Baby

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Base da Resistência-
Presente

O homem alto desenhava cuidadosamente em um pequeno guardanapo, tomando um longo suspiro para apreciar um dos raros momentos de paz o qual era agraciado —Por mais que seu trabalho fosse cansativo,e nada do que teria imaginado para sua vida, ele nunca abdicaria de sua posição na resistência.

"Edd?" O líder em roxo falou baixinho, entrando no grandioso escritório. "Matt, o que 'tá fazendo aqui nessa hora da noite?" Rebateu, pondo uma de suas mãos sob o guardanapo.Olhando de longe, nunca se perceberia que eles eram os mesmos garotos que, em tardes quentes do verão britânico, correram pelo bairro onde passaram grande parte de sua infância fazendo todos os tipos de mal-criações.

"Eu vim entregar uma carta urgente que chegou da Red Army," Começou ele, encostando-se no gradil negro que protegia-os de despencar. "Pensei que poderíamos ler juntos."

"Claro." Suspirou Edd, guardando seus materiais de desenho no bolso do sobretudo que usava. "Não sabia que você ainda rascunhava." Lamentou Matt, abrindo o grosso selo de cera que fechava a carta de forma segura. "Heh. Eu faço de vez enquanto, pra desestressar." Deu de ombros. "E está funcionando?" Indagou o ruivo, entregando a peça de papel para ele. "Acho que sim, não tenho certeza ainda."

"Entendo." Finalizou, observando enquanto seu amigo lia atentamente o escrito. A cena o trazia uma nostalgia, junto do inegável nojo —Por muitos anos, Matt havia visto atentamente seus amigos destruírem uns aos outros em nome de uma justiça que talvez nunca chegasse, todo este conflito desnecessário...Francamente, desejava que Tord tivesse morrido anos e anos atrás, pelas mãos de Tom.

"Isso é...Estranho." Murmurou Edd, arqueando uma Sobrancelha. "Como?" Indagou Matt, sentando-se na beira da sacada.

"Huh? Desculpa, não estava prestando atenção, heh. Mas de qualquer forma, isso não parece como uma carta escrita por Tord." Disse, aproximando o rosto do papel para que pudesse ter certeza.

"Deixe-me ler." Ordenou o ruivo, arrebatando das mãos do britânico a carta misteriosa. "Hmm...Parece que alguém estava com pressa quando escreveu, não acha?" Analisou com um tom calculista.

Era tudo surreal, Edd observou, o homem em sua frente agora não era mais aquele com quem havia se apaixonado nos seus anos de adolescente.

E, em meio à luz da lua descendendo sobre eles, o artista Indagou como deixou que o coração Matt escapasse pelo espaço entre seus dedos.

Claro, eles nunca foram algo sério mas...Tampouco se comprometeram a outras pessoas, pelo menos não Edd.

"Tudo bem, Eddie?" Disse, e, em desespero, o britânico Murmurou frases incoerentes, tomando um riso do outro homem. "Você não mudou, mudou?" Gargalhou, abaixando a carta. "Mesmo agora, com uma guerra ao nosso redor, você continua o mesmo Edward."

"Eu temo que não possa falar o mesmo sobre você." Suspirou, chamando a atenção do menor. "Oh? Isso é...Um insulto?" Coçando a nuca, exclamou.

"Não, não. Eu só...Fiz uma observação, sério, se fosse outro, nunca perceberia que você era o mesmo garoto que morava numa casa amarela na frente da minha." Os dois riram, aproximando-se. "Se esse é o caso, vou tomar isso como elogio." Edd estava agora com uma mão na bochecha de Matt, e outra em suas costas a fim de aproximar os dois.

Até que, com um leve puxão da parte do menor, eles estavam em lados opostos da varanda. "Droga. Tom ainda não voltou e cá estamos, ficando próximos." Riu Matt amargamente. "Qual o nosso problema?"

"Matt eu-" Edd, somos líderes da porra de um exército agora, não podemos-não devemos fazer isso, muito menos quando um de nós está, possivelmente, na mão do inimigo!"

A frase trouxe um suspiro do artista, que manteve sua distância. "Tem razão, não deveria ter feito isso, desculpa....Tem alguma ideia do que a carta possa significar?"

"Não, mas vou mandar para nossos laboratórios para análise." Matt Exclamou friamente, mordendo o interior de sua bochecha para impedir as lágrimas quentes que despejavam na fronteira de seus olhos, lutando para ficarem livres— Talvez, em um futuro desconhecido, ele e Edd poderiam ter concertado o seu relacionamento.

Mas agora Matt era somente dele mesmo, e de ninguém mais.

"Posso te acompanhar?" Perguntou o maior, de cabeça baixa. "Claro." Foi a única resposta que recebeu.

E então os dois foram, andaram pelos longos corredores até chegarem a uma grande, porém preenchida, sala. Nela, ficavam todos os dados e eletrônicos q dispor da resistência, e seu acesso era absolutamente restrito.

"Líder Verde, Roxo." Saudou um soldado esverdeado, que protegia a entrada. "Irei chamar um técnico para vocês, por favor, se sentem." E assim, o pequeno oficial desapareceu em meio à escuridão das máquinas.

E assim os dois fizeram, até que uma luz avermelhada iluminou o quarto, fazendo com que Matt se levantasse para verificar se tudo estava de acordo.

"Huh...Edd, eu acho que você deveria vir aqui." Com Sombracelhas arqueadas em dúvida, o líder obedeceu, aproximando-se do monitor e vendo um sinal de emergência, interceptado da base vermelha.

"Mas...Primeiro aquela carta, e agora isso?" Gritou frustrado.

"Olha, isso claramente não foi Tord quem mandou, então..."

Os dois homens se encararam, empalidecendo.

"Você acha que..."

"Tom."

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Primeiramente, esse capítulo foi inspirado na música "Baby", de Marina e Clean Bandit! Atualmente, ele não faz sentido,
Porém, é de grande importância.

Sinto muito por este ser mais curto do que o normal, porém minha internet está absolutamente impossível! Mal consigo escrevê-lo.

É isto,

-FaeLights

Este lado do paraíso [DESCONTINUADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora