A consciência verde e amarela
Viu o sinal vermelho e não entendeu pra parar
Tão acostumada com o alviverde do campo
Ao ver a cor, decidiu se expulsar.
E vermelha assim ficou
Raivosa, se iludia no mundo novo.
E vermelho o país ficou.
Não por ideais, sim pelo sangue do povo.
Eles acham que está tudo bem
Que alcançarão o céu azul
Eles acham que tem sangue azul...
Bando de inocente pau no cu.
Eu vi um homo ser morto por homem
Sem cor, sem respeito, assassinado.
Outro homo levanta bandeira colorida...
Exagerado.
Compraram a laranja podre da feira
Ainda não distinguiram o tom
Estamos tentando enviar a nota fiscal
Ainda defendem o negócio marrom.
Verde, confirma essa zona.
Número, verde, confirma essa zona.
Quer ver de longe? Eu vi de longe!
Não há mais verde na Amazônia.
O Herói Dourado, o Herói Dourado...
Era um vilão fraco e frouxo
Os fãs defendem o herói dourado
E nada com a esposa de olho roxo
Um sorriso amarelo percorre o país.
Do Norte ao Sul, do Sul ao Norte.
Eles me perguntam qual que é a cor do futuro
E eu pergunto qual que é a cor da sorte...
O Brasil é cinza com z de Brazil
Da ponta do pé até a ponta do peito
A ponta da mira de um cruel fuzil
Aponta, e lá se vai mais um corpo preto.
Preto tá chato, preto tá chato.
Preto quer tudo, filho da puta.
Tomamos tudo que os pretos tinham.
Menos a cor, preto é luta.
Preto não é moda, preto é foda.
Preto não é rock, preto é rocha.
Preto é luto, preto é luta.
Para o preto, um carrasco e uma corda.
O Sol há de brilhar
E iluminar outro dia de branco
Assim como todo e qualquer outro dia
Pelos últimos cinco mil anos.
Bronze não existe, a prata é chacota.
Só o ouro é quisto como ambição.
Para um povo com diversas cores
Não somos nenhuma cor como nação.
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Versus
PoetryColetânea de letras/poemas compostos a base de instintos e instrumentais.