Capítulo 7

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THE CRANBERRIES - DREAMS


Cait se aninhou em seu abraço, enrolando suas pernas com as dele. Estar assim tão confortável nos braços de alguém era tudo o que ela tinha pedido ao universo durante toda sua vida... E não queria pensar que nada nem ninguém pudesse estragar aquele sentimento.

Na manhã seguinte, ela acordou sentindo falta do calor de Sam. Tateou o lado oposto da cama e não o encontrou. O temor fez com que ela trancasse sua respiração de forma inconsciente. Enrolou-se no lençol e sentou na cama, buscando visualmente as roupas dele pelo quarto.

Nada.

Um medo repentino tomou conta do seu peito, como se estivesse aberto um buraco no chão e ela estivesse em queda livre. Não podia ser possível, ele não podia ter feito aquilo com ela...

– Bom dia, dorminhoca! – Sam falou abrindo levemente a porta do banheiro. Ele mudou drasticamente a expressão do seu rosto quando olhou para Cait, enrolando rapidamente a toalha em torno da cintura e entrando no quarto de forma apressada. – O que foi, babe? Porque você está tão pálida? – Ele complementou sério, chegando próximo à cama e acariciando suavemente seu rosto. – Recebeu algum telefonema ruim?

– Bom dia, Sam... – Ela disse sorrindo com alívio ao encontrar seus olhos. – Não, não é nada... Está tudo bem. É que acordei assustada quando não encontrei você no quarto. – Respondeu com sinceridade.

– Ah, querida, me desculpa! Acordei e levei minha roupa para o banheiro... Não queria te acordar. – Falou dando um pequeno sorriso, sentando ao seu lado e abraçando-a com carinho.

– Onde você estava planejando ir a essa hora, Heughan?

– Bom...queria te fazer uma surpresa, mas parece que não consegui!

– Mais uma, mocinho? Assim você vai me acostumar mal... – Aprofundou-se em seu abraço.

– Claro que mais uma, Cait! Bem, quero te levar pra tomar café da manhã... Na realidade eu queria fazer surpresa e trazer o café aqui, mas você foi mais rápida!

– Ah, entendi.... Mas porque você não me acordou? Podíamos ter tomado banho juntos... – Ela disse com um sorriso sensual, um pouco envergonhada.

– E você acha que eu não tentei te acordar? – ele riu e beijou sua mão. – Nunca conheci ninguém com um sono tão pesado quanto o seu!!

– Ooops... – Ela fez uma careta. – Mas que horas são agora? – Deitou-se novamente na cama e espichou seu braço para pegar o celular que estava na mesa de cabeceira. – Meu Deus Sam, você está maluco? São 07:30 da manhã de um domingo, claro que eu nunca iria acordar!!! – Continuava deitada e olhando para o celular. – Ainda mais que fomos dormir muito tarde ontem... Não é?

– Muito tarde mesmo... Mas não me arrependo nenhum pouquinho... – Ele disse, se deitando ao seu lado e ficando com seu rosto muito próximo ao dela.

– Eu também não, Sam... – respondeu se voltado para ele e se aninhando em seu peito. Respirou fundo sentindo uma mistura de sabonete e cheiro de Sam. Abraçou ele com mais força, soltando um leve suspiro de felicidade.

*****

Sam se sentia o homem mais sortudo e feliz do mundo. Tudo em Cait era perfeito, até suas pequenas imperfeições. Observar ela dormindo era tão tranquilizador... Ela continuava abraçada a ele em um sono profundo e sentir seu corpo junto ao dele o lembrava da noite anterior, a mais perfeita que ele tinha tido na vida.

What London Gave Us (SC AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora