|Capítulo 01|

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Os trotes incessáveis que atrapalhavam Anabel a dormir, indicavam o início de um novo dia. E ela não estava disposta a acordar. Sim, ela era a irmã mais velha e sim, ela que deveria dar o exemplo, mas isso era a última coisa que passava em sua mente.

Com Londres nublada, tudo o que ela queria era dormir o dia inteiro, mas tinha afazeres não substituíveis, e infelizmente, abriu os olhos.

Seus olhos verde água logo se acostumaram com a luz fraca que as cortinas absorviam. Olhou ao seu redor e percebeu que suas irmãs já haviam levantado. Revirou os olhos, um hábito desrespeitoso, mas que não podia evitar. Alguém bateu em sua porta.

— Senhorita Anabel? - era o mordomo.
Apesar de ser apenas as três irmãs, seu pai era um Conde renomado, então não tinham que se preocupar com dinheiro. Pelo menos uma coisa boa veio daquele homem.

— Estou acordada, pode entrar, por favor.

O senhor Nicholas James adentrou o quarto da senhorita Dolabella, que tinha uma aparência natural, que incluía seus cabelos ruivos como o fogo totalmente fora do lugar, e seus olhos verdes suaves estavam vermelhos. O mordomo conteu um sorriso.

— Senhor James, por favor, se for para zombar da minha aparência, era melhor não ter entrado.

O mordomo sorriu. Conhecia aquela ruiva encrenqueira desde quando nascera, e a olhando melhor, ela não tinha mudado nada.

— Senhorita Anabel, suas irmãs estão preocupadas. A senhorita está dormindo há mais de dez horas.

— Dez horas? - a ruiva respondeu, engolindo o nó que habitava sua garganta.

— Oras, por que não me despertaram?

— Tentamos senhorita, esta é a primeira vez que corresponde.

— Perdoe-me, estava exausta.

— Não se preocupe, senhorita, está tudo bem. Suas irmãs a aguardam na sala de visitas.

— Já estou a despertar, obrigada, senhor James.

O mordomo fecha a porta, deixando novamente Anabel sozinha. Ela olha ao seu redor e avista um vestido verde claro. Ela nunca fora uma dama exemplar, as quais pensam em vestidos, fitas e chapéus, era mais à frente.

Mas, sinceramente, aquele vestido era lindo, havia ganhado de Maribel, a irmã do meio. Sentiu-se inspirada, iria levantar e usar aquele vestido, que combinava com seus olhos claros e com o seu cabelo fogo.

  — Olha só quem resolveu aparecer! - Maribel sorriu para Anabel enquanto levava a xícara de chá aos lábios

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— Olha só quem resolveu aparecer! - Maribel sorriu para Anabel enquanto levava a xícara de chá aos lábios.

— Você está bem? - Isabel olha para a irmã, preocupada.

— Estou completamente descansada. - sorri para a irmã.

— O senhor Souza veio nos visitar. - Maribel disse aversa.

— Novamente? Ele ainda não aceitou que nenhuma de vocês quer casamento? - revirou os olhos.

— Ele quer a ruiva! - Isabel sorriu.

— Não deseje-me esse mal, Bel! - Anabel olhou para a caçula.

As Dolabellas. Eram conhecidas por toda a sociedade londrina. Eram as intocáveis, apesar de terem uma beleza altamente invejável. Não queriam casamento, muito menos um homem para apenas causar dor de cabeça.

Anabela olhou em volta, mordendo os lábios. Lembrara, a pouco, de que precisaria ir na cidade fazer umas compras. Odiava aquilo, ser a responsável.

— Vou ir comprar algumas coisas, há algo que precisem?

— Minha sombrinha quebrou ontem. - Isabel fez uma careta insatisfeita.

— Posso ir com você? Se eu ficar em casa mais um pouco, vou enlouquecer! - os olhos azuis de Maribel estavam desesperados.

— Pois então eu irei também. - Isabel levantou-se da cadeira, decidida. Suas irmãs riram de seu objetivismo.

— Senhor James, - Anabel chamou o mordomo — peça, por gentileza, que preparem a carruagem para nós?

—É claro senhorita.

As três estavam prontas para fazer as compras, afinal, quem não gosta de gastar?

Nunca rejeite um Duque (DAMAS NÃO EXEMPLARES 01)Onde histórias criam vida. Descubra agora