Capítulo 18

449 65 130
                                    


Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Eu devorei o pequeno prato de comida em questão de minutos. Não sabia que estava com tanta fome até ter dado a primeira garfada. Ava me ofereceu a sua comida, mas eu recusei. Não por falta de vontade, eu realmente estava com fome. Mas eu sabia que ela também precisava comer e  comida não era algo que tínhamos à nossa disposição a hora que queríamos. 

Ninguém parecia ter reparado no pequeno furto que cometi. Eu ainda não tinha ouvido ninguém falar nada a respeito, a casa parecia extremamente silenciosa hoje. Era como se nunca tivesse acontecido. Na volta para o quarto, olhei para os corredores em busca de câmeras, mas não encontrei nenhuma do outro lado da parede. Não me lembro de ter visto nenhuma câmera na sala também,  mas agora que pensei melhor... Estava escuro demais para reparar nessas coisas e algo pode ter me passado despercebido. O pânico estava começando a me invadir. Eu deveria ter aceitado quando Dimitri ofereceu para me tirar ontem da Kushtia, mas eu não achei que conseguiria nada sólido que pudesse nos ajudar na investigação em tão pouco tempo. O ideal seria esperar ele verificar o que eu tinha lhe dado e se não fosse o suficiente, eu tentaria novamente, talvez tivesse deixado passar alguma coisa.

"Eu odiava comer feijão. Agora não parece tão ruim", Ava comenta comendo uma garfada do seu feijão. "Meu pai costuma dizer que as garotas da família Wright são muito frescas, só porque ele era o único que comia de tudo. Mas ele sempre cuidava para não colocar feijão no meu prato, então acho que ele alimentava a minha frescura", ela explica e eu sorrio. "Eu sinto falta de casa"

"Seu pai parece ser um homem muito bom", comentei. Ava me olhou e então sorriu. 

"Ele é", ela responde. "Você acha que eles estão me procurando? Minha família?", ela pergunta e eu faço um carinho em seu braço para tranquilizá-la.

"É claro que eles estão te procurando! E logo você vai estar reunida com eles, eu te prometo", a assegurei e ela assentiu, o sorriso voltando a iluminar seu rosto.

"Eu também acho", respondeu esperançosa. "Minha família nunca desistiria de mim, não é?", ela pergunta mas eu não acho que esperava por uma resposta, e então continua "Mas eles não fazem ideia de onde estamos, é difícil você procurar alguém se não sabe por onde começar",  diante de suas palavras, não conseguia deixar de pensar em Amaelie e em como tem sido difícil encontrá-la. Ava não fazia ideia do quanto estava certa.

"Eles não vão precisar. Nós vamos encontrá-los e você vai voltar pra casa", sorrio e ela retribuiu o sorriso. "Eu quero que você fique com uma coisa", disse e ela parou de comer para me observar.  Retiro a correntinha do meu pescoço e faço sinal para que ela se vire para eu colocar em seu pescoço. "Eu ganhei do meu pai quando eu tinha dez anos de idade, logo depois que perdi a minha mãe. Ela é muito importante pra mim e eu quero que fique com ela"

"Mas se é muito importante pra você, porque está me dando?", Ava se virou para me encarar, mas segurava a correntinha em seu pescoço, acariciando a mesma.

MagnateOnde as histórias ganham vida. Descobre agora