minutos.

– Deixe-me adivinhar... Daisy?

– Isso mesmo. Em um minuto ela estava passando mal e no outro, disse estar se sentindo melhor depois de ter vomitado.

– Você acha que ela estava mesmo passando mal? – indago em dúvida e recebo seu dar de ombros.

– A gente espera tudo dela. Não dá para saber quando é verdade ou não, já que ela mente todo o tempo.

– E onde está Jamie? – pergunto.

– No quarto dele. – responde desconfiada. – Vai me contar o que estava fazendo lá fora? – Laura exige preocupada e arfo.

– Eu estava com Jamie no gazebo. Ele queria me mostrar algo que sua família fazia nessa época do ano.

– Não brinca! – murmura surpresa e sorrio sem muita vontade.

– Estava tudo perfeito até Jonas aparecer informando que Daisy estava passando mal. – digo e escuto Laura arfar.

– Agora não tenho dúvidas de que isso foi mais uma armação dela.

– Por quê?

– Daisy com certeza viu você e Jamie da janela de seu quarto.

– Ela consegue nos ver de lá?

– Meu amor, ela tem visão clara do gazebo e do jardim.

Quase acho graça da minha sorte! Justo ela ocupava o quarto que dava visão para tudo que Jamie e eu fazíamos.

– Sabia que ele foi correndo ver como ela estava? – conto à Laura que me olha com pesar.

– Jamie ficou apenas preocupado, sabe que ele se sente responsável pelo bem-estar de todas. – ela murmura, mas não presto muito atenção.

– E depois ele diz que eu que sou cega!

– Como? – Laura indaga e olho-a vendo a confusão em seu rosto.

– Nada amiga, acho que vou subir e tentar dormir um pouco.

– Tudo bem, mas lembre-se de que nada está ganho ainda. Não desista do que você quer, porque tem alguém jogando sujo. – ela aconselha e aceno a cabeça, em seguida, subo os degraus para o meu quarto.

Acordei com batidas fracas na porta e ligo a luz do meu abajur fazendo o barulho cessar. Justo quando havia conseguido dormir, depois de uma noite agitada, alguém resolve me acordar.

Olho no relógio vendo ser seis horas da manhã. Quem em sã consciência me acordaria nessa hora, faltando justamente uma hora para realmente me levantar?

Ainda com o pijama, calço minha chinela e vou em direção a porta. Acendo a luz do quarto luz antes de destrancar a porta e quando abro, não tem ninguém. Não havia ninguém parado em minha porta. Saí para o corredor ouvindo o silêncio. Que estranho. Inspiro fundo achando que o barulho foi minha mente pregando uma peça e volto para o quarto, porém um barulho mínimo em meus pés, chama minha atenção.

A Esposa de Jamie West - Livro 2 - Duologia Jamie WestOnde histórias criam vida. Descubra agora