Chuva (pt.1)

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Oi Oi!
Então, né..... Quem é vivo sempre aparece!

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- Começou a chover!

Depois dos três terem jantado, Cat percebeu os vidros da janela molhados  e foi fechar a porta da sala para que a chuva não molhasse a casa também.

- Acho melhor você ir pra casa Dice, a sua mãe vai ficar preocupada.

- É, então , eu ja tenho que ir - Dice levanta da mesa depois de ver que eram oito e meia da noite. - Aí Cat! Empresta um guarda chuva?

- Claro, mas me devolve amanhã, preciso pra ir pra escola - caminhou até o quarto e pegou o seu guarda-chuva amarelo com bolinhas brancas, entregando para Dice quando voltou à sala.

- Valeu, eu devolvo amanhã - ele anda na direção da porta, mas é bloqueado por Sam, que surgiu em seu caminho como uma assombração, parando em sua frente e roubando o objeto em suas mãos.

- Pra quê esse guarda-chuva? Tá só caindo uma chuvinha de nada lá fora.

E logo a janela foi iluminada por um feixe de luz  e um enorme estrondo veio dos céus, assustando os três .

- Ah sim é só uma chuvinha mesmo. - outro trovão soa - Ei Cat! Bem que eu podia ficar aqui, né? - mesmo inconsciente disso, ele usou da sua carinha infantil para tentar persuadir a ruiva.

- Ah Dice a sua mãe vai ficar preocupada, você não pode ficar aqui.

- Mas....

- Sem "mas" moleque, agora pode ir embora - Sam diz abrindo a porta e dando passagem ao menino.

- Tá, então me devolve o guarda-chuva - com expressão meio murcha ele se conforma e vai até a porta.

- Não precisa disso, você mora praticamente do nosso lado.

- Mas, eu vou me molhar! Eu posso ficar doente e a culpa vai ser sua!

- Que nada! Não precisa ter medo, você não é feito de açúcar, pode ir com segurança.

- Ta bom então, já que você insiste, eu vou ficar aqui mais um pouco - da meia volta e se senta no sofá. - agora me conta aqui. O que vocês tavam fazendo antes de eu chegar?

- Aqui está o seu guarda-chuva, vá com Deus, meu filho - Sam o pega pelo braço, entrega o objeto e o põe pra fora de casa.

Em seguida fecha  a porta e se vira, vendo Cat mais tensa, diferente de alguns minutos atrás.

- Ele foi embora.

- É...

- E nós estamos aqui - caminha lentamente até a ruiva atrás do sofá - sozinhas

- É....

Sam, agora mais próxima da ruiva pôde ver que ela parecia um pouco nervosa. Então pegou sua mão numa tentativa de acalmar ela.

- Tudo bem?

Cat engoliu em seco e voltou do seu estado de transe, causado pelo nervosismo que sentia em estar sozinha com Sam depois do que aconteceu. Tentando achar uma escapatória, soltou sua mão e foi em direção à cozinha.

- Eu vou lavar a louça.

- Eu te ajudo. - diz não com com muita vontade de ajudar, mas não querendo se afastar da ruiva.

- NÃO PRECISA! - Cat grita, ainda nervosa. - eu consigo! - começa a lavar os pratos.

- Mas... - da mais alguns passos à frente.

- Não precisa!

Sam, vendo que a colega estava mesmo desconfortável, resolveu dar um pouco de espaço por enquanto.

Foi ao banheiro para escovar os dentes e tomar um banho antes de se vestir  para dormir.

Aproveitando esse momento sozinha no chuveiro parou para pensar no que tinha acontecido naquela tarde.

Finalmente tinha beijado Cat! E isso a enchia de um sentimento quase que inexplicável de euforia e medo.

Não sabia porquê, mas desde que conheceu a pequena ruiva no caminhão de lixo sentiu que poderiam se dar muito bem juntas. A partir daí parece que foi isso que aconteceu e os sentimentos só foram se tornando mais fortes entre as duas.

Até mesmo a resistência de Sam em dar e receber abraços foi sendo totalmente destruída pela doçura de seu carinho e perfume inigualável.

Mesmo que fosse um pouquinho difícil de admitir, estava cada vez gostando mais de abraçar o corpo pequeno da ruiva. De poder tocar a maciez de sua pele e sentir cheiro que a deixava até mesmo perdida em pensamentos e sensações por alguns segundos.

E aquele sorriso......

Aquele sorriso com certeza a fazia se perder em um mundo completamente diferente. Um mundo onde só existia o lindo rosto de Cat sorrindo para si, mostrando toda a sua felicidade através dos olhinhos apertados entre os cílios, pelas bochechas cheias meio avermelhadas e pelos lábios esticados num sorriso que mostrava seus belos dentes.

Pensar que vive nessa casa faz só três meses e mesmo assim já sente tanta falta quando ela não está. E que depois de tantos altos e baixos finalmente conseguiu beijar os lindos lábios, pertencente a pessoa que deixava tão feliz cada dia, era maravilhoso.

Mas mesmo que Cat tenha correspondido quando também a beijou , Sam começou a se sentir um pouco inquieta por não saber como a outra se sentia sobre o beijo.


Até o próximo!

Sam & CatWhere stories live. Discover now