42. Nem tudo muda.

5.1K 643 773
                                    

Boa leitura! Assim como eu fiz o capítulo no ponto de vista do Jug, fiz um no ponto de vista da Betts.

Lembro-me até hoje quando ele me deixou; lembro-me de cada palavra escrita naquele papel; lembro-me de como me senti e como reagir aquilo.

Foi como se jogar do precipício, na qual permaneci caindo por um bom tempo. Na verdade, até hoje.

Mas eu tive que superar, seguir em frente. Obviamente, foi uma decisão difícil a ser tomada, mas foi necessária. As coisas ruins que passei foram necessárias para a mulher que eu me tornei hoje, no fim, não me restou arrependimentos de nada, apenas mágoa do que poderia ter feito e não foi.

Os acontecimentos de anos atrás me tornaram a Doutora Cooper, médica, especializada em cirurgias gerais, além de ter me formado em administração também para ajudar meu pai com os negócios; digamos que, eu tenho dois empregos e sim, eu posso dizer:

Eu não preciso disso, eu tenho dois empregos”

Sem a parte do marido, óbvio. Não preciso que ninguém me banque e nem quero.

Mesmo com toda essa casca que me envolve, com toda a independência e, modéstia parte, riqueza, eu ainda o sinto.

Sinto o seu toque sobre a minha pele, sinto a sua respiração calma e quente sobre o meu pescoço, sinto... Ah, sinto como se ele nunca estivesse fugido de mim, como se ele nunca tivesse me abandonado.

E essa é a minha fraqueza como mulher.

Às vezes, me pego imaginando como ele estaria nesse exato momento, com que estaria, se ainda gostava de hambúrgueres, se tinha sido alguém bem sucedido após a formação que eu não ousei perguntar ao Archie desde a nossa formatura.

Boa parte dessas perguntas eu não quero uma resposta, pois sei o quão elas podem me afetar, o quão elas podem me machucar.

Independente de como ele esteja ou com quem ele esteja, eu espero que ele tenha a felicidade presente nos seus dias; por mais que eu não tenha conseguido fazer o mesmo, motivado pelo caos que ele deixou em mim e pelo efeito que nunca sequer se esvaiu.

A porta foi aberta pela enfermeira e fez com que eu tivesse os meus pensamentos interrompidos.

— Betty, o diretor do hospital está te chamando na sala dele — avisou e no mesmo momento, eu ms levantei para seguir em direção ao local indicado.

O hospital naquele dia não estava entre os dias mais calmos, porém não se encontravam tão agitados. Em outras palavras, poderíamos colocá-lo como intermediário; nos corredores, passei por algumas alas e conversei com alguns pacientes que continham alguma deficiência ou que eram atingidos por câncer, alzheimer ou etcetera, perguntando se estavam bem e se precisavam de algo.

A decisão da minha profissão não foi algo que eu sempre quis, foi algo que eu escolhi sem nada influenciando em minha decisão; não acreditava que há uma profissão exatava para mim, mas sim que eu escolheria uma profissão que quisesse exercer, deixando a ética acima de tudo como um item infalível e insubstituível.

Não adiantava me formar em medicina e tratar os meus pacientes de forma maldosa. Aquilo não faria parte de mim!

— Me chamou? — perguntou, após bater na porta e entrar.

— Sim — respondeu e balançou a cabeça para afirmar —, entre e sente-se.

Fiz o que ele pediu e ao sentar, ajeitei o meu jaleco branco sobre o meu corpo. Ele pigarreou e começou a falar:

— O hospital de Burnaby me ligou e pediu que transferisse alguns funcionários para lá, dentre todos os outros funcionários, pensei que você se encaixaria mais — olhou para a loira que se mantinha nervosa, já sabendo do que se tratava — gostaria de saber se você tem interesse de se mudar para o local e passar a trabalhar no mesmo.

Elizabeth abriu e fechou a boca, sem saber o que dizer.

— Bom, você me pegou de surpresa — confessou — e uma decisão tão séria como essa precisa ser pensada com calma. Então, é necessário que eu responda agora?

— Não! Você pode me dar a resposta em seu próprio plantão que ocorrerá... — instigou, esperando uma resposta.

— Quinta-feira.

— Ok, quinta-feira — repetiu e esboçou um sorriso fraco em seguida —, era somente isso.

Ambos se despediram e Elizabeth saiu do local. O celular da loira vibrou e ela desbloqueou, revelando a foto que nunca teve coragem de tirar como wallpaper; era uma foto do Jughead sorrindo enquanto a olhava.

Apesar do longo tempo, nem tudo muda.

━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━

Ok, eu queria aproveitar a atualização do capítulo para dizer que eu estou muito brava com vocês.

E eu não estou brincando, me chateou muito com o que eu li nos comentários do capítulo passado e que foram relacionados a Maggie.

Qual o motivo que vocês têm para odiar a garota? Ela entrou na história agora, não fez parte da merda que Jones fez e sofreu mais hate do que o próprio garoto. Se havia alguém que vocês tinham que ter ranço, ódio e outros inúmeros adjetivos horríveis que vocês comentaram, era do Jughead.

Eu sei que vocês querem que eles fiquem juntos, mas isso não vos dá o direito de xingar alguém por apenas se relacionarem com o protagonista. Cadê a sororidade de vocês? Não eram vocês que são feministas? Ei galera, feminismo não é só se amar não, ok?! Se vocês acham que é apenas isso, tá fazendo tudo errado e eu sugiro que leiam sobre antes de se auto denominaram feminista.

Isso realmente me chateou muito, ainda mais que a maioria das minhas leitoras são mulheres e sabe como é ruim a sensação de ser chamada de cada nome daquele. É uma fanfic? É, mas levem isso pra vida real (não estou querendo dizer que vocês fazem isso na vida real, é só uma dica).

Enfim, acho que é isso. Eu precisava dizer isso, não vou me privar de dizer o que acho só para não espantar leitores; amo cada um, mas se eu deixasse de falar, não seria eu.

MASTURBATING ৲ bughead ❫Where stories live. Discover now