- Matheus - Chamo por ele. - Oi? - Corre até o meu quarto. - Você pode me ajudar a levar essa caixa lá pro carro do Christian? - Tá, eu levo - Pega ela - Onde ele foi? - Buscar alguma coisa pra gente comer antes de ir pra Niterói. - Ainda não acredito que você tá se mudando, achei que iríamos morar juntos pra sempre - Ri. - Já te chamei pra ir morar com a gente, você quem não quer - Abro a porta pra ele passar com a caixa. - Não, eu dispenso. - Mas você também nem esperou eu sair pra mandar suas coisas pra Fortaleza, né? - Chamo o elevador. - É - ri - Não vou ficar aqui sozinho. - Mais é tão longe. - Já te disse que vou vir uma vez no mês pra ficar pelo menos uns três dias. - Você promete? - Prometo - Sorri.
Descemos logo caminhamos em direção ao carro. Desde cedo eu estava sentindo dores bem fortes, mas provavelmente era por causa da mudança e da correria.
- Meu bem, comprei salgado mesmo, não tinha mais comida - Christian chega assim que colocamos a caixa no carro. - Não tem problema não, chegar lá a gente passa no mercado - Encosto no carro - Aí Deus. - Tá doendo muito? - Matheus me olha. - Um pouco - Suspiro - Vamos subir pra comer e se não passar a gente vai no hospital antes de ir.
Seguimos os três em direção a portaria do prédio quando sinto um líquido escorrer pelas minhas pernas.
- Christian - Paro. - O que? - Olha pra trás. - A bolsa. - Ué Letícia, olha a bolsa pendurada no seu ombro. - Christian, a porra da bolsa estourou. - Aí meu Deus, aí meu Deus, o que eu faço? meu Deus amor, você tá toda mijada - Ele se desespera. - Vamos pro Hospital - Digo - E rápido, tá doendo pra caralho.
Voltamos até o carro e Matheus ficou, pois ia pegar as malinhas dos bebês e a minha e avisar aos parentes e amigos que estávamos indo.
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• POINT OF VIEW CT •
- Olha lá DoisP, aquele ali é o Théo e aquela é a Ana Júlia - Aponto em frente ao berçário. - Eles são todos iguais - DoisP diz rindo. - Não são, meus filhos são os mais lindos. - Se puxarem pra mãe, com certeza - Knust solta. - Vai começar? - O encaro. - Desculpa, não resisti - Ri alto. - É cara, parabéns - Pablo me cumprimenta - Quem te viu, quem te vê em Ct. - Nem me fale - Sorrio - Nem eu mesmo tô acreditando nisso, nunca imaginei nada disso pra mim e agora eu estou prestes a ajudar a enfermeira a dar banho nos meus filhos. - Essa é a minha meta de vida, esquece a Savannah e o Jared - Knust da risada. - E tá tudo certo pra fazer aquilo? - Tá sim - Respondo DoisP. - Fazer o que? - Pablo pergunta. - Mais tarde vocês vão saber - Sorrio - Agora vão lá ver a Lê antes que ela durma.
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- Oi meu bem - Digo entrando no quarto. - Oi - Ela sorri fraco - Dormiram agorinha. - Eu filmei o banho pra você ver, o Théo fez xixi e quase foi no rosto da enfermeira - Rimos - Mas como você tá? - Dolorida - Ri - Mais to bem. - Que bom então - Deito ao seu lado na cama do hospital - Posso ter perguntar uma coisa? - Claro - Me olha. - Você quer casar comigo? - Como é? - Se assusta. - É meu bem, eu sei que a gente vai morar junto e tal, mas não é casar tipo amanhã - Ri - Nós vamos noivar e depois casar. - Você tá doente, meu bem? Acho que a hora que você desmaiou na sala do parto, você deve ter batido a cabeça meio forte. - Eu não desmaiei, foi só um susto e não muda de assunto, você quer casar comigo? - Eu quero - Ela sorri. - Eu te amo - Beijo sua testa. - Eu também te amo - Sussurra. - Assim, sem querer ser chato nem nada, só mais uma pergunta - Digo e ela ri. - O que foi, Christian? - A gente já pode transar? - Meu Deus, eu não acredito no que eu tô ouvindo - Dá risada - Lógico que não meu bem. - Mais amor, eu tô com vontade. - E vai continuar na vontade - Diz séria. - Meu bem... - Fomos interrompidos por um choro ardido. - Vai lá meu bem, é a Aninha - Ela ri - Pega ela. - E se eu derrubar? Eu nem quis pegar da mão da enfermeira com medo de que eles caíssem. - Não se preocupa, você treinou direitinho com o pacote de fraldas.
Me levanto da cama e vou em direção ao mini carrinho onde ela estava. Passei a mão por baixo da cabecinha e nas costas e então balancei ela devagar, até que ela dormisse novamente no meu colo. Olhei pro lado e Letícia também estava dormindo e então eu sorri por ver aquilo. Por ver a minha mulher, os meus filhos... A minha família. E naquele momento eu estava completamente grato e me sentindo mais abençoado que o normal. Deus me deu tudo que eu pedi e o que eu não pedi também, não me imaginava sendo pai ou pedindo alguém em casamento, mas aquela garota deitada bem ali, com aquela camisola hospital me fez ver o mundo de uma forma diferente. Ela me mostrou como era bom ser amado e como era bom amar também. Deus, obrigado!
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• NARRADOR •
Eles se completavam ao mesmo tempo em que eram totalmente opostos. Ela o amava mais que tudo e ela era o tudo da vida dele. Não se sabe ao certo se eles viveram felizes para sempre, mas sabemos que, enquanto estivessem juntos, não precisavam de mais nada, apenas de algumas cervejas e o amor dos dois. Mas o que aconteceu com eles depois disso? Bom, isso vai ficar pra uma outra história! 😉🙏
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Sobre a parte dois que está arquivada também, não sei quando vou desarquivar ou se vou desarquivar um dia, então por enquanto vamos fingir que ela foi um surto coletivo e nunca existiu kkkkk.
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