Será Você a Pessoa Certa? [DEGUSTAÇÃO]

CAPÍTULO 03

ANDREI NICOLAIEV (BISPO)

Olho para o tabuleiro de xadrez e sorrio.

Todas as peças estão marcadas por nomes e chegou a hora de movimentá-las. Começar a operação que dará fim a organização Tonatiuh ou a organização do Sol, como é conhecida.

A vida é como um jogo. Tem seus vencedores e seus perdedores.

— Então Juan Geremy... Vou fazer de você um perdedor e sua tão amada organização também. Sua família como vocês falam, será reduzida a pó. — Fico sorrindo com a peça do rei na mão até que batem na porta. — Entre! — Vocifero.

— Senhor, tudo pronto. Nossos homens já verificaram tudo. A mulher está com cinco seguranças que não são da Sol e o Maik Cooper chegou com uma criança para fazer a escolta da mulher. — Assim que ele fala me viro em êxtase.

Vou matar duas peças de uma vez. A torre e o cavalo.

Além de abalar Juan Geremy com a perda da sua filha, ainda abalo a rainha que além de perder a filha, vai perder o irmão e o sobrinho.

— Dois carros com cinco homens além do motorista. Matem todos!

— A criança? — Ele me pergunta sério.

— Eu falei todos! Vou varrer todos os Geremy e todos os Cooper da face da terra. Essas duas famílias são malditas. Proliferam-se como pragas que serão eliminadas. — Vocifero batendo no tabuleiro e jogando todas as peças no chão.

— Sim senhor. Vamos pegá-los no estacionamento. Dois carros, eles não terão chances. — O mando sair fazendo sinal com a mão.

Organizo novamente as peças no tabuleiro e vou até onde o nosso hacker estar. Uma sala malditamente fria cheia de computadores. Ele está sendo bem pago para fazer o que faz. Vou esperar o retorno dos meus homens e vou ligar para o Juan Geremy para dar os parabéns pela perda da sua preciosa filha e o cunhado. Não posso esquecer o moleque. Fico sorrindo.

Algumas horas depois dois dos mercenários voltam. Fico esperando a boa notícia.

— Senhor... Eles reagiriam, não conseguimos.

— Mas como? Cinco seguranças despreparados, uma mulher, um atirador de elite e uma criança. Dez homens não conseguiram abater um pequeno grupo? — Esbravejo com fúria.

— Apareceu um carro e bateu no segundo furgão atrapalhado nossos planos. O motorista deve ter ficado com a criança, pois a mulher chegou atirando com tudo. Ela é melhor no alvo que o Maik Cooper. Perdemos a maior parte dos homens. — Não tinha como dar errado. Penso com raiva.

— Porra! — Grito e soco a mesa. — Quem era o homem que bateu no nosso furgão? Quem?

— Não sabemos, mas gravei a placa de cabeça. — O outro mercenário fala.