PROLOGO

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- Enfim férias – Nicolas meu melhor amigo fala saindo de dentro da sala.

- Sim – falo sorrindo.

- Já sabe aonde vai passar as férias? – ele pergunta. Nicolas é meu melhor amigo desde quando a gente entrou no ensino médio no High School Ross. Nicolas é aquele tipo de garoto bonitão mas que ninguém quer pegar pelo simples fato de andar comigo, o garoto esquisito que todos zoam e que pensam que é gay, por isso Nicolas também é zoado. Nossa amizade cresceu muito depois que falei que sou bissexual. Ele é a única pessoa que sabe e nunca ligou pra isso. A gente sempre ta junto, ele é como um irmão pra mim.

- Ainda não sei – falo pra ele – mamãe e o Andrew estão no Canadá e acho que so voltam semana que vem – minha mãe Melanie Bryant trabalha junto com meu pai Alam Bryant nas empresas Ross na cidade Ross nos Estados Unido. Meu irmão Andrew mais velho faz faculdade de psicologia, so que agora ele ta de férias e foi junto com minha mãe no Canadá pra negócios.

Saindo da escola encontramos meu pai e minha avó Julie Summers na frente do jipe do Nicolas.

- O que houve – pergunto curioso, eles parecem um pouco abatidos com alguma coisa.

- Filho – meu pai fala, parece que ele estava chorando – sua mãe e o Andrew – ele fala mais não consegue terminar.

- O que houve com eles? – pergunto aflito.

- Sua mãe e seu irmão sofreram um acidente de carro – minha avó fala.

- Como assim acidente – falo com algumas lagrimas no rosto – mas eles estão bem?

- Eles morreram Thomaz – meu pai fala e meu mundo cai – eles estão mortos.

- Não, não pode ser – falo começando a chorar – eles não podem ter morrido – falo caindo de joelho no chão. Nicolas que estava no meu lado me abraça.

- Vai ficar tudo bem – ele sussurra no meu ouvido. Com isso vem uma corrente de vento em nossa direção e sinto uma sensação estranha, que isso é apenas o começo.


3 MESES DEPOIS

- Thomaz querido – minha avó bate na porta – ta acordado.

- Sim, pode entrar – falo. Faz uma semana que to na casa da minha avó.

- Querido você não dormiu nada – minha avó fala entrando no quarto.

- Eu não quero mais ter ataques durante a noite – falo sentando na cama.

- Mas você tem que dormir – minha avó fala. Hoje faz 3 meses que minha mãe e meu irmão morreram no acidente de carro e durante todo esse tempo tenho ataques noturnos e pesadelos sobre eles.

- Você não pode ir assim na escola amanha – minha avó fala – com essa cara de quem não dorme a meses.

- Eu não consigo dormir faz meses – falo pegando meu celular – e eu não me importo de ir assim pra escola.

- Vai saber se você não encontra um namorado na escola – ela fala com um sorriso no rosto.

Depois que mamãe e Andrew morreram eu contei pra ela que sou bissexual e agora ela pega no meu pé pra encontrar um namorado.

- Vovó eu não quero pensar em namorar agora – falo revirando os olhos.

- Querido você não pode ficar assim – ela fala – sua mãe e seu irmão não iam...

- Gostar de eu ficar assim – interrompo ela – você fala isso toda hora – falo irritado – so queria eles de volta.

- Eu sei querido – ela fala me abraçando – vai ficar tudo bem – com isso meu celular vibra – mensagem no Nick? = ela pergunta.

- Sim, ele disse que vai voltar hoje – Nicolas foi pro Brasil com seu pai passar as férias – ele ta pedindo pra avisar ele quando eu voltar pra casa – falo com um sorriso no rosto. Com isso minha avó desce pra fazer o café da manha.

Pego meu diário e escrevo nele " As coisas estão na mesma, eu continuo tendo o pesadelo do carro pegando fogo. Eu não sei o que isso significa. Tenho medo de dormir e ter mais pesadelo assim..." Escrevo no meu diário e ai recebo uma mensagem do meu pai avisando que ta vindo me buscar.

- Vovó – grito descendo as escadas – papai esta vindo me buscar – falo entrando na sala e deparo com uma cena meio que estranha, minha avó esta na frente de uma vela sussurrando alguma coisa que não consigo entender – vovó – falo ela sai do transe.

- Sim querido – ela fala.

- Papai esta vindo – falo – esta tudo bem?

- Sim, já volto – ela fala pegando a vela e indo pro porão.

"ESTRANHO" penso, com isso tomo meu café e fico esperando meu pai chegar. Uns minutos passam e ele chega.

- Bom dia mae – ele fala entrando na casa – bom dia filho – ele fala me abraçando – dormiu bem? – ele sempre faz essa pergunta desde a morte da mamãe e do Andrew.

- Sim – minto, pra ele não ficar mais preocupado.

- Vamos então – meu pai fala.

- Vamos – falo pegando minha mochila – tchau vovó – abraço ela com força – amanha eu venho com o Nicolas depois da escola.

- Ta bom – ela fala.

Quando passo pela porta, sinto uma sensação estranha de que estou sendo observado e que algo de ruim esta pra acontecer.

- Esta tudo bem filho? – meu pai pergunta.

- To bem – minto mais uma vez pra ele. Eu sei que não devia mentir mas não quero ver ele mais preocupado comigo.

DIÁRIO DE UM BRUXO: O COMEÇOWhere stories live. Discover now