Capítulo I

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21 de abril de 2018

-Jeon, você não pode sair de Los Angeles assim. Você tem muito o que resolver aqui, sua boate. Vai mesmo deixar a Lux?

Ele sabe que a Lux é um lugar importante pra mim. Foi algo que eu sempre sonhei em ter, então, quando finalmente conquistei, tive e ainda tenho o orgulho de dizer que alcancei um de meus sonhos. E o Taehyung mais que ninguém sabe do quanto eu batalhei para chegar onde eu cheguei.

-Você vai mesmo me provocar Taehyung?- olhei pra ele- Eu só quero sair da rotina monótona de Los Angeles, se você não quiser ir, tudo bem. Fique. Agora, caso contrário você apenas faça o favor de confirmar nossas passagens por favor. Tchau- me despedi e virei, passando pela porta, indo até o elevador, apertando o botão que daria até o terraço do prédio do meu irmão.

O Taehyung não é meu irmão biológico, é adotivo, quando éramos menores, minha mãe encontrou ele, em uma praça, encolhido chorando, ele havia fugido de casa e estava a alguns dias já sem comer, era época de inverno e ele só tinha um casaco e uma calça em seu corpo, sentia medo de que as pessoas desconhecidas que passavam ali o fizessem mal, mas minha mãe simplesmente o deu um abrigo. Ela o acolheu, com o passar dos dias, foi criando um apreço por Taehyung e logo decidiu entrar com um pedido de adoção, e depois de alguns meses com o pedido de adoção sendo analisado como deveria, uma assistente social- a mesma que veio ver se minha mãe tinha condições para ter um filho- lhe trouxe a guarda legalizada de Taehyung.

Naquele dia minha mãe chorou de emoção junto a Taehyung, enquanto isso eu estava em meu quarto...

Não vou mentir; de início não gostei muito da idéia, de ter um irmão, e dividir minhas coisas, maltratei o Taehyung até notar que, o que ele queria e precisava, era de alguém para lhe dar carinho e atenção, e ele só encontrava isso nos braços da nossa mãe. Sempre que ele chegava perto de mim, eu fechava a cara, ele se encolhia, e com uma cara tristonha se afastava.

Até que um dia, parei pra pensar que ele não havia me feito mau algum, e que desde que entrou por aquela porta ele só tentou criar um vínculo com seu novo irmão, e eu sempre sendo grosso com ele na maioria das vezes, até que então eu resolvi mudar de atitude. Lhe chamei para brincar com os meus brinquedos e preparei um piquenique para nós dois no quintal de casa.

De primeira ele ficou acanhado no canto dele, provavelmente com medo de mim, o que não era de se esperar menos, mas aos poucos foi se soltando.

E naquele dia quando vi seu famoso sorriso quadrado e seus olhinhos puxados brilharem, eu vi que Taehyung era meu irmãozinho mais novo, e eu faria de tudo para proteger ele de qualquer um, e que se fosse preciso o prenderia em uma bolha de proteção.

Cheguei na Lux e fui para detrás do balcão pegar uma bebida qualquer, eu só queria beber para relaxar os músculos.

Enquanto bebia pensava no que o Taehyung havia me dito sobre a Lux. Eu tenho outras filiais da Lux espalhadas por ai, mas a que tenho aqui em Los Angeles foi a minha primeira, ou seja, o carinho que tenho por ela é bem maior em comparação ao carinho que tenho pelas outras.

Me servi mais um copo dessa vez de whisky, e fui até meu piano me sentando diante dele, depositando meu copo em cima do mesmo.

Fazia tempo que eu não tocava, e eu realmente gostava muito do som que saia das teclas cada vez que apertava uma nota diferente.

No meio da canção, escutei meu celular vibrar no meu bolso traseiro.

-Fala Taehyung!- falei um pouco bravo por ele ter me interrompido.

Ele Será Meu! | jjk+pjm [REESCREVENDO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora