Capitulo 11 - Continuação

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MARATONA NEURÓTICA
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Oito horas em um vôo, ainda bem que viemos de jatinho. Se fosse avião era onze horas.

Eu tô no carro com as crianças indo pra favela, de noite, são dez e pouca já.

O Caique dormindo, Juliana também.

Eu ajeitei o Caique no meu pescoço, a Juliana dormindo com a cabeça na minha perna. Eu tô morrendo de preocupação com o Davi, já liguei pra maldita psicóloga dele, falei a beça no ouvido dela.

Eu hein, no meio do caminho ela quer abandonar ele?

Cheguei na favela eu parei na porta de casa, eu saí com o Caique, a vó do Davi pegou a Juliana, os meninos colocaram nossas coisas pra dentro.

Eu pedi brigando pro Soares e ele foi embora.

Eu coloquei as crianças na cama pra dormir direito, troquei a calça e coloquei um short.

Coloquei um chinelo também, conversei um pouco com a vó dele, ele me atualizou um pouco e eu saí de casa, peguei um moto táxi ali

Eu subi a casa que era de três andar, mas era umas seis quitinete, duas em cada andar e tinha uma page lá em cima.

A que ele morava fica no terceiro andar, eu subi tudo e na porta tinha o Galego

— Po, patroa ele falou que não quer que ninguém entre — Ele falou eu assenti

— Eu não sou " ninguém " não. Sou a mulher dele, mãe dos quatro filhos dele — Falei coloquei a mão na maçaneta, e a porta trancada

— Você pode abrir ou eu vou chamar outra pessoa? — Perguntei cruzando os braços, e ele tirou a chave do bolso ele abriu a porta e eu entrei.

Tudo quebrado na sala, tudo quebrado. Televisão, os móveis...

Não era nem quitinete, era sala quarto, cozinha e banheiro.

Fui na cozinha ver o estrago geladeira no chão aberta, prato, copo tudo quebrado

Eu fui direto no quarto vendo o quarto todo zoneado.

As coisas jogadas no chão, vidro de perfume quebrado.

Umas duas garrafas de whisky vazias no chão

E ele parecia até que estava morto na cama, soando muito

Eu coloquei a mão nele e ele pelando de febre, ele estava muito quente, coloquei a mão no pescoço e na testa, ele apertou meu pulso acordada e eu olhei pra ele.

— Sai daqui — Ele me empurrou sério, e muito bêbado.

Bêbado, com febre, e fedendo a cachaça

— Davi, olha aqui pra mim. Vamos pra casa, você tá com febre — Falei segurando o rosto dele e ele sentou na cama me empurrando

— Já falei pra tu sair daqui. Última forma, mete o pé — Ele levantou, cambaleando mexeu nos armários e pegou outra garrafa de whisky.

Abriu e entornou na boca

Eu puxei da mão dele jogando longe

— Vambora pra casa Davi, agora. Seus filhos estão lá com medo que você faça alguma coisa. Vambora pra casa  — Falei segurando o braços dele e ele puxou, bem violento

— Já falei pra tu ir embora, eu quero ficar sozinho. Vai embora — Ele me mandou ir embora de novo

— Davi, eu vim aqui ver como você tá. Dá pra falar direito comigo? — Perguntei cruzando os braços

Neurótico de Guerra - ContinuaçãoWhere stories live. Discover now