Casa de farinha

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Lembro-me bem das vezes que ia a casa do meu avô, eu amava o clima que costumava ter, as diversas árvores frutíferas das quais eu gostava de subir com meus primos.
Quando meu avô comprou o terreno, Ele tinha uma casa de farinha um pouco grande porém velho. Ele sempre dizia para nunca entrarmos mas nunca deixava o motivo claro, eu sempre fui uma criança corajosa e corajosa ao ponto de reunir dois dos meus primos para entrar naquela casa na madrugada, e foi o que fizemos.
A porta estava bastante enferrujada e fechada por uma corrente com cadeado, como era velho, o cadeado cedeu rapidamente e pudemos ouvir o ranger da porta de abrindo.
Lembro até hoje do fedor insuportável que estava naquele lugar, o escuro não nos deixava enxergar muito bem, o que era bem mais assustador. Havia somente uma lanterna, para iluminar todo aquele ambiente grotesco e fedido.
Casas de farinha não costumavam ser daquele jeito, deveriam ter máquinas que ajudam o processamento da mandioca, entre outros.
Haviam gaiolas espalhadas por todo lugar, machados e facas enferrujadas, quando olhamos para a parede estavam lá: 8 cabeças do que pareciam ser crianças e pelo sangue no chão, Estavam recentes.
Meus primos estavam com medo e queriam voltar para casa, Mas eu não deixei porque estava com a curiosidade em dia, e este foi o meu erro.
A porta da casa de fechou com ferocidade e um homem surgiu, pela pouca luz não pude ver o seu rosto, mas vi a sombra do Machado, o mesmo machado que cortou a cabeça de um dos meus primos. Eu não tive reação, apenas congelei e vi o corpo do meu primo cair sob meus pés.
Logo em seguida vi tudo ficar escuro e o grito da minha prima, estava tão assustada que mal se mexia.

E foi aquele golpe de um machado enferrujado que me matou, eu só tinha 16 anos e perdi a vida graças a grande curiosidade que pairava sob minha mente.
Desde então eu não tive paz, minha família não me deixa ir, sempre choram pelo acontecido e eu me sinto torturada novamente.

Contos De TerrorWhere stories live. Discover now