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{ 9° mês de gestação }

- Matheus - Chamo por ele.
- Oi? - Corre até o meu quarto.
- Você pode me ajudar a levar essa caixa lá pro carro do Christian?
- Tá, eu levo - Pega ela - Onde ele foi?
- Buscar alguma coisa pra gente comer antes de ir pra Niterói.
- Ainda não acredito que você tá se mudando, achei que iríamos morar juntos pra sempre - Ri.
- Já te chamei pra ir morar com a gente, você quem não quer - Abro a porta pra ele passar com a caixa.
- Não, eu dispenso.
- Mas você também nem esperou eu sair pra mandar suas coisas pra Fortaleza, né? - Chamo o elevador.
- É - ri - Não vou ficar aqui sozinho.
- Mais é tão longe.
- Já te disse que vou vir uma vez no mês pra ficar pelo menos uns três dias.
- Você promete?
- Prometo - Sorri.

Descemos logo caminhamos em direção ao carro. Desde cedo eu estava sentindo dores bem fortes, mas provavelmente era por causa da mudança e da correria.

- Meu bem, comprei salgado mesmo, não tinha mais comida - Christian chega assim que colocamos a caixa no carro.
- Não tem problema não, chegar lá a gente passa no mercado - Encosto no carro - Aí Deus.
- Tá doendo muito? - Matheus me olha.
- Um pouco - Suspiro - Vamos subir pra comer e se não passar a gente vai no hospital antes de ir.

Seguimos os três em direção a portaria do prédio quando sinto um líquido escorrer pelas minhas pernas.

- Christian - Paro.
- O que? - Olha pra trás.
- A bolsa.
- Ué Letícia, olha a bolsa pendurada no seu ombro.
- Christian, a porra da bolsa estourou.
- Aí meu Deus, aí meu Deus, o que eu faço? meu Deus amor, você tá toda mijada - Ele se desespera.
- Vamos pro Hospital - Digo - E rápido, tá doendo pra caralho.

Voltamos até o carro e Matheus ficou, pois ia pegar as malinhas dos bebês e a minha e avisar aos parentes e amigos que estávamos indo.

•••

POINT OF VIEW CT

- Olha lá DoisP, aquele ali é o Théo e aquela é a Ana Júlia - Aponto em frente ao berçário.
- Eles são todos iguais - DoisP diz rindo.
- Não são, meus filhos são os mais lindos.
- Se puxarem pra mãe, com certeza - Knust solta.
- Vai começar? - O encaro.
- Desculpa, não resisti - Ri alto.
- É cara, parabéns - Pablo me cumprimenta - Quem te viu, quem te vê em Ct.
- Nem me fale - Sorrio - Nem eu mesmo tô acreditando nisso, nunca imaginei nada disso pra mim e agora eu estou prestes a ajudar a enfermeira a dar banho nos meus filhos.
- Essa é a minha meta de vida, esquece a Savannah e o Jared - Knust da risada.
- E tá tudo certo pra fazer aquilo?
- Tá sim - Respondo DoisP.
- Fazer o que? - Pablo pergunta.
- Mais tarde vocês vão saber - Sorrio - Agora vão lá ver a Lê antes que ela durma.

•••

- Oi meu bem - Digo entrando no quarto.
- Oi - Ela sorri fraco - Dormiram agorinha.
- Eu filmei o banho pra você ver, o Théo fez xixi e quase foi no rosto da enfermeira - Rimos - Mas como você tá?
- Dolorida - Ri - Mais to bem.
- Que bom então - Deito ao seu lado na cama do hospital - Posso ter perguntar uma coisa?
- Claro - Me olha.
- Você quer casar comigo?
- Como é? - Se assusta.
- É meu bem, eu sei que a gente vai morar junto e tal, mas não é casar tipo amanhã - Ri - Nós vamos noivar e depois casar.
- Você tá doente, meu bem? Acho que a hora que você desmaiou na sala do parto, você deve ter batido a cabeça meio forte.
- Eu não desmaiei, foi só um susto e não muda de assunto, você quer casar comigo?
- Eu quero - Ela sorri.
- Eu te amo - Beijo sua testa.
- Eu também te amo - Sussurra.
- Assim, sem querer ser chato nem nada, só mais uma pergunta - Digo e ela ri.
- O que foi, Christian?
- A gente já pode transar?
- Meu Deus, eu não acredito no que eu tô ouvindo - Dá risada - Lógico que não meu bem.
- Mais amor, eu tô com vontade.
- E vai continuar na vontade - Diz séria.
- Meu bem... - Fomos interrompidos por um choro ardido.
- Vai lá meu bem, é a Aninha - Ela ri - Pega ela.
- E se eu derrubar? Eu nem quis pegar da mão da enfermeira com medo de que eles caíssem.
- Não se preocupa, você treinou direitinho com o pacote de fraldas.

Me levanto da cama e vou em direção ao mini carrinho onde ela estava. Passei a mão por baixo da cabecinha e nas costas e então balancei ela devagar, até que ela dormisse novamente no meu colo.
Olhei pro lado e Letícia também estava dormindo e então eu sorri por ver aquilo. Por ver a minha mulher, os meus filhos... A minha família. E naquele momento eu estava completamente grato e me sentindo mais abençoado que o normal. Deus me deu tudo que eu pedi e o que eu não pedi também, não me imaginava sendo pai ou pedindo alguém em casamento, mas aquela garota deitada bem ali, com aquela camisola hospital me fez ver o mundo de uma forma diferente. Ela me mostrou como era bom ser amado e como era bom amar também. Deus, obrigado!

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NARRADOR

Eles se completavam ao mesmo tempo em que eram totalmente opostos. Ela o amava mais que tudo e ela era o tudo da vida dele. Não se sabe ao certo se eles viveram felizes para sempre, mas sabemos que, enquanto estivessem juntos, não precisavam de mais nada, apenas de algumas cervejas e o amor dos dois.
Mas o que aconteceu com eles depois disso? Bom, isso vai ficar pra uma outra história! 😉🙏

/leia os comentários/

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Sobre a parte dois que está arquivada também, não sei quando vou desarquivar ou se vou desarquivar um dia, então por enquanto vamos fingir que ela foi um surto coletivo e nunca existiu kkkkk.

Sobre a parte dois que está arquivada também, não sei quando vou desarquivar ou se vou desarquivar um dia, então por enquanto vamos fingir que ela foi um surto coletivo e nunca existiu kkkkk

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𝙫𝙤𝙪 𝙫𝙤𝙡𝙩𝙖𝙧 🤞🏻• ctWhere stories live. Discover now