Enforcado

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MARATONA (5/5)

P.O.V. Ana Grey.

Acordo um pouco desorientada, olhando para todos os lados do quarto.

Christian não está aqui.

Felizmente estou muito melhor, ainda enjoada, porém a tontura já não existe mais.

Levanto da cama e vou tomar um banho. Ao sair, vou para o closet e pego um top, uma calça e um par de tênis.

Eu não sei que horas são, mas talvez Christian e eu possamos malhar um pouco

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Eu não sei que horas são, mas talvez Christian e eu possamos malhar um pouco.

Prendo meu cabelo em um coque e saio do quarto para procurar por meu marido.

...

Sigo direto para o escritório, ele sempre está lá quando foge do nosso quarto.

Dou duas batidinhas na porta e abro.

Franzo a testa ao ver Taylor, o Detetive Clark e Welch ali.

__ Ah, olá.

Eles me olham desconcertados. Talvez por eu estar usando um top.

Bobagem.

__ Boa tarde, senhora. — Falam em uníssono.
__ Boa tarde. — Entro no escritório e torno a fechar porta. — Aconteceu alguma coisa?

Caminho até Christian e, possessivo como sempre, ele me puxa para sentar sobre sua coxa.

__ Não tinha uma camisa? — Pergunta com a voz baixa, mas sei que os homens presentes puderam ouvir.
__ Vim te chamar para malhar comigo.
__ Malhar passando mal? Nem pensar.
__ Eu já estou me sentindo melhor.
__ Não! — Ele diz e me dá um selinho.

Reviro os olhos e direciono minha atenção aos homens a nossa frente.

__ Ninguém me respondeu. O que está acontecendo?
__ Ana, eu já estou resolvendo, amor.
__ Resolvendo o que?
__ Johnny Ford está morto. — O Detetive revela.

Morto? Meu Deus.

__ Morto? — Sussurro.
__ Ele foi encontrado enforcado no apartamento onde morava.
__ Meu Deus, que horror.
__ Que porra você está fazendo Clark? Não percebeu que minha mulher está grávida?
__ Eu recomendo que tenha cuidado com o seu linguajar, Sr. Grey.
__ Vai me prender por não querer que minha mulher grávida fique atormentada por causa da morte de um desgraçado que a fez mal a poucos dias?

Vejo o detetive respirar fundo.

__ Acalmem-se. Eu só preciso processar essa informação.

Sinto a mão de Christian acariciando minhas costas.

__ Amor, não pensa muito nisso.
__ Como não pensar, Christian? Uma pessoa morreu.
__ Se matou. Ele se matou. — Diz o Detetive.
__ E naturalmente a polícia precisa de uma declaração devido a confusão nos envolvendo. — Digo.
__ Exatamente.
__ Está bem. Bom, eu lamento pelo que aconteceu. Nunca desejei o mal de ninguém, não podia imaginar que algo tão grave pudesse acontecer, mas não posso negar que o que aconteceu deixou uma magoa muito grande no meu coração. Johnny Ford questionou a paternidade da minha filha publicamente, tentou por a prova minha fidelidade ao meu marido. Eu sou uma mulher recém casada, grávida e o senhor não pode imaginar o que é acordar e ler aquela sujeira.
Taylor esteve todo o tempo comigo, ele pode confirmar que em momento algum eu distratei ou tentei colocar meu marido contra o Johnny no dia do evento na GEH, como ele relatou no texto. Eu não sei o que o fez tomar ambas as atitudes, inventar coisas para postar na internet e tirar a própria vida.
__ Na carta que ele deixou dizia que não poderia arcar com o processo que sua família moveria contra ele.  — Revela.
__ Meus pais me ensinaram que cada ato gera uma conseqüência imediata, ele errou, envolveu uma bebezinha em uma história falsa e nojenta. E eu espero que agora ele possa se resolver com Deus, já que não deu tempo para se entender com a justiça.
__ Já deve estar queimando no inferno. — Meu marido diz e o Detetive o repreende com o olhar.
__ Enfim, é triste saber que alguém teve a coragem de tirar a própria vida. Mas foi uma escolha dele, não é mesmo?! Meu marido e eu não temos nada com isso. Meus pêsames a família, mas se era só isso, eu preciso terminar de arrumar o quartinho da minha filha.

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