A sua reputação é algo que vai te seguir como uma sombra, por isso você deve tomar cuidado com o que faz. É claro, não podemos controlar 100% nossas ações, muitas vezes fazemos algo que nunca achávamos que faríamos. Alex, por exemplo, era um garoto...
Quantas vezes você escutou que deveria ter cuidado com o que faz e diz? Quantas vezes você não fez algo por medo do que outros fossem pensar e de como aquilo afetaria sua vida? Quantas vezes 'segurou' a língua para não causar uma confusão? Quantas vezes você ouviu que sua reputação poderia te seguir por um bom período de sua vida?
Ninguém se importa se você fez ou não fez algo, eles se importam com sua reputação, cuide da sua, pois uma vez arruinada... sempre arruinada.
(I've got a big reputation, It precedes me – I .... care... I .... you)
1
Era uma manhã fria, os pássaros não mais cantavam na árvore perto a janela de Alex, o ar frio tomava de conta de seu quarto. Seu quarto era, em sua grande parte, pintado com azul gelo. Suas longas prateleiras davam um toque mais bruto em sua parede, do outro lado do quarto ficava sua estante, também, repleta de livros e alguns itens de decoração, como pequenos bonecos de Star Wars, e uma foto emoldurada dele com sua avó, Marta.
Pequenos vasos com plantas jaziam em sua janela, havia quatro. Keith, Keith Jr, Alice e Tony, eram os nomes das plantas, para Alex era importante que todos tivessem nome e não importava quão estranho pudesse parecer.
Alex ainda estava deitado em sua cama, olhava através da janela o vasto céu cinza e pensava no que teria de enfrentar no resto do dia. Olivia, sua gata estava sentada na cama, também, encarava a janela, a procura de algo que Alex não sabia. A porta de seu quarto abriu dando entrada a uma figura magra e alta, o rapaz vestia um short e um casaco cinza. Dylan.
Dylan, irmão de Alex, parou na porta e colocou as mãos no bolso do casaco e deu um sorriso tímido.
— Tudo certo pra hoje? — Dylan perguntou, Alex deu com os ombros e voltou a encarar pela janela, Dylan caminhou até o meio do quarto ficando entre a janela e o irmão. — Alex? — perguntou, dessa vez estralando os dedos para chamar a atenção do irmão mais novo.
— Desculpe, meses atrás eu pensei o quão distante esse dia estaria distante, mas agora... é... é hoje.
— Alex, você não pode faltar. É mais um motivo para todos pensarem algo que...
— Pare — ordenou Alex com um gesto seco de sua mão, Dylan parou imediatamente — Eu, mais que qualquer outro sei o que outros pensam, não vou faltar, mas também não vou nem um pouco feliz.
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Alex se levantou, pegou o celular e sua gata no colo e saiu do quarto, desceu o longo corredor.
— Isso foi um sim? — perguntou Dylan, agora inaudível pela distância.
Alex foi a cozinha e sentou-se ao balcão, a cozinha era em sua maior parte branca, a luz do sol invadia o cômodo, pequenas partículas de pó dançavam pelo o ar, silêncio era o que prevalecia. Alex respirou fundo, passou as mãos pelo o cabelo e um sensação de sufoco o atingiu como um caminhão, porém logo desapareceu.
