Veela, Draco?

Chapter XXXVII

Havia sido uma noite intensa para todos que participaram da Guerra. Todos tinham os seus problemas para lidar, com a realidade finalmente caindo em si. Enquanto o velório de muitos era feito, Draco dormia desconfortavelmente no sofá da recepção do St. Mungus, visto que Hermione não se sentia confortável o suficiente em sua presença a sós por tanto tempo. Ela não tida dito isso, mas ele conhecia a namorada bem o suficiente para supor algo do tipo.

Não devia estar sendo nada fácil para ela assimilar tudo em sua cabeça. Ainda bem que ele não tinha contato toda a verdade dos acontecimentos no último ano, só pioraria as coisas. Ele até aceitava a situação, já que era um efeito colateral da pancada, mas ela tinha que voltar justamente para o momento que beijava Krum? Aquilo doía em seu âmago, droga!

Viktor tinha voltado para casa algumas horas depois de Hermione ter acordado – não sem antes de esclarecer o relacionamento deles – deixando os garotos por conta do mais novo. Draco estava tão exausto mentalmente e fisicamente que sequer notou o tempo passar, assim como ser levado para um quarto particular. Acordou somente às quatro da tarde do dia dois de maio, praticamente se arrastando até o refeitório, ingerindo uma grande quantidade de comida. Normalmente ele não comeria muito, mas tinha gastado muita energia nos dois últimos dias e precisava se recompor.

Quando finalmente foi verificar como Hermione estava se assutou por não ter sido o único a ter a ideia. Ronald, Gina, Harry, Percy e Fleur estavam entulhados no quarto, sebendo Deus como não haviam sido jogados porta a fora pela superlotação.

-Não sabiam que estavam dando uma festa. – Draco comentou querendo quebrar o clima de tensão pela sua aparição repentina.

-Pensei que você não.... Gostaria de participar dessa. – O comentário de Hermione alarmou a todos. Seria possível que já tivessem brigado?

-Alguma hora vai entrar nessa sua cabecinha dura que eu vou aonde você for. Não vai se livrar de mim tão fácil, Hermione.

Aquilo talvez não fosse o ideal a ser dito no momento, mas sua cabeça ainda estava quente – principalmente por agora ter de lidar com mais convidados do que queria.

-Acho que seria uma péssima hora para fazer uma piada com a dureza da sua cabeça, Mione. – Rony tentou aliviar a situação.

-Rony! – Gina estava roxa de vergonha pelo comentário

-Mas é a verdade, não é? – Ela deu uma meia risada.

-Foi muita sorte não ter acontecido nada mais grave com você. Pensei que fosse morrer pelo o seu estado!

-Meu estado...?

Draco não podia deixar que os amigos acabassem alarmando mais a garota com as duras palavras. Decidiu então intervir.

-Como está a cabeça, Hermione? Ainda sente dor? – Ele se aproximou e pegou uma de suas mãos, colocando uma mecha para trás, analisando sua testa.

-Ela diminuiu bastante, Malfoy. Obrigada por perguntar.

Aquilo era realmente muito bizarro, os sobrenomes de volta sem estarem irritados.

-Fiquei surpresa por estar aqui, Percy.

-Era minha obrigação ver como você estava. Malfoy fez tanto por nós que eu precisava vir ter ver.

Ela olhava torto para o loiro que apenas se encolhia timidamente.

-Voldemort está mesmo morto, não é? – Hermione queria se garantir que não passara de um sonho o relato que Draco a contara na noite anterior.

-Ele não vai nos atrapalhar mais, Mione. Pode ficar calma. Embora eu quem devesse estar mais aliviado... – Harry ponderou.

-Nem ele nem os comensais vão nos perturbar.