Capítulo 13 - Continuação

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  MARATONA NEURÓTICA
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— Vem cá papai, senta aqui — Eu chamei ele e ele sentou no meu colo chorando

— Tá doendo aonde? — Perguntei pra ele, e levantando do a camisa dele

— Aqui... Tá doente muito pai... Eu quero minha mãe — Ele começou a chorar mais ainda e agarrou meu pescoço

Eu levantei e ajeitei ele no meu colo, eu subi com ele pro quarto dele
E deitei ele na cama

— Isso aí deve ser vontade de cagar, comeu igual um  presidiário. Liga pra tua mãe aí Caio, fala que ele tá passando mal, e vê ai com ela o que é pra comprar na farmácia. Se ela perguntar onde eu tô fala que eu tô resolvendo um bagulho. Eu tô subindo já pra ver como tu tá, Jae? — Falei pro Caio, e depois olhei pro Cadu que assentiu com cara de choro

Eu olhei o Caique, bargadão.

Eu desci de volta, e sentei no sofá

— Não vou enrolar não, é o seguinte. Me dá a chave do escritório, os dois. Coloquei os dois aqui tem pouco tempo, e já tão fazendo merda? Eu não tenho férias, não tenho meu lazer, quem é vocês pra ter? — Perguntei entrelaçando as mãos

— Colfoi Lorinho?! eu não fiz nada. Não fui viajar e nem nada, quem viajou foi ele pó. Eu tenho que pagar pelos erros dele? Coé Lorinho — O Sagaz levantou andando de um lado e pro outro

— Idai que tu não foi viajar? O caralho do teu trabalho tu fez? O teu tu fez? Aí eu tenho que deixar minha mulher em casa doente, e vir aqui resolver o que eu pago vocês pra fazer? Agora é o poste que mija no cachorro, e a banana que come o macaco? O patrão que trabalha pro funcionário? Fala pra mim se tem necessidade de eu está aqui fazer a porra do trabalho de vocês? Se fosse pra eu vir aqui toda vez que tem um problema eu não colocava no ninguém no cargo de vocês, fazia tudo sozinho. Abre o olho comigo vocês dois, vocês não são mais esperto que eu não. Eu tenho olho em todo lugar, cuidado com a madeira que vocês estão pisando, pode está podre. Eu tô nessa a anos, eu tô nessa desde os meus quinze anos. Não é nenhum otário que vai ficar tirando com a minha cara não valeu? Vocês não me conhece. Tô boladão com vocês, boladão, to doido pra passar um, tô no ódio doido pra passar um — Eu falava sério apontando pra eles, que me olhava sério, na postura.

O Sagaz é marrento, mas eu sou mais. Aprendi a ser marrento com o melhor.

Eu acendi um baseado e puxei a fumaça

— Vocês estão esperando o quê pra me entregar a chave? Joga aí na mesa e pode meter o pé — Falei soltando a fumaça e balancei a cabeça pra espalhar

— Eu não fiz nada porque eu estava esperando ele fazer. AI POR CAUSA DESSE FILHO DA PUTA, QUE NÃO  SERVE PRA PORRA NENHUMA EU TO SENDO REBAIXADO? QUE CULPA EU TENHO? HEIN? INJUSTIÇA  DO CARALHO PO—  Ele começou a se alterar, e eu levantei franzindo o cenho e fui andando ate ele bem devagar deixando ele falar

—  Tu ta pensando que tu ta gritando com quem? abaixa teu tom de voz pra falar comigo  —  Eu cheguei bem pertinho e apertei o pescoço dele com toda forças  que eu tinha naquele momento

A vontade de matar ele agora ta aflorando 

—  Tu, aqui tu fala mais baixo que eu. na minha presença  tu sussurra. só quem grita aqui nessa porra sou eu valeu? ta gritando porque? tem alguém comendo teu cu? —  Falei bem sério, com sangue nos olhos.  ele preto estava azul.

—  E ae Lorinho, vai matar o cara, afrouxa ai —  Ouvi a voz do Ratinho e olhei bem o outro aqui na minha mão  que estava sem respirar

— Meu filho ta dormindo seu cuzão — Falei empurrando o pescoço dele e soltando ele, que ficou

Neurótico de Guerra - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora