Capítulo Onze

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Hoje fui naquela floricultura. A mesma, a qual comprei o primeiro buquê de rosas vermelhas que você havia gostado.

A gentil moça sorriu e perguntou se as flores eram para a minha namorada.

Eu disse que sim. Que eram para a namorada mais linda desse mundo.

Aquelas rosas vermelhas, me lembram o cheiro doce do seu perfume.

Eu queria muito te entregar, e receber um sorriso seu em troca.

Mas isso não é mais possível.

Já faziam duas semanas, desde aquele dia.

O dia em que eu te perdi.

Quase todos os dias vou até sua casa, e sua mãe me recebe com um abraço confortante. Conversamos, rimos e choramos juntos ao lembrar de você.

A culpa ainda me ronda. Acho que irá me acompanhar a vida inteira.

Não vi mais seu pai, desde aquele fatídico dia. Se antes ele não gostava muito de mim, creio que agora, ele não queira me ver, nem mesmo pintado de ouro.

Mas não o culpo. Ele tem toda a razão de ficar com raiva de mim. Afinal de contas, se não fosse por minha causa, você ainda estaria aqui, conosco.

Estaríamos juntos, cantando e dançando como loucos. Você sorrindo e me fazendo sorrir junto.

Você foi embora, e levou minha alegria junto.

Assim que conheci sua família, escutei seu pai falar, em algum canto da casa, que eu não era a pessoa certa pra você.

E agora me pergunto se ele tinha razão.

Talvez eu não fosse a pessoa certa para você, talvez você merecesse coisa bem melhor.

Talvez se eu não tivesse me aproximado e te dirigido a palavra, se eu não tivesse te pedido para que fosse minha namorada, você ainda estaria aqui.

Estaria comigo.

Memories • 𝐋𝐮𝐚𝐧 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐚𝐧𝐚 𝐞 𝐃𝐞𝐦𝐢 𝐋𝐨𝐯𝐚𝐭𝐨Where stories live. Discover now