Livro 11
Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...
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Ao amanhecer o meu hino favorito estava em minha mente e enquanto eu me ajeitava para descer, cantarolava. Jack não estava mais na cama e tenho certeza que tenha ido fazer a ronda matinal, tenho que me acostumar em ser esposa de soldado. Terminei de me arrumar para descer com esse pensamento, em me esforçar em ser paciente com suas ausências e ensinar a Liz também ter paciência com o pai.
Quando vou descendo as escadas ouço barulho vindo da cozinha e um cheiro maravilhoso de comida preenchia todo o ambiente em que nos encontrávamos. Acelero meus passos e encontro meu marido na cozinha com avental fazendo panquecas para o café e cantarolando um hino.
- Humm que cheiro maravilhoso! - digo encostando na porta da cozinha e o vendo se virar para mim com um lindo sorriso.
- São panquecas amor. Eu aprendi fazer e decidi que seria um bom café para nós dois.
- Dormi demais. - assumo envergonhada.
- Foi bom, descansou, ontem foi corrido e dormimos tarde. - ele diz me fazendo corar por lembrar o que fizemos.
- Tenho que ir buscar a Liz. - digo desconversando.
- Nós vamos sim antes do almoço. Agora sente aí e vamos tomar nossa primeira refeição como marido e mulher.
Eu fiquei lembrando quando tomamos nosso primeiro café junto com os pais de Claudia e de que eu não faria ideia que hoje eu estaria aqui tão feliz.
- Em que pensa tanto?
- Uma nostalgia que me deu sobre a primeira manhã na casa de Claudia. - digo para ele com um sorriso.
- Foram dias bons. Mas agora estou melhor. Ter minha esposa e minha filha, uma casa aconchegante e ter voltado para o Senhor foram o melhor dessa cidade para mim. Pena que... - ele fala olha para mim, desvia para o fogão e começa a comer.
- Pena que? - me preocupa a expressão dele. - Jack o que se passa?
- Eu não queria Débora, mas vou precisar viajar a trabalho. - ele passa a mão pelo cabelo e volta olhar para longe. - Não casei para te deixar aqui só. Já pensei em sair da corporação, mas Deus não confirmou minha oração e não quero passar a frente de Deus.
- Jack escuta uma coisa. - digo me levantando e indo até perto dele. - Quando eu casei com você eu já sabia que isso poderia acontecer. Sei que estão procurando aquele bando de terroristas e que você é um dos melhores soldados. Não se preocupe, nós vamos ficar bem. Quando vai?
Ele então me abraça encostando a cabeça na minha barriga e fala num sussurro:
- Hoje no final da tarde. - sinto lágrimas descer pelos meus olhos, eu queria ser forte, mas saber que não passaria nem vinte quatro horas casada para meu marido viajar e ainda por cima sem saber como vai ser era muito duro para mim.
- Vai terminar tudo bem amor. - disse tentando disfarçar as lágrimas para não passar tristeza para ele.
- Tome seu café eu vou pegar nossa menina e já volto. - ele diz levantando e eu o seguro pela mão.
- Jack! - digo para ele me olhar. - Não fique assim, lutas e provações passamos todos os dias e essa é mais uma. Venha eu não quero mais o café vamos subir e ficar juntinhos e depois pegamos a Liz juntos. - ele me olha e abre um sorriso amarelo.
- Eu verdadeiramente casei com a melhor mulher do mundo. - disse isso e me pegou no colo já subindo as escadas.
Passamos a manhã toda juntos nos amando e trocando carinho. Ele em dado momento desceu e pegou algumas frutas para nós que não havíamos comido nada e quando vimos que já era hora do almoço decidimos ir para perto de Liz.
- Papai! Mamãe! Eu pensei que tinham sido alebatados! - ela diz ao nos ver entrar na cozinha da casa de Claudia e soltando seu almoço corre para os braços do pai.
- Não minha linda, nós estávamos descansando um pouco ontem o dia foi cansativo. - ele diz a colocando no colo.
- Que bom que chegaram em tempo de comer também, venham se servir. - Claudia diz.
- Humm não vamos desperdiçar a oportunidade não é Débora? - Jack diz soltando Liz que corre para o prato novamente.
- Nós aceitamos pois não fiz nada lá em casa. - digo um pouco constrangida.
- E aí Jack você vai mesmo? - Claudia pergunta e nós olhamos para Liz para ver se ela ouviu.
- Sim Claudia não posso dizer que não vou.
- Eu compreendo. Não se preocupe com as meninas eu tomo conta delas. - ela diz e me olha com um olhar de que entende o que estou sentindo.
- Obrigada Claudia, estou tranquilo quanto a isso. Thiago agora é nosso vizinho também e poderá dar um suporte a noite se Débora precisar.
- Papai vai embola?
- Não amor, papai vai trabalhar é diferente. - digo para não criar clima ruim.
- Eu cuido de mamãe pala você papai. - ela diz com uma carinha fofa.
- Eu sei que sim filha, por isso te amo. - ele diz e todos fazem um suspiro emocionados.
Conversamos mais um pouco na casa de Claudia com a chegada de Thiago, ficamos sabendo que eles iam noivar e que iam esperar Jack voltar para se casarem e então fomos os três para nosso lar. Em casa os dois ficaram brincando de esconde esconde e por vezes derrubavam as coisas de dentro de casa.
No final da tarde um dos soldados que ia com Jack veio trazer Trovão para nós e eu sabia que seria a hora dele partir. Orei pedindo a Deus que me desse força e sabedoria.
- Vou colocar a Liz para dormir um pouco e venho. - ele diz subindo as escadas com ela já toda mole em seus braços.
Ao descer me abraçou por trás quando estava na janela e fomos em direção a Trovão que estava na frente de casa.
- Jack eu não vou segurar as lágrimas mais quero que saiba que te amo e não estou triste, só concorde comigo que é uma sensação ruim te ver partir.
- Eu sei Débora, não precisa se preocupar, vou voltar para você e para nossa filha também. - ele diz me abraçando e nos beijamos por um longo tempo.
- Eu te amo. - digo.
- Eu também te amo. - ele diz me beijando a testa e subindo em seu cavalo.
Fico olhando ele partir com lágrimas rolando nos meus olhos e minha única oração é que Deus o guarde e o livre e o traga em paz para mim.