Será Você a Pessoa Certa? [DEGUSTAÇÃO]

CAPÍTULO 01

HENRY S. THOMPSON

Aos vinte e um anos e já estou amarrado, porém estou feliz.

Minha bela garota Rachel.

Estamos vivendo juntos há seis meses. Namorando desde os dezoito anos e assim que eu me formar, vou pedi-la em casamento. Minha família ainda não sabe que estamos dividindo um loft, melhor assim.

Conhecendo meu pai, o grande lutador Tyler Sullivan, ele vai falar que é muito cedo e que devo namorar mais e curtir a vida. Às vezes não entendo meu pai, já colocou dois namorados da Isa para correr, mas seu filho tem que ser pegador.

Olho para o relógio e sorrio. Seis da noite. Há duas semanas estou tendo aulas extras à noite. Apesar de estudar de manhã, hoje o professor passou um e-mail avisando que não teremos aula. Sempre mando uma mensagem para Rachel avisando que vou chegar cedo, mas hoje quero fazer uma surpresa.

Passo em um restaurante mexicano e encomendo sua comida favorita para entregar às oito horas. Passei também na floricultura e comprei flores. Vou dirigindo ouvindo uma música e cantando baixo.

Chego ao prédio e estaciono na minha vaga. Vejo o carro da Rachel e sorrio.

— Ela está em casa. — Entro no elevador com as flores e fico imaginando o sorriso que ela vai dar ao ver suas flores favoritas.

Ela está sendo bem compreensiva com minhas aulas extras. Afinal, quase não podemos sair por causa delas. Rachel ama uma balada. Somos tão diferentes, mas eu a amo.

Abro a porta e entro sem fazer barulho. Escuto um barulho no nosso quarto. Ao me aproximar da porta ouço gemidos. A abro e quando vejo a cena sinto nojo.

Meu coração se quebra em mil pedaços.

— Sua vadia! — Assim que grito, o homem pula de cima dela com os olhos arregalados em minha direção e se enrola no lençol.

— Henry eu posso explicar. — Não a escuto.

— Você pega as sua roupas e fora da minha casa antes que eu chame a polícia! — Esbravejo enfurecido para o homem que junta suas coisas e sai correndo porta fora.

— Henry eu posso explicar. — Olho para ela com escárnio.

Meu coração está quebrado em mil pedaços. A dor no peito é insuportável.

— Você tem uma hora para sumir daqui. — Digo e saio do quarto.

Vou até a cozinha jogando as flores no lixo. Fico sentado num banco com as mãos no rosto e depois de um tempo Rachel aparece falando a mesma ladainha.

— Henry eu sinto muito. — Nem se quer a olho.

— Vai embora Rachel. Poupe-me de mais mentiras. — Falo sem mover a cabeça. Escuto quando a porta da frente bate. Suspiro cansado.