Gravidade

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Quero voar, eu vou voar, ah, eu vou lá.

Onde lágrimas se tornam gotas de chuva.

Quero voar, eu vou voar, ah, eu vou lá.

Onde lágrimas se tornam gotas de chuva.


Eu quero voar, não posso voar, pois eu não permito.

Logo estou de volta aqui, no início do infinito.

Eu quero voar, e eu já nem sei quantas vezes repito.

Pois me assusto ao ver tantos voando rumo ao finito.

Eu quero voar, não posso voar, pois eu não me aguento.

Essa gravidade, que tortura, que me prende rente ao centro.

E expele tantos por aí, com a leveza do vento...

O calor da minha fala, e a frieza em meus pensamentos.


Eu não sou de chover, eu não sou de marcar.

Eu não sou de chover, eu não sou de ficar.

Eu não sou de chover, eu não sou de voar.

Eu não sou de chover, eu só sou de falar.


Já nem quero voar, eu já nem quero tanto.

Eu até já te quis, hoje eu quero o seu perdão.

Já nem quero voar, eu já nem quero tanto.

Não, não, não, não, não, não, não, não.


Eu não sou de chover, não sou de perdoar.

Eu não sou de chover, eu não sou de abraçar.

Eu não sou de chover, eu não sou de molhar.

Eu não sou de chover, eu só sou de falar.

Eu não sou de chover, eu não sou de lá.

Eu não sou de chover, eu não sou de mentir.

Eu não sou de chover, eu não sou de chamar.

Eu não sou de chover, eu só sou de existir.

VersusWhere stories live. Discover now