Motivos para desconfiar

2.3K 135 80
                                    

comentem pq esse capítulo tem mais de 2k de palavras, me ajudem. KKK

________

— Demorou! — Minha irmã abriu a porta de casa.

— Nossa, aconteceu uma merda no caminho — Bufei relembrando a cena — O carro que estava na minha frente no farol foi acertado por outro no cruzamento, acredita?

— Caramba, Ju! E acertou você? — Rafaella me olhava aflita.

— Não mas por pouco. — Me sentei no sofá grande — Isso me trás péssimas lembranças... — Suspirei trazendo Rafael na memória.

— Rafinha... — Ela suspirou também — já fazem cinco anos... quase seis.

— Sei lá. As vezes me sinto horrível por... você sabe... aproveitar a morte dele pra me casar com a Mad.

Aquilo realmente me atormentava sempre que me lembrava de Rafael Alcântara.

— Já te falei isso, e você já frequentou psicólogo pra tirar esse pensamento de ti. Então para! São coisas da vida.

— Mas se ele não tivesse falecido, as chances de eu estar com a Mad é de zero. Eles não terminariam nunca... ele era muito bom pra ela.

— É mas ele faleceu. E você foi escolhido pela Madison pra ser o homem da vida dela, então para de pensar nisso, ou vou falar pra todo mundo e você vai voltar pro psicólogo.

Assenti desanimado e cruzando os braços. Madison também foi ao psicólogo pra tentar entender seus sonhos e até hoje nada de uma resposta concreta, até porque era impossível. Mas ela está melhor com a morte do ex-namorado e ter um filho a ajudou. Principalmente pela minha iniciativa de homenagear o nome do Rafael no nosso filho.

— Ei, olha quem chegou vovó!

Minha mãe chamou atenção entrando na sala com Yris no colo. Até hoje não compreendo minha mãe chamar a Yris de vovó sendo que quem é a avó da história e ela...

— Princesinha!

Me levantei do sofá com um sorriso enorme e incontrolável, era incrível o jeito que aquela pequenina arrancava todas as preocupações ou aflições do meu peito.

Yris gritou e ergueu os bracinhos querendo pular pra mim e minha mãe me deu um beijo na bochecha antes de me entregar minha filha.

— Ela nem sentiu sua falta, acredita? — Mamãe me olhava.

— Sentiu sim. Ela só não sabe falar, não é filhota? — Peguei em sua mãozinha e beijei — Como foi ficar com essas duas doidas? — Yris ria.

— Doidas nada, você me respeita. — Mamãe me deu um tapa na cabeça.

— Hoje eu dei um pedacinho de chocolate pra ela provar, ela ficou duas horas chupando. — Rafaella gargalhou.

— Tá vendo quando eu falo que vocês são doidas... se a Mad sonhar com isso, me mata. — Me sentei no sofá e deixei Yris engatinhar no chão.

— Falando na Mad... como vocês estão? — Minha mãe se sentou ao meu lado.

— Bom... eu acho que bem. — Afirmei um pouco tenso lembro das coisas que havia visto mais cedo.

Acha? — Mamãe enfatizou.

— É mãe. Estamos casados agora, não é todo dia que tudo está mil maravilhas. — Bufei.

— Ok, não precisa ficar estressado. — Ela se afastou — mas quero que saiba que o que precisar, estamos aqui ok? Se precisar conversar, dormir aqui pra esfriar a cabeça... vocês têm dois filhos agora, precisam ser responsáveis, nada de acharem que é um namorinho igual no passado.

𝐏𝐋𝐄𝐀𝐒𝐄 𝐌𝐄  | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora