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Isabella • POV

24 de dezembro de 2017

23:26 p.m

Los Angeles, Ontário - EUA.

—Ei, vamos começar a oração agora. —Willa me avisa da porta.

—Já estou descendo. —falo terminais de ajeitar meus cabelos.

A mesma fecha a porta e eu me olho no espelho, suspirando.

Aquele sonho tinha me deixado tensa. Eu não sabia decifrar exatamente o que ele significava, mas eu tinha acordado triste, parecia que não estava tudo no lugar certo.
E me incomodava pois não conseguia mudar essa situação.

Se eu fosse passar o natal na casa dos Donavan, eu e Mia estaríamos prontas nesse momento e deslumbrante. Era como se fosse uma tradição nossa. Nós gostávamos de estar maravilhosas para encontrar com o nosso melhor amigo.

E bom, tenho certeza que ela não mudou isso.

Já eu, hm, eu estava diferente, podemos dizer.
Vestia apenas uma calça jeans, uma camisa e um casaco por cima. As roupas não eram velhas, tinha comprado a pouco tempo e não usei. Nos pés eu usava um tênis e no rosto um pouco de maquiagem. Meus cabelos estavam ondulados pois tinha usado um pouco do babyliss. Já estava enjoando dele todo liso.

Ponho meu celular no bolso da calça e dou uma última olhada no espelho.

Desço as escadas devagar e sigo o caminho aonde escutava risadas e pessoas conversando.

Assim que passo pela entrada, sinto alguns olhares sobre mim.

Tento disfarçar meu desconforto pois estavam todos ali super arrumados.

Caminho até meus pais e fico ao lado deles.

—Está tudo bem? —minha mãe pergunta baixo para que só eu escute.

Assinto apenas e abaixo a cabeça.

—Bom, vamos começar. Já está quase na hora. —ela fala e todos se levantam das mesas, fazendo assim, em volta, um círculo.

Sinto mãos se entrelaçarem com as minhas e ao meu lado direito está minha mãe, ao meu lado esquerdo está Willa.

Abro um sorriso para a mesma que retribui.

—Peço que nesse momento, você se desligue do mundo. Toda atenção precisa ser dada à ele. Fechem os olhos e segurem as mãos das pessoas que estão ao lado de vocês. —Kate fala e todos fazem o que ela manda, inclusive eu.

Uma música de fundo é levemente tocada e eu já consigo sentir meus olhos arderem.

O único som que era transmitido ali, era o som da música.

Posso confessar que, eu me sentia bastante desconfortável.
Se fosse anos atrás, eu estaria ao oposto disso e é claro que me sinto diferente, e muito.

Eu queria acreditar que estava tudo bem nada tinha saído do seu eixo, mas ao mesmo tempo eu sentia tudo fora do lugar.

...

—Feliz natal! —todos gritam e uns começam a abraçar os outros.

—Feliz natal, querida. —minha mãe me aperta e eu sorrio fraco retribuindo.

E assim é feito por diante até eu abraçar a última pessoa.

—Bom, já podemos comer. —Alice fala.

—Graças à Deus, estou faminto. —Gustavo diz e meu pai ri.

—E quando não está seu pangaré? —ele diz e todos riem.

Entre o meu Eu e DeusWhere stories live. Discover now