Capítulo 31

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PARTE II

Saí da mesa de ponche e adentrei a multidão de alunos dançando. Procurei por um dois meus amigos e não encontrei nenhum deles. A pouco Vic dançava com Lucas e Bea sorria para Henri num canto da festa, mas eu não queria acender vela. Me dei por vencida e voltei para mesa se ponche. Mas fui parada no meio do caminho quando duas mãos venderam meus olhos. Eu conseguia escutar a risada da pessoa. Apenas pela maneira que ele se divertia ao ver meu desespero para saber quem estava me vendendo, que descobri que era ele.

— Eu sei que é você, Matt — soltei outra gargalhada quando ele me soltou.

— Descobri duas coisas agora. Uma que você me conhece bem — ele olhou para uma direção atrás de mim, depois voltou a mim olhar. —  E duas, eu quero dançar com você agora.

Contrai o rosto, meio confusa com o que Matt disse. Havíamos dançando tanto. Achei que já era o bastante.

— Tá, melhor amigo

Matt pôs a mão na minha cintura, apesar de a música que tocava não ser lenta, segui com o gesto dele e entrelacei minhas mãos em seu pescoço. Só fui entender o ato quando outro música começou a tocar.


— Você quem pediu pra tocar essa música? — perguntei, sorrindo.

— Nunca que eu adivinharia que você gosta de Photograph — olhei para Matt e apesar dele não ter feito o mesmo, eu sabia que ele falara com ironia. — Que coincidência do destino, não acha?

— Acho você um idiota.

— Já estamos terminando o colegial e você não para de me chamar assim — ele finalmente me olhou e não pude ser rápida o bastante para esconder o meu sorriso. — O que foi?

— Sei lá. Só tô feliz. Aquela sensação de que tudo vai se encaixar no seu devido lugar. Aquela de dever cumprido, como se, até te chamar de idiota, fosse a coisa certa — senti vontade de abraçar Matt ali, mas não quis atrapalhar o ritmo da música. — Mas eu sou azarenta e tô me iludindo com essa felicidade momentânea.

— Como pode falar assim? Você é uma estrela da sorte!

Dei um tapinha no ombro de Matt, porque ele ama fazer piada com o meu nome.

— Eu vou sentir saudade de pegar carona com você e te ouvir elogiar o meu cabelo molhado só pra eu ir mais rápido.

— Eu gosto do seu cabelo molhado — olhei fixamente para Matt até ele me olhar também. Ele sorriu antes de responder. — Não sei explicar o porquê, mas eu gosto.

Balancei a cabeça, sorrindo. Dessa vez fui pega de surpresa, literalmente, por um abraço de Matt. Quase não paramos de dançar, mas estávamos mais grudados do que os outros casais por causa do abraço.

— A gente não vai se mudar pra longe um do outro. Vamos se ver sempre. Mas sei que vai ser diferente — ele disse baixinho. —Ainda temos o verão e o resto da noite pra fazer memórias boas, das quais vamos nos lembrar quando surgir algum problema.

Matt me soltou e pude olhar para ele.

— Tá. Começando de agora, dessa dança. E depois?

— Hum... Depois eu queria ir até o campo de futebol — disse Matt. — Queria que você fosse junto pra me despedir dele.

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