SAIA DO MEU CAMINHO - PARTE 1

capitulo 26

Dafne

Chego no hospital tentando de todo o meu ser manter a calma mas por dentro estou em puro estado de desespero sem saber ao certo o que aconteceu com o meu cawboy.

- Cézar. - Ele está de cabeça baixa e quando eu o chamo ele não me vê por que simplesmente esbraveja com a Júlia.

- Que porra você tá fazendo aqui ? Isso é tudo culpa sua.
- Ele também é meu filho, Cézar.
- Você não deveria ser considerada mãe de ninguém.
- Chega !! Chega vocês dois, chega dessa confusão, não são vocês que importam, é o Douglas, nesse momento esqueçam de vocês e pensem nele.- Nessa hora o Dr. Renato aparece e não consigo decifrar de está com uma cara boa ou não. - Dr. Renato, me desculpe ligar para o senhor tão tarde mas era preciso, como é que o Douglas está ?
- A cirurgia foi ótima mas devido a extensão da queda se formou um pequeno coágulo no cérebro que conseguimos retirar.
- Mas... ?
- Mas ele está dormindo e pode demorar para acordar.
- Demorar quanto ?
- Infelizmente não posso dizer ao certo, pode ser horas ou dias.
- Ou ele pode não acordar ? É isso ? - Júlia pergunta entendendo o que tem nas entrelinhas.
- Sim, é isso.
Júlia cai na cadeira mais próxima com as mãos no rosto, Cézar está tão apático que não esboça nenhuma reação e eu só penso em uma coisa.
- Posso vê-lo ?
- Pode mas tenho que avisá-la, ele ainda está um pouco inchado.
- Eu só quero vê-lo.
- Tudo bem, converse com ele, ajuda na recuperação.

Olho para Júlia e Cézar como se perguntasse se tudo bem eu ir antes de qualquer um deles e a Júlia me sinaliza que sim. Sigo o doutor Renato até o quarto onde meu cawboy está, ele está com a cabeça quase toda enfaixada, tem hematomas por quase todo o corpo e somente ali, sozinha, finalmente vendo o estado em que ele está, eu choro, choro por que me dói vê-lo daquela forma, choro pela angústia que sinto ao vê que posso perder outra pessoa que tanto amo, respiro fundo e sentada em uma cadeira próxima seguro em sua mão.

- Não ouse Cawboy, você não ouse fazer isso comigo, está ouvindo ? Ainda temos muito pra conquistar, tem tanta coisa que eu quero te mostrar, te dizer, há tantos momentos pra vivermos juntos, não ouse me deixar dessa forma, eu não te perdoaria jamais. - Digo tentando segurar o choro e falhando miseravelmente. - Volta pra mim cawboy, não me deixa.

Leyla

Chego na fazenda do Geraldo e como a casa está vazia entro no seu escritório feito um furacão sem ninguém pra me barrar.

- Seu filho da puta desgraçado, por que você entregou tudo Geraldo ?
- Boa noite pra você também, como foi o seu dia.
- Vai pro inferno seu merda.
- Como é que pode uma mulher tão linda assim ter a boquinha tão suja ?
- Tínhamos um trato, Geraldo, o que a Júlia ou o Cézar te ofereceram ?
- Tínhamos um trato de fazermos o que combinamos na época, eu fazia e você me recompensava, eu não me lembro da parte da conversar que diz que eu não poderia falar nada se por acaso algum dos dois perguntassem. Fui pago pra fazer, não pra ficar calado mas soube de uma informação que se fechamos um acordo, podemos ser aliados novamente.
- Que informação ?
- Parece que o menino Douglas sofreu um acidente, precisou até de cirurgia, soube que está internado em um ótimo hospital em Goiânia entre a vida e a morte, é só mandar que eu faço Leylinha, dessa vez lembre-se de me pedir segredo. - Ele fala bem próximo a mim alisando o meu rosto. Em um ato de raiva pego o abridor de facas e cravo no peito dele, com o susto Geraldo me empurra e tira a faca jogando-a na mesa.
- Sua vagabunda, o que pensa que está fazendo ?
- Estou me certificando que você fique calado. - E sem pensar duas vezes pego a faca novamente e cravo de novo, repetidas vezes e em vários lugares, quando termino estou coberta de sangue daquele merdinha.

Ainda com a faca na mão saio e o Tony está me esperando no carro.

- O que é isso Leyla ?
- Matei o Geraldo, Tony. - Ele não fica surpreso e nem se afasta.
- Ótimo, era o que tínhamos que fazer, vamos embora antes que alguém nos veja.
- O Douglas sofreu um acidente. - Falo entrando no carro. - Está em um hospital em Goiânia, está entre a vida e a morte.
- O que quer eu eu faça ?
- Quero que se certifique que ele não tenha chance de ficar entre os vivos.

Continua....

Eas emocoes vao ficando cada vez mais forte entao te prepara porque faltam poucos capitulos para acabar