Capítulo 3

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Sarah Paulson POV.

Foda-se é isso que eu acho. Foda-se! As coisas são bem mais fáceis quando você diz foda-se ou vai se foder para alguém ou pra vida. Pra que lutar ou se esforçar por algo que vai dar merda ou não vai chegar nem em dar em algo? Okay, parece que eu sou uma filha da puta que não da a porra da minima pra nada, o que não é verdade - na maioria das vezes... eu acho -

Pra mim não existe razão no mundo pra uma pessoa que está sofrendo continuar sofrendo. Eu costumava fazer muito essa merda de sofrer, e cá entre nós era horrível, mas no momento que eu percebi que não iria adiantar de nada só iria piorar se eu continua-se daquela maneira, eu decidi que eu merecia mais do que eu achava, logo as coisas mudaram e foi pra melhor.

Minha vida nunca foi das melhores, meu pai me desprezava, minha mãe me suportava, e minhas irmas me detestavam. Quando eu nasci, meu pai ficou desapontado por ter mais uma menina e não um tão sonhado menino, minha mãe teve depressão pós parto, e minhas irmas não queriam nem fodendo mais uma pessoa para ter que dividir as coisas. Ou seja eu era a excluída da família.

foi assim que minha infância decorreu, mas as coisas só pioraram quando minha família descobriu que eu estava namorando uma menina. Eles me bateram a ponto de eu ter que passar um tempo internada num hospital, e me proibiram de ter qualquer proximidade com qualquer menina. Um bom tempo se passou e meus pais descobriram que novamente eu tinha beijado uma menina, meu pai ficou com tanto ódio e nojo de mim que pagou a 5 caras por volta dos 18/20 anos para transarem comigo, eu permitindo ou não, e obviamente eu não dei consentimento mas mesmo assim fizeram, e eu tinha apenas 15 anos na época.

Quando eu descobri que foi meu pai que havia mandado aqueles meninos foderem com minha vida, eu já estava com 18 anos e tinha bastante dinheiro guardado, então decidi ir para uma faculdade interna de artes cênicas bem longe da minha família, foi lá que conheci Sandra, nos tornamos melhores amigas e até nos pegava-mos as vezes, mas nunca foi nada de mais pra nenhuma de nós.

Eu nunca tinha me apaixonado por ninguém, o que mudou quando vi minha mais nova professora, era a atriz Holland Taylor, ela tinha decidido passar 1 ano longe das câmeras e dos palcos, porque havia recebido um convite para ser uma especie de professora com experiência, para ensinar as pessoas que queriam ser atrizes/atores. Gostei dela no segundo que a vi e foi o mesmo pra ela, passamos o ano todo flertando e quando Holland enfim saiu da faculdade, a primeira coisa que fez foi me chamar pra sair e 1 mês depois já estava-mos namorando.

Hoje cedo recebi uma ligação de Cate que obviamente não estava bem, só podia ser o bosta do marido dela! Eu não suporto o Andrew, ele não era bom pra Cate. Andrew a machucava muito mas ela não desistia dele ou denunciava ele, ela usava a filha como desculpa, dizia que não podia se separar porque tinha uma filha que ainda era muito pequena, e que ela iria precisar de um pai ao seu lado, mas eu não podia fazer nada em relação a seu relacionamento, eu apenas a aconselhava pois não cabia a mim decidi nada.

Enquanto falava com Cate percebi pela sua voz que ela havia chorado, então sugeri que fossemos a um bar pra beber, nos divertir e dançar ela aceitou – que dizer... Ela meio que aceitou – As horas passaram e logo fomos em busca de diversão, fazia um bom tempo que estava-mos lá, então Cate decidiu ir no banheiro retocar a maquiagem e demorou 1 seculo pra voltar, quando em fim ela lembrou da minha existência e resolveu voltar veio junto com a pessoa que ela mais odiava na faculdade.

Cate. Eu e Sandra cursamos a faculdade no mesmo lugar, Eu era amiga de ambas, porém, elas não se conheciam apenas se odiavam pelo fato de terem ciúmes por eu dizer que tinha 2 melhores amigas, elas queriam ser únicas e eu até achava isso engraçado, elas nunca quiseram se conhecer, então fiquei chocada quando as vi caminhando juntas em minha direção, o mais chocante ainda foi ver as duas se olhando sem parar e eu conhecia perfeitamente bem o olhar de cada uma para saber que estavam se comendo através deles.

Passamos mas algumas horas na boate até que decidimos ir embora, Sandra chamou um uber e eu liguei pra Holland pra me levar e levar Cate pra casa. Assim que meu amor chegou, a roubei um beijo - e que beijo! - ao cessar o beijo nos olhamos e ela riu e me chamou de alcoólatra, o que me fez sorrir. Enfim estava-mos no caminho de casa e eu percebi que Cate estava sorrindo e como eu sabia o motivo decidi brincar com ela.

- Então... Sandra Bullock - disse e olhei pra ela com um sorriso no rosto -

- O que tem ela? - perguntou Cate um tanto quanto nervosa e tentando desfaçar o sorriso -

- De onde conhece ela?

- A conheci hoje!

- Serio? vocês me pareceram tão intimas.

- Que? Não... é... nós não... não era nada! - Holland olhou pra mim e riu enquanto maneava a cabeça em forma de "não", até ela já havia percebido que tinha algo ali -

- Então porque vocês não paravam de se olhar enquanto dançavam?

- Nós não estava-mos nos olhando!

- Então pra quem foi aquela piscada de olho que você deu?

- Sandra para!

- Meu nome é Sarah, está pensando tanto nela que até está confundindo os nomes - Holland só fazia rir da situação-

- Só confundi os nomes porque você não para de falar nela!

- E você não para de pensar nela!

- Vai se foder Sarah!

- Vai se foder você sua palhaça, e me empresta teu celular.

- Pra que?

- Vai logo! - ela me entregou o celular e eu coloquei um número nele -

- O que é isso?

- É o número da Sandra!

- Pra que isso? - quando a Cate disse isso, holland aproveitou que o sinal estava fechado e olhamos juntas para o banco traseiro focando a visão em Cate -

- Vocês duas são ridículas!

- De nada! - Eu disse e Holland sorriu e deu partida no carro -

- Obrigado...- nós 3 rimos - mas por favor não fala nada pra Sandra, por favor! nos conhecemos literalmente hoje, não to afim de assustar ela.

- Acredite em mim meu bem, de todas as reações possíveis no mundo, assustada é a unica impossível.

- Tá, mas não fala nada!

- Okay...

Enfim deixamos Cate em casa e logo seguimos para a nossa, quando chegamos, agarrei Holland pela cintura e a beijei, logo subimos as escadas e tomamos um banho juntas, o que resultou numa bela transa no chuveiro, que resultou em outra transa na cama e mais uma quando acordamos no dia seguinte.

Between the linesWhere stories live. Discover now